Olá,
De uns meses para cá, eu tenho me dedicado a um novo hobby: cozinhar. Para quem mal sabia fazer o básico, é uma conquista enorme ver que os meus bolos ficam parecidos com os das receitas da TV.
Mas, como todo cozinheiro inexperiente, é claro que eu cometo alguns erros: já me cortei com uma faca afiada demais, já errei as medidas de sal — o prato ficou intragável — e já me queimei ao encostar numa assadeira recém-saída do forno.
Esse último problema me rendeu uma bolha na mão direita — eu fiquei alguns dias sem conseguir digitar muito bem. Mas o que me incomodava mesmo era a lembrança que o machucado evocava: afinal, todo aquele transtorno poderia ser evitado caso eu fosse mais cuidadoso...
Ok, 'transtorno' é um termo meio dramático: foram só alguns dias de incômodo. Mas e se a queimadura fosse mais grave?
Bolhas, como todos sabem, podem causar problemas mais sérios se não forem tratadas com a devida atenção. Não importa se estamos falando de uma queimadura, um sapato apertado ou uma alta desenfreada dos preços de um ativo: é melhor ficar atento para evitar dores de cabeça.
Um veterano das cozinhas — quer dizer, do mercado financeiro — está preocupado com uma bolha que pode estar se formando na bolsa brasileira.
Luis Stuhlberger, da Verde Asset, participou de um evento nesta tarde, e o Vinícius Pinheiro estava lá para ouvi-lo — você pode conferir a opinião do gestor nesta matéria especial.
Sem muita empolgação
A decisão unânime do Fed de manter os juros dos Estados Unidos entre 1,50% e 1,75%, sob o argumento de que a atual política monetária é “apropriada para suportar a expansão econômica”, não mexeu muito com os ânimos dos investidores. Veja como os agentes financeiros reagiram à postura do BC americano em nossa cobertura de mercados.
O foco agora é no Senado
A novela sobre a capitalização da Eletrobras pode terminar no segundo semestre deste ano — pelo menos, esse é o objetivo do presidente da estatal, Wilson Ferreira. Em evento do Credit Suisse, ele destacou que vai focar agora nas conversas com o Senado para fazer com que o projeto engate no Congresso. Além disso, ele falou quais serão as prioridades da companhia para este ano.
Sem pressa
O BNDES vai tirar o pé do acelerador nas vendas de ativos em 2020. Segundo Gustavo Montezano, presidente do banco, a instituição ainda tem até três anos para reduzir as participações detidas pela BNDESPar em empresas. Uma das prioridade no curto prazo será impulsionar a indústria de fundos. A Julia Wiltgen esteve no evento e mostra tudo o que o executivo está planejando para o banco.
De saída dos jornais
O bilionário Warren Buffett decidiu se desfazer do império de jornais que possuía, vendendo suas publicações impressas para a Lee Enterprises, uma tradicional editora dos Estados Unidos, por R$ 140 milhões. Só que essa operação recebeu uma ajudinha extra da Berkshire Hathaway, administrada pelo próprio Buffett: o conglomerado financiou a transação e ainda vai refinanciar a dívida da compradora. Eu fui atrás dessa história e te conto aqui os detalhes.