A fabricante de revestimentos cerâmicos, louças sanitárias e pisos Duratex deve apresentar o melhor balanço de sua história. É o que esperam os analistas do Goldman Sachs sobre os resultados do terceiro trimestre.
A estimativa da instituição é de que o Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) chegue a R$ 400 milhões - resultado que representaria um avanço de 68% na comparação anual.
O banco elevou a recomendação para os papéis da empresa (DTEX3) de neutro para compra, estimando potencial de alta de 22,4% em 12 meses sobre o preço de sexta-feira, a R$ 21. A estimativa anterior era de R$ 13.
As ações da Duratex subiam 6,64% nesta segunda, a R$ 18,31. No ano, os papéis da empresa têm alta de 48%. Veja o desempenho dos mercados na cobertura do Seu Dinheiro.
Segundo Thiago Ojea e Lucas Canteras, do Goldman Sachs, a Duratex foi beneficiada por uma retomada do setor imobiliário e habitacional - e o processo deve ser contínuo -, após o momento crítico de pessimismo com a economia por causa da covid-19.
A dupla afirma que a demanda da Duratex está forte em todas as frentes, com a companhia operando quase em plena capacidade.
No segmento de painéis de madeira, os especialistas do banco estimam que a demanda deva aumentar a ponto de a empresa atingir 90% da capacidade de produção entre agosto e setembro.
Segundo eles, na Deca e em produtos cerâmicos, a utilização da capacidade deve estar entre 85% e 90% neste mês - o nível deve seguir o mesmo até o final do ano, dizem.
A nova estimativa do Goldman Sachs está em linha com o último relatório do Bradesco BBI. Em 16 de setembro, analistas do banco elevaram para R$ 21 o preço-alvo das ações da Duratex, mencionando a combinação entre aumento de preço e menores custos.