Nova diretoria da Oi traz melhora de perspectivas para a empresa, diz BTG
Banco mantém recomendação de compra para ações ordinárias da companhia, com o preço-alvo para os próximos 12 meses em R$ 2 – uma margem de aumento de 124%

Não é de hoje que as coisas estão difíceis para a empresa de telefonia Oi. Em recuperação judicial desde 2016, as ações da empresa tiveram uma desvalorização de 31,2% em 2019. Mas o BTG Pactual acredita que as coisas podem mudar.
Em relatório divulgado nesta quinta-feira (16), o BTG demonstrou otimismo com as mudanças realizadas em outubro do ano passado na companhia. Em dezembro, a Oi informou que o atual presidente, Eurico Teles, irá deixar o cargo em janeiro.
Para o banco, a nova companhia tem um "renovado senso de urgência" para solucionar um dos mais importantes problemas da companhia: o caixa deficitário e sua necessidade de investimentos.
No fim do terceiro trimestre de 2019, a Oi tinha cerca de R$ 2,6 bilhões em caixa e estima-se que tenha terminado o ano com um valor entre R$ 2 bilhões e R$ 2,2 bilhões. Mas, há um desnivelamento entre o valor que a empresa hoje possui e a sua necessidade de investimento. A reversão do quadro deve ser a prioridade da empresa.
"Com o Ebitda baixo e necessidade acelerada de fazer investimentos, nós esperamos que ela vá consumir outros R$ 3,7 bilhões de caixa em 2020 e R$ 2,8 bilhões em 2021"
Mudança de postura
Caso o quadro atual prossiga, a empresa precisará de R$ 6,5 bilhões para cumprir o seu plano de negócios. Desde que assumiu, a nova diretoria tem trabalhado intensamente para aliviar o caixa da empresa, como a captação de R$ 2,5 bilhões em debêntures, a venda de imóveis em Santa Catarina e o recebimento (em 36 vezes) de R$ 669 milhões da Sistel por superávit do plano previdenciário.
A gestão ainda espera concluir a venda de torres no 1º trimestre de 2020, o que pode trazer mais R$ 500 milhões para o caixa. Em setembro, o banco já havia manifestado que uma das saídas para a companhia poderia ser a venda de ativos, que podem chegar ao valor de R$ 7 bilhões.
O BTG acredita que, se concluídas, as vendas de centros de dados e rede de fibra em São Paulo podem ser suficientes para cobrir o caixa em 2020. A expectativa na venda de imóveis de propriedade da Oi também seguem elevadas.
Falando em vendas...
Não são só os imóveis e centros que entram na lista de ativos a serem vendidos. Na sua apresentação de resultados do terceiro trimestre, a Oi disse esperar concluir a venda da sua fatia de 25% na operadora angolana Unitel. A transação deve movimentar R$ 4 bilhões.
Conseguir finalizar a venda tem se provado um grande desafio para a companhia. Mas, no ínicio do ano, o jornal português Expresso publicou uma matéria com o CEO da Sonangol, uma das acionistas da Unitel, confirmando o interesse da companhia em adquirir a operação.
A venda da operação de telefonia móvel da Oi, a quarta maior do país, também é uma das alternativas buscadas pela companhia. Com 37,5 milhões de usuários e 16,4% da participação de mercado, a aquisição da operação é de interesse estratégico para as outras gigantes do mercado. Mas, para negociar confortavelmente e sem pressão, o ideal é que a venda da Unitel seja concluída antes.
Segundo o relatório assinado por Carlos Sequeira e Osni Carfi, o segmento móvel da companhia hoje pode ser avaliado em mais de R$ 15 bilhões (7-8x EV/ EBITDA), já que se trata da eliminação de um concorrente forte no mercado e da oportunidade de consolidação.
Atualmente, o BTG possui recomendação de compra para as ações ordinárias da OI (OIBR3). O preço-alvo para os próximos 12 meses é de R$ 2. Na cotação desta quarta-feira (16), os papéis valiam R$ 0,89 - o que dá uma margem de valorização de 124% para os papéis.
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