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Estadão Conteúdo
ministro da Economia

Presidente está determinado a seguir em frente com reformas, diz Guedes

Guedes voltou a traçar um prognóstico positivo para a recuperação da atividade econômica após o momento mais dramático dos efeitos da pandemia do novo coronavírus

Estadão Conteúdo
3 de julho de 2020
19:42 - atualizado às 19:48
O ministro da Economia, Paulo Guedes, faz palestra de encerramento do Seminário de Abertura do Legislativo de 2020
O ex-ministro da Economia, Paulo Guedes - Imagem: Wilson Dias/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira, 3, que o presidente Jair Bolsonaro está "determinado" a continuar com as reformas estruturais. Em live promovida pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Guedes voltou a traçar um prognóstico positivo para a recuperação da atividade econômica após o momento mais dramático dos efeitos da pandemia do novo coronavírus.

"O presidente está determinado a seguir em frente (com reformas), e o Congresso é reformista", disse Guedes, logo após dizer que o Brasil vai "surpreender o mundo" com sua dinâmica política.

No mês passado, Bolsonaro disse que a reforma administrativa deve ser enviada apenas no ano que vem e defendeu uma versão "enxuta" da reforma tributária. Hoje, o ministro da Economia disse que a reforma administrativa ainda está na pauta, mas não se comprometeu com datas de envio da proposta. "Voltaremos (ao assunto) ainda neste governo", afirmou.

Em seu diagnóstico para a retomada, Guedes disse que se o governo e o Congresso trabalharem fortemente nos próximos três ou quatro meses, haverá um cenário "muito favorável" para o ano que vem. "Aí sim podemos dizer que recuperação será em V", afirmou o ministro, reconhecendo que seria um V mais aberto (refletindo uma retomada um pouco mais lenta), "mas ainda em V".

Guedes admitiu que houve "semanas muito difíceis" em que o crédito não estava chegando na ponta, apesar das ações para garantir liquidez às empresas nesse momento de dificuldade. No entanto, ele afirmou que as medidas foram aprimoradas e que "nos próximos 60, 90 dias, o dinheiro terá chegado".

O ministro afirmou que a retomada das atividades precisa ser devagar para respeitar protocolos de saúde, mas garantiu que o governo não vai "ficar parado". "Nosso Congresso vai avançar com reformas que permitem destravar o horizonte de investimentos. Saneamento é só o começo", disse.

O pior já passou

Os primeiros indicadores mostram recuperação da economia brasileira em junho, segundo o ministro. Ele disse que dados de arrecadação de impostos e notas fiscais eletrônicas mostram o comércio em junho mais elevado do que no mesmo mês do ano passado.

"Abril foi o fundo do poço, maio começou ligeira recuperação e junho acelerou", afirmou. O ministro acrescentou que não houve impacto da pandemia em alguns setores, como a construção civil.

De acordo com Guedes, antes da pandemia o Brasil estava em "rota de crescimento de 2,5%". Depois de o IBGE divulgar que o PIB do país cresceu 1,1% em 2019, Guedes disse acreditar que esse número será revisto para cima. O IBGE costuma revisar o dado do ano anterior no segundo semestre.

Na live, Guedes disse que o governo está dedicado a combater trajetória de gastos excessivos e que a reforma administrativa ainda está na pauta. "Voltaremos ao assunto ainda neste governo", afirmou.

Ele citou que a pandemia acelerou um processo de queda de juros, que já vinha acontecendo e que esse cenário de juro baixo e câmbio alto é melhor para a indústria.

Choque externo

Por não estar integrado às cadeias globais de produção, o Brasil escapou do grande choque externo sofrido pelas economias integradas com a quebra de fluxo no comércio internacional, disse Guedes. O ministro destacou a resiliência das exportações brasileiras, justificada, principalmente, pela demanda chinesa.

Guedes comentou que, embora o coronavírus atinja o mundo inteiro, a incapacidade do Brasil de se integrar às cadeias globais, que sempre foi uma "maldição", acabou tornando-se uma "bênção" neste momento particular da história. Isso porque quando os países integrados interromperam seus fluxos de comércio, o Brasil foi menos atingido.

"Já estávamos fora das cadeias produtivas. Quando eles interromperam compras uns dos outros, nós fomos menos atingidos", observou Guedes. "Estamos sem levar um impacto tremendo do choque do coronavírus que outras economias receberam do ponto de vista do impacto externo … O impacto externo não foi tão potente porque não estávamos integrados", acrescentou o ministro da Economia, sem ignorar, porém, os estragos causados pelos efeitos da pandemia na demanda doméstica.

As declarações de Guedes foram dadas na sequência de uma explanação do ministro sobre o processo de globalização e a integração de antigas economias socialistas ao capitalismo global.

Guedes diz que, enquanto nações que eram "vítimas do socialismo" no Oriente saíram da miséria, parte dos países europeus e o Brasil ficaram estagnados, sem acompanhar o progresso e as inovações. "O Brasil afundou no tempo, foi perdendo dinâmica de crescimento. As correntes migratórias passaram a se dar para fora do Brasil. O Brasil perdeu o bonde da história", afirmou o ministro, após citar movimentos como a desindustrialização e a manutenção da taxa de juros em patamar elevado por três décadas.

Renda Brasil

O governo criará um novo programa social, Renda Brasil, que, além do público atual do Bolsa Família, também incluirá trabalhadores que hoje exercem atividades informais, afirmou Guedes.

O ministro disse querer "dignificar" essas atividades e que é preciso dar ferramentas para os trabalhadores saírem da assistência social.

"Qualquer brasileiro que cair, em qualquer momento, ele cai no Renda Brasil. Mas se ele não tiver mutilações físicas, defeitos que o impeçam… Às vezes é um idoso, mutilado, que vende bala no sinal, aí talvez não consiga ser empregado e merece ser amparado no Renda Brasil. Mas o outro, mais jovem, pode ter caído emergencialmente. Temos que ter as ferramentas para ele sair da assistência social", disse.

O ministro afirmou que o Renda Brasil reunirá programas sociais existentes e terá valor mais alto do que o Bolsa Família.

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