🔴 AÇÕES PARA INVESTIR EM JULHO: CONFIRA CARTEIRA COM 10 RECOMENDAÇÕES – ACESSE GRATUITAMENTE

Lá e de volta outra vez: o maior IPO da história e a pandemia em semana de decisão monetária

Hegel costumava afirmar que a história sempre se repete (como disse, se reordena e retrocede sobre si). Ora, não é que nos deparamos com essas duas ideias nessa última semana de outubro?

27 de outubro de 2020
7:57

Filósofo da dialética, Hegel escreveu bastante sobre o “escárnio da história”. No conceito, a história conduz os homens que creem conduzirem a si mesmos, como indivíduos e como sociedades, castigando suas pretensões, de modo que a história produz resultados exatamente contrários e paradoxais aos pretendidos por seus autores, a despeito de se reordenar e retroceder sobre si mesma, com sua gozação sarcástica e paradoxal criando também, sem querer, realidades.

Soros derivou dessa ideia o conceito de reflexividade dialética, na qual a realidade altera a expectativa que, por sua vez, altera a realidade. É um processo infinito – um paradoxo do tipo ouroboros. A ideia de fooled by randomness (iludido pelo acaso) de Taleb, de certa forma, também teve parcial origem desse processo dