O bilionário Warren Buffett pode ter feito mais uma compra — o que isso significa?
Publicação sugere que o lendário investidor teria comprado as ações da própria companhia, baseada em documento recente da empresa; veja interpretações

O bilionário Warren Buffett tem movimentos e falas praticamente monitorados por grande parte do mercado, que busca uma referência sobre o que fazer - e como ganhar mais dinheiro com ações.
Quando a crise do novo coronavírus estourou, apavorando muitos investidores de primeira viagem, as palavras e as atitudes de Warren Buffett ganharam ainda mais peso. Afinal, o que alguém que já viveu tantos momentos no mercado financeiro diria de um movimento sem precedentes na história recente?
Warren Buffett não fez nada. Ao menos em um primeiro momento, não havia nenhum grande movimento e alguns poderiam dizer que ele mesmo não saberia o que estava fazendo.
Mas o bilionário estava fazendo aquilo que qualquer investidor deveria saber: não tomar decisões em meio ao caos, não vender as próprias ações simplesmente porque elas caíram. É claro, havia o aditivo: a crise é incomparável.
A primeira venda
Em maio a grande novidade: na reunião de acionistas da Berkshire Hathaway, conglomerado que o executivo administra, Warren Buffett revelou que a empresa havia vendido todas as ações das grandes companhias aéreas nos Estados Unidos. O portfólio da empresa incluía papéis da American, Southwest, United e Delta Airlines.
O anúncio reforçou a percepção do mercado de que serão tempos difíceis para o setor - e que não é uma boa ideia comprar ações de aéreas. No Brasil e nos EUA, as companhias recorreram aos governos, diante da baixa demanda e a perspectiva de que o fluxo de passageiros não volte a ser como era antes tão cedo.
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"Não sei se os americanos mudaram ou mudarão de hábitos por causa do período prolongado [de quarentena]", disse. "Mas acredito que certos setores - e, infelizmente, entre eles o aéreo - serão realmente prejudicados por um 'shutdown'", disse o bilionário.
A primeira aquisição
Dois meses depois de comunicar a venda das ações de todas as aéreas, Warren Buffett informou a primeira aquisição da Berkshire Hathaway desde o início da pandemia: a Dominion Energy, companhia de energia americana.
Os ativos de transmissão e armazenamento de gás natural da empresa foram adquiridos por US$ 4 bilhões em dinheiro. Com a parte da dívida da companhia assumida pela Berkshire, o negócio totalizou US$ 10 bilhões. Evidentemente que o negócio reforçou a percepção positiva do mercado sobre a empresa e setor.
Desde o início de julho, o conglomerado não comunicou nenhuma grande novidade. Teria Warren Buffett não achado nenhuma grande oportunidade, mesmo diante da queda dos ativos do início do ano até agora?
De olho no mercado
É possível que a grande oportunidade encontrada pelo bilionário seja a sua própria empresa, Berkshire Hathaway - que supervisiona e gere um conjunto de subsidiárias de diversos setores.
Segundo o blog Rational Walk, o conglomerado pode ter recomprado cerca de US$ 5,5 bilhões das próprias ações em algum momento entre a reunião anual de acionistas e o dia 8 de julho. A publicação levanta a hipótese baseada em um documento enviado para a Securities and Exchange Commission (o órgão regulador americano) e uma série de cálculos.
É uma informação só deve ser confirmada em agosto, quando a empresa divulga os resultados do segundo trimestre.
O que isso significa?
Na prática os donos das companhias recomprarem as ações é costumeiramente encarado como um sinal de que existe uma crença dentro da empresa que as ações da própria companhia estão muito baratas.
Como a Berkshire atua em diversos setores da economia, com participações muito relevantes, a interpretação possível é de que Warren Buffett pode estar menos pessimista com a economia do que estava à época da reunião anual dos acionistas.
Desde o início da crise, os governos e bancos centrais em todo o mundo promoveram uma série de medidas a fim de arrefecer os impactos da crise - e o resultado aparece no próprio mercado de ações, que segue com alta liquidez.
A própria bolsa brasileira retomou há poucos dias o patamar dos 100 mil pontos, algo inimaginável em tão pouco tempo no auge do pavor com a pandemia - o Ibovespa, inclusive, subia na manhã desta sexta-feira.
Adicionalmente, há a percepção de que uma segunda onda de contágio, que paralisaria a economia novamente, é cada vez menos provável. Por último, a esperança do mercado se concentra em uma vacina contra a covi-19.
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