🔴 COPOM À VISTA: RECEBA EM PRIMEIRA MÃO 3 TÍTULOS PARA INVESTIR APÓS A DECISÃO – ACESSE GRATUITAMENTE

Estadão Conteúdo

de olho na inflação

BC está confortável com inflação após choque de proteína, diz Campos Neto

“Há um gap de política monetária que a gente tenta comunicar. É importante, porque parte do que foi feito não está totalmente dissipado”, afirmou em seguida

o presidente do BC, Roberto Campos Neto
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. - Imagem: Alan Santos/PR

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, reiterou nesta sexta-feira, 24, que a instituição está confortável com os níveis de inflação, após o choque da proteína, e enfatizou que a política monetária tem um "gap" para ter efeito e que "parte do que foi feito ainda não está totalmente dissipado".

"Temos enfatizado que nesse cenário (com choque da proteína) estamos confortáveis com a inflação. O choque veio mais rápido e mais intenso, mas também se dissipa mais rápido", disse, em evento da XP Investimentos, numa referência ao recente aumento de preços das carnes. "Há um gap de política monetária que a gente tenta comunicar. É importante, porque parte do que foi feito não está totalmente dissipado", afirmou em seguida.

Campos Neto também ressaltou que tem visto um efeito de medidas microeconômicas, com aumento da potência da política monetária e melhora dos canais de transmissão. Esse é um fator, segundo ele, que tem se somado à análise do ambiente doméstico nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

Reformas

O presidente do Banco Central afirmou que as reformas econômicas seguem importantes para a política monetária e reiterou que o Brasil não pode ser limitar à reforma da Previdência. "Tem a tributária, a administrativa, o pacto federativo, é importante seguir, pois o claramente o movimento dos juros está associado a isso", disse.

Campos Neto lembrou que na gestão do seu antecessor, Ilan Goldfajn, o juro começou a cair quando o mercado entendeu que a PEC do Teto era "séria".

'Lag desconhecido'

O presidente do BC afirmou que há um "lag desconhecido" em relação aos efeitos da política monetária que está associado às medidas microeconômicas que a instituição tem implementado e que é "muito difícil de prever".

Leia Também

Campos Neto fez uma analogia com um sistema de encanamento. "Numa política monetária em que o sistema está um pouco entupido, há um lag que tentamos modelar em cima dessas medidas (microeconômicas). Estamos trocando o encanamento e ao mesmo tempo aumentando a pressão (monetária). Em cima desse lag há fatores novos, que são um terreno não navegado. Eu sei que a política monetária vai ser mais potente, mas há lag que é desconhecido", declarou.

Ele ressaltou que o BC se guia pela meta de inflação e disse que nunca passou a mensagem de que mandato tenha mudado. "Temos tomado várias medidas e essas medidas têm um gap", voltou a dizer.

Saída de estrangeiros

O presidente do Banco Central afirmou ainda que participou de evento no exterior nos últimos dias e disse que ficou com a "sensação" de que a saída dos estrangeiros do Brasil não ocorre "porque eles não gostam ou porque há percepção de piora do Brasil", mas sim porque, com a queda do juros, o efeito migratório fez o preço da Bolsa subir e, quando os estrangeiros comparam com outras regiões, como a Ásia, veem oportunidades melhores. "Estamos nesse desequilíbrio, mas, se continuarmos fazendo o nosso dever de casa, os estrangeiros vão voltar e não haverá reversão do fluxo institucional, no sentido de sair", disse o dirigente, em evento da XP Investimentos.

Desaceleração global

Campos Neto afirmou que, no ambiente externo, o pior da desaceleração econômica parece já ter passado. "O crescimento mundial, parece que existe conclusão, na última reunião com banqueiros centrais, que estabilizou. A definição de estabilizar é diferente de que encontrou um fundo, é mais fácil dizer que estabilizou, há lenta recuperação", disse.

