‘Evitamos empresa que não considera o meio ambiente’, diz guru dos emergentes
Mark Mobius, que ficou globalmente conhecido por sua atuação na Franklin Templeton, afirma que não aportaria em uma empresa que destruísse a Amazônia
Considerado o guru dos mercados emergentes, o americano Mark Mobius afirma que não aportaria em uma empresa que destruísse a Amazônia. "Meio ambiente é muito importante (para investidores) e está se tornando ainda mais", diz ele, que participa hoje de uma conferência online promovida pelo BTG Pactual.
Mobius se tornou globalmente conhecido por sua atuação na empresa de investimentos Franklin Templeton, na qual ficou por mais de 30 anos. Hoje, à frente do Mobius Capital Partners - que tem fundos de investimentos destinados a empresas de médio porte de países emergentes -, diz estar otimista com a recuperação do mercado brasileiro e que tem apostado em companhias dos setores de saúde e educação. A seguir, trechos da entrevista.
O senhor já disse estar otimista com o Brasil, porque a economia está reabrindo. Há quem diga que a crise do coronavírus pode ser mais longa aqui por não ter havido um 'lockdown' completo. Como vê essa possibilidade?
Há um pânico global e irracional em relação ao vírus. O número de pessoas infectadas pode ser grande, mas o de mortes não é. O Brasil é um país grande e mais variado que os Estados Unidos, no sentido de que vocês têm muitas áreas que são diferentes umas das outras. Então vocês têm graus diferentes de infecção. Por isso, acho que o Brasil se sairá bem disso. Pode haver pânico, mas a realidade é que a vida continua e, se você olhar para os preços da Bolsa, vê que o mercado está indo muito bem.
No Brasil, morreram mais de 80 mil pessoas. Esse não é um motivo para pânico?
Muitos hospitais no Brasil e no mundo, quando alguém morre, dizem que foi de coronavírus. Essas pessoas podem ter morrido de outras coisas. Às vezes, alguém tem um problema de coração e aí o coronavírus piora a situação. É preciso ser cuidadoso com números.
Leia Também
Qual o impacto dessa crise sanitária na economia do Brasil?
Globalmente, acho que estamos em uma recuperação em formato de V. No Brasil, acho que vai haver uma recuperação muito rápida no ano que vem. Provavelmente, no fim deste ano, você começará a ver a recuperação. Há empresas no Brasil que agilizaram a transição do offline para o online. Isso vai ter um grande impacto em muitas companhias.
A Bolsa brasileira também está se recuperando. Há espaço para continuar subindo?
É verdade que a Bolsa brasileira está com uma recuperação incrível. O Ibovespa (principal índice da Bolsa) já subiu uns 60% desde que atingiu o ponto mais baixo. Nos EUA, foi 50%. O Brasil está indo melhor do que os EUA nessa recuperação, mas, claro, o Brasil caiu mais do que os EUA. Acho que logo estaremos onde estávamos no começo deste ano.
É hora para comprar na Bolsa?
Teria sido melhor comprar em abril ou maio, mas o mercado agora está abaixo do que estava em janeiro. Então acredito que ainda haja muita oportunidade no Brasil.
Que tipos de empresa o senhor está apostando no Brasil?
Gostamos de empresas relacionadas aos setores de saúde, como as que fazem diagnósticos, e de educação, que podem ir bem online. Gostamos também do varejo, particularmente companhias que combinam vendas online com offline.
No fim de 2018, em entrevista ao Estadão, o sr. disse estar entusiasmado com as propostas de reformas de Jair Bolsonaro. Até agora, só a reforma da Previdência passou. Continua otimista?
Por causa da covid-19, muita coisa teve de ser adiada, mas acho que a intenção do governo é boa. Naquela época, disse que não era para achar que tudo seria realizado, porque isso é muito difícil. Mas, se ele fizer um terço do que pretendia, será uma conquista grande.
O meio ambiente é hoje um dos principais temas de debate no Brasil. O sr. o considera um ponto relevante quando decide seus investimentos?
Muito. Nosso fundo se dedica a melhorar governança corporativa, o ESG (sigla em inglês para indicadores ambientais, sociais e de governança). Trabalhamos com todas as empresas em que investimos para garantir que tenham a governança correta. Se não tiver boa governança, não se pode fazer nada em relação ao meio ambiente. Por isso, enfatizamos para as pessoas nas empresas com as quais lidamos que é preciso melhorar a governança e, então, o meio ambiente e a responsabilidade social. Definitivamente, meio ambiente é muito importante e está se tornando ainda mais importante.
O sr. investiria em uma empresa que destrói a Amazônia?
Não. Evitamos esse tipo de empresa.
Se um país não preserva o ambiente. O sr. investe?
Olhamos para as empresas. Muitas vezes vemos que elas têm uma posição diferente da do país. Gostamos de empresas que, às vezes, vão contra o que os governos estão fazendo, que estão fazendo um trabalho melhor do que o governo.
O sr. sempre apoiou Donald Trump, mas ele pode perder a eleição. Como vê uma possível economia americana sob a administração de Joe Biden?
Qualquer presidente vai ter dificuldade para fazer grandes mudanças. Se Biden for eleito, o governo irá mais para um modelo social Mas acho que não haverá grande mudança em comércio nem em gastos públicos. Trump teve grandes programas de gasto público, o que normalmente é algo que os democratas fazem.
O sr. mudará seus investimentos se Biden vencer?
