O CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, pediu nesta sexta-feira (20) à subsidiária brasileira do grupo uma "revisão completa" do treinamento de colaboradores e de terceiros.
O executivo classificou como "insuportáveis" as imagens da morte de João Alberto Silveira Freitas, ocorrida nesta quinta-feira (19), em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O homem negro, de 40 anos, foi espancado por seguranças de uma loja do Carrefour Brasil.
Bompard afirma ter pedido para as equipes da subsidiária brasileira colaboração com a Justiça e as autoridades "para que os fatos deste ato horrível sejam trazidos à luz".
"Medidas internas foram imediatamente tomadas pelo Grupo Carrefour Brasil, principalmente em relação à empresa de segurança contratada. Essas medidas são insuficientes", disse
"Meus valores e os valores do Carrefour não compactuam com racismo e violência", afirmou o executivo em mensagem postada no Twitter.
O Carrefour é uma empresa de origem francesa, que atua em mais de 30 países. O Brasil é o segundo mercado mais relevante em termos de faturamento para o grupo, atrás apenas do país de origem.
Na bolsa brasileira, a empresa tem ações negocias desde julho de 2017, no segmento de Novo Mercado da B3, sob o código de CRFB3.
Os papéis não reagiram ao caso envolvendo a morte do homem em uma loja da rede - fecharam esta sexta-feira em alta de 0,49%, a R$ 20,39.