Segundo Campos Neto, há incerteza sobre a Ásia, em relação ao crescimento, principalmente quanto à Índia e vizinhos. Também há, segundo ele, incerteza quanto ao impulso fiscal dado nos Estados Unidos, se a economia dos EUA será capaz de se sustentar com o fiscal já dissipado.

EUA-China

O presidente do Banco Central disse que o comércio mundial é um tema que preocupa e que, para além do conflito entre Estados Unidos e China, há mudanças estruturais que também merecem atenção. "Na nossa opinião, a questão comercial não é só o tema EUA-China. Há elementos mais estruturais. O comércio passou 20 anos crescendo mais que o PIB. Depois da crise de 2008, começou a crescer menos. Dos temas globais, é um dos mais relevantes", comentou.

Campos Neto afirmou também que o "rebalanceamento" da economia chinesa tem afetado emergentes e reiterou a importância de o Brasil se concentrar em uma abertura comercial "direcionada". Destacou ainda que, pela primeira vez, as projeções de crescimento do Brasil estão maiores que as previstas para a América Latina. "Os ventos na América Latina, que quase sempre jogam a favor, agora estão nos freando", afirmou.

Importação de carnes pela China

O presidente do BC afirmou que haverá mudança estrutural na importação de carne por parte na China. "Com a alta de renda per capita em áreas mais pobres da China, a importação pode subir", disse.

Campos Neto deu a declaração enquanto falava sobre as perspectivas para o comércio exterior. Para ele, há novos elementos estruturais no comércio global. No entanto, considera que ainda há incerteza sobre a trajetória do comércio exterior.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
AMIGO DE CRIPTO

Com real digital do Banco Central, bancos poderão emitir criptomoeda para evitar “corrosão” de balanços, diz Campos Neto

12 de agosto de 2022 - 12:43

O presidente da CVM, João Pedro Nascimento, ainda afirmou que a comissão será rigorosa com crimes no setor: “ fraude não se regula, se pune”

AGORA VAI!

O real digital vem aí: saiba quando os testes vão começar e quanto tempo vai durar

10 de agosto de 2022 - 19:57

Originalmente, o laboratório do real digital estava previsto para começar no fim de março e acabar no final de julho, mas o BC decidiu suspender o cronograma devido à greve dos servidores

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O ciclo de alta da Selic está perto do fim – e existe um título com o qual é difícil perder dinheiro mesmo se o juro começar a cair

2 de agosto de 2022 - 5:58

Quando o juro cair, o investidor ganha porque a curva arrefeceu; se não, a inflação vai ser alta o bastante para mais do que compensar novas altas

PRATA E CUPRONÍQUEL

Banco Central lança moedas em comemoração ao do bicentenário da independência; valores podem chegar a R$ 420

26 de julho de 2022 - 16:10

As moedas possuem valor de face de 2 e 5 reais, mas como são itens colecionáveis não têm equivalência com o dinheiro do dia a dia

AGRADANDO A CLIENTELA

Nubank (NUBR33) supera ‘bancões’ e tem um dos menores números de reclamações do ranking do Banco Central; C6 Bank lidera índice de queixas

21 de julho de 2022 - 16:43

O banco digital só perde para a Midway, conta digital da Riachuelo, no índice calculado pelo BC

ESG EM PAUTA

Economia verde: União Europeia quer atingir neutralidade climática até 2050; saiba como

10 de julho de 2022 - 11:00

O BCE vai investir cerca de 30 bilhões de euros por ano; União Europeia está implementado políticas para reduzir a emissão de carbono

IPCA DE JUNHO

A escalada continua: Inflação acelera, composição da alta dos preços piora e pressiona o Banco Central a subir ainda mais os juros

8 de julho de 2022 - 13:01

O IPCA subiu 0,67% em junho na comparação com maio e 11,89% no acumulado em 12 meses, ligeiramente abaixo da mediana das projeções

VOLTANDO À NORMALIDADE

Focus está de volta! Com o fim da greve dos servidores, Banco Central retoma publicações — que estavam suspensas desde abril

6 de julho de 2022 - 18:17

O Boletim Focus volta a ser publicado na próxima segunda-feira (11); as atividades do Banco Central serão retomadas a partir de amanhã