Não mudaria. Muitas coisas que Trump fez são difíceis de serem revertidas. Ele fez várias desregulamentações, não será fácil mudar isso.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Quina faz um novo milionário; Lotofácil e Dia de Sorte também têm ganhadores
Enquanto a Quina, a Lotofácil e a Dia de Sorte fizeram a festa dos apostadores, a Mega-Sena e a Timemania acumularam nos sorteios da noite de quinta-feira (4).
Mercado aposta em corte da Selic em janeiro, mas sinais do Copom indicam outra direção, diz Marilia Fontes, da Nord
Para a sócia da Nord, o BC deve manter a postura cautelosa e dar sinais mais claros antes de fazer qualquer ajuste
Fundos de pensão que investiram em títulos do Banco Master entram na mira da Justiça em meio a irregularidades nos investimentos
Investigações apontam para aplicações financeiras fora dos protocolos adequados nos casos dos fundos Amazonprev, Rioprevidência e Maceió Previdência
Time sensação do Campeonato Brasileiro, Mirassol arrecada o equivalente a um terço do orçamento municipal
Sensação do Brasileirão, o Mirassol arrecadou cerca de um terço do orçamento municipal e levou a pequena cidade paulista ao cenário internacional com a vaga na Libertadores
Joesley Batista viajou para a Venezuela para pedir renúncia de Maduro: qual o interesse da JBS e da J&F no país?
Joesley Batista tem relações com o presidente Donald Trump e pediu pelo fim das tarifas sobre a carne. A JBS também tem negócios nos Estados Unidos
Lotomania e Super Sete aproveitam bola dividida na Lotofácil e pagam os maiores prêmios da noite nas loterias da Caixa
Lotofácil manteve a fama de loteria “menos difícil” da Caixa, mas cedeu os holofotes a outras modalidades sorteadas na noite de quarta-feira (3).
Alerta Selic: o que pode impedir o BC de cortar os juros, segundo Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual
A projeção do banco é que a Selic encerre 2025 em 15% e que os cortes comecem de forma gradual em janeiro, alcançando 12% ao final de 2026
Ibovespa a 300 mil pontos? ASA vê a bolsa brasileira nas alturas, mas há uma âncora à vista
Em um cenário dúbio para 2026, os executivos da instituição financeira avaliam o melhor investimento para surfar um possível rali e ainda conseguir se proteger em um ambiente negativo
Segundo carro elétrico mais vendido do Brasil atinge marca histórica de vendas no mundo
Hatch elétrico chinês atinge marca histórica em apenas quatro anos e reforça a estratégia global da BYD no mercado de veículos eletrificados
Retrospectiva Spotify 2025: Bad Bunny lidera o mundo e dupla sertaneja domina o Brasil (de novo); veja como acessar o seu Wrapped
Plataforma divulga artistas, álbuns e músicas mais ouvidos do ano e libera função Wrapped para todos os usuários
De bailarina a bilionária mais jovem do mundo: a trajetória da brasileira que construiu uma fortuna aos 29 anos sem ser herdeira
A ascensão de Luana Lopes Lara à frente da Kalshi mostra como a ex-bailarina transformou formação técnica e visão de mercado em uma fortuna bilionária
Daniel Vorcaro — da ostentação imobiliária à prisão: o caso da mansão de R$ 460 milhões em Miami
A mansão de R$ 460 milhões comprada por Daniel Vorcaro em Miami virou símbolo da ascensão e queda do dono do Banco Master, hoje investigado por fraudes
Lotofácil 3552 faz os primeiros milionários de dezembro nas loterias da Caixa; Mega-Sena e Timemania encalham
A Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores na faixa principal na noite de terça-feira (2). A Dia de Sorte saiu para um bolão na região Sul do Brasil.
Banco Master: Ministério Público quer Daniel Vorcaro de volta à prisão e TRF-1 marca julgamento do empresário
Uma decisão de sábado soltou Vorcaro e outros quatro presos na investigação do Banco Master
Qual signo manda na B3? Câncer investe mais, Libra investe melhor — e a astrologia invade o pregão
Levantamento da B3 revela que cancerianos são os que mais investem em ações, mas quem domina o valor investido são os librianos
BC Protege+: Como funciona a nova ferramenta do Banco Central que impede a abertura de contas não autorizadas
Nova ferramenta do Banco Central permite bloquear a abertura de contas em nome do usuário e promete reduzir fraudes com identidades falsas no sistema financeiro
CNH sem autoescola: com proposta aprovada, quanto vai custar para tirar a habilitação
Com a proposta da CNH sem autoescola aprovada, o custo para tirar a habilitação pode cair até 80% em todo o país
A palavra do ano no dicionário Oxford que diz muito sobre os dias de hoje
Eleita Palavra do Ano pela Oxford, a expressão “rage bait” revela como a internet passou a usar a raiva como estratégia de engajamento e manipulação emocional
Não tem para ninguém: Lotofácil, Quina e demais loterias da Caixa entram em dezembro sem ganhadores
Depois de acumular no primeiro sorteio do mês, a Lotofácil pode pagar nesta terça-feira (2) o segundo maior prêmio da rodada das loterias da Caixa — ou o maior, se ela sair sem que ninguém acerte a Timemania
Tema de 2026 será corte de juros — e Galapagos vê a Selic a 10,5% no fim do próximo ano
No Boletim Focus desta semana, a mediana de projeções dos economistas aponta para uma Selic de 10,5% apenas no final de 2027