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Bolsa tem leve alta de olho nos balanços e avanço da Vale; dólar volta à casa dos R$ 5,20

Selic, Dólar, Real

Depois do Copom confirmar o aumento da taxa básica de juros para 3,5% ao ano, o Ibovespa foca no desempenho das principais companhias do país na temporada de balanços do primeiro trimestre e tem dificuldade de se manter estável.

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Com a agenda fraca de indicadores econômicos de hoje, o que movimenta o cenário doméstico é mais um dia de CPI da Covid - hoje a estrela principal foi o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Os ruídos em Brasília, no entanto, já viraram som ambiente e é difícil prever o que de fato pode movimentar os negócios.

Com nada certo e um pouco de ajuste pós-Copom a ser feito, a bolsa brasileira tem operado entre leves perdas e ganhos, acompanhando os sinais mistos vindos do exterior. Por volta das 16h, o principal índice da bolsa brasileira tinha queda de 0,15%, aos 119.409 pontos. O dólar à vista recua 1,59%, cotado a R$ 5,2869.

Ontem, o Banco Central aumentou a taxa Selic em 0,75 ponto percentual e deixou indicado um ajuste de mesma magnetude para a próxima reunião, que acontece em junho.

Embora o tom mais incisivo do comunicado tenha surpreendido, os especialistas não enxergam o movimento como algo negativo já que o mercado espera que a Selic termine o ano na casa dos 5,50%. Com isso, o mercado de juros futuro segue em mais um dia de queda. Na visão dos economistas, os problemas políticos que se acumularam nos últimos meses havia injetado um grande prêmio na curva.

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Confira as taxas de hoje:

Sobe e desce

No embalo dos últimos resultados trimestrais divulgados, a Ambev lidera as altas do dia.

Outro destaque positivo e que ajuda o Ibovespa a buscar o campo positivo é o desempenho da Vale. Problemas diplomáticos entre China e Austrália fizeram o minério de ferro avançar 5,4% durante a madrugada e hoje puxam o desempenho da principal empresa do índice. Confira os principais destaques:

CÓDIGONOME VALORVARIAÇÃO
ABEV3Ambev ONR$ 16,068,08%
SBSP3Sabesp ONR$ 40,944,81%
ELET3Eletrobras ONR$ 37,476,00%
ELET6Eletrobras PNBR$ 37,665,22%
VALE3Vale ONR$ 114,963,84%

A parte de baixo da tabela também é movimentada pela temporada de balanços. O balanço da Ultrapar até foi considerado positivo, mas a alavancagem alta pesa sobre os papéis. Já o GPA apresentou resultados pouco animadores. Confira as maiores quedas do dia:

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CÓDIGONOME VALORVARIAÇÃO
UGPA3Ultrapar ONR$ 20,36-6,48%
PCAR3GPA ONR$ 36,41-3,62%
LWSA3Locaweb ONR$ 26,02-3,56%
PRIO3PetroRio ONR$ 18,74-3,40%
BEEF3Minerva ONR$ 10,16-3,24%

Lá fora, silêncio 

E desta vez o exterior deixará o índice brasileiro à própria sorte. Na volta do feriado prolongado, as bolsas asiáticas fecharam de maneira mista, com a retomada da liquidez e preocupações com o avanço da pandemia na Índia.

De maneira parecida, os principais índices da Europa operam majoritariamente em alta. À espera da divulgação da política monetária do Banco Central inglês (BoE, na sigla em inglês), os investidores devem ficar atentos aos balanços de empresas locais.

Por fim, os as bolsas americanas apresentam um viés de queda. A criação de vagas de emprego no setor privado de ontem (5) gerou desconforto em Wall Street. Hoje saíram os novos dados semanais de auxílio desemprego, no menor patamar desde março de 2020. Essa nova informação deve esquentar os mercados.

Biden, o bonzinho

Em um movimento inédito na história dos Estados Unidos, o presidente americano Joe Biden se manifestou a favor da quebra das patentes das vacinas contra a covid-19. Isso fez com que ações de laboratórios ligados à produção de vacinas caíssem na bolsa de Nasdaq

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Os papéis da Moderna, BioNTech e Novavax chegaram a cair 6,19%, 3,45% e 4,94%, respectivamente no fechamento do pregão.

Apesar disso, essa é uma notícia positiva para o mundo. O avanço da vacinação é a única forma conhecida de combate à pandemia e retomada econômica. Se a quebra de patentes for confirmada, países como o Brasil e a Índia poderiam produzir imunizantes em larga escala nacional e frear o avanço do coronavírus.

CPI da Covid: a vez de Queiroga

Depois de ouvir os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, a CPI da Covid deve colher o depoimento do atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga. Tanto Teich quanto Mandetta apontaram para uma interferência do governo federal no ministério da Saúde. 

De acordo com analistas, o Palácio do Planalto vem sofrendo duros golpes com os depoimentos. O mais esperado é o do ex-ministro, o general Eduardo Pazuello, que viu a crise do oxigênio no Amazonas piorar durante a sua gestão. Pazuello deve falar ao Congresso no dia 19 deste mês. 

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