SEM ACORDO

Greve do BC termina na data marcada; paralisação durou 95 dias

5 de julho de 2022 - 14:55

Os servidores do Banco Central cruzaram os braços em abril e reivindicavam reajuste salarial e reestruturação da carreira — demandas que não foram atendidas a tempo

CORREIO ELEGANTE

Vai ter cartinha: Banco Central admite o óbvio e avisa que a meta de inflação para 2022 está perdida

30 de junho de 2022 - 14:32

Com uma semana de atraso, Banco Central divulgou hoje uma versão ‘enxuta’ do Relatório Trimestral da Inflação

NOVELA JÁ TEM EPISÓDIO FINAL

Greve do BC já tem data pra acabar: saiba quando a segunda mais longa greve de servidores da história do Brasil chegará ao fim — e por quê

28 de junho de 2022 - 18:38

A data final da greve dos servidores do BC leva em consideração a Lei de Responsabilidade Fiscal, sem previsão de acordo para a categoria

UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL

O fim da inflação está próximo? Ainda não, mas para Campos Neto o “pior momento já passou”

27 de junho de 2022 - 12:26

O presidente do BC afirmou que a política monetária do país é capaz de frear a inflação; para ele a maior parte do processo já foi feito

HORIZONTE RELEVANTE

O Seu Dinheiro pergunta, Roberto Campos Neto responde: Banco Central está pronto para organizar o mercado de criptomoedas no Brasil

23 de junho de 2022 - 13:56

Roberto Campos Neto também falou sobre real digital, greve dos servidores do Banco Central e, claro, política monetária

PARA ONDE OLHAR

O Banco Central adverte: a escalada da taxa Selic continua; confira os recados da última ata do Copom

21 de junho de 2022 - 12:16

Selic ainda vai subir mais antes de começar a cair, mas a alta do juro pelo Banco Central está próxima do pico

BOMBOU NAS REDES

A renda fixa virou ‘máquina de fazer dinheiro fácil’? Enquanto Bitcoin (BTC) sangra e bolsa apanha, descubra 12 títulos para embolsar 1% ao mês sem estresse

20 de junho de 2022 - 17:03

O cenário de juros altos aumenta a tensão nos mercados de ativos de risco, mas faz a renda fixa brilhar e trazer bons retornos ao investidor

NADA MUDOU

Sem avanços e no primeiro dia de Copom, servidores do BC mantêm greve

14 de junho de 2022 - 17:24

A greve já dura 74 dias, sem previsão de volta às atividades; o presidente do BC, Roberto Campos Neto, deve comparecer à Câmara para esclarecer o impasse nas negociações com os servidores

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Precisamos sobreviver a mais uma Super Quarta: entenda por que a recessão é quase uma certeza

14 de junho de 2022 - 6:22

Não espere moleza na Super Quarta pré-feriado; o mundo deve continuar a viver a tensão de uma realidade de mais inflação e juros mais altos

NOVELA CONTINUA

Greve do BC: Vai ter reunião do Copom? A resposta é sim — mesmo com as publicações atrasadas

9 de junho de 2022 - 17:22

A reunião do Copom acontece nos dias 14 e 15 de junho e os servidores apresentaram uma contraproposta de reajuste de 13,5% nos salários

MAIS UM CAPÍTULO DA NOVELA

Nada feito: sem proposta de reajuste em reunião com Campos Neto, servidores do BC seguem em greve

3 de junho de 2022 - 20:35

Mais uma vez, a reunião do Copom de junho se aproxima: o encontro está marcado para os dias 14 e 15 e ainda não se sabe em que grau a paralisação pode afetar a divulgação da decisão

O QUE VEM POR AÍ

Inflação no Brasil e nos EUA, atividade e juros na Europa; confira a agenda completa de indicadores econômicos da semana que vem

3 de junho de 2022 - 19:06

Nesta semana, o grande destaque no Brasil fica por conta do IPCA, o índice de inflação que serve de referência para a política monetária do BC

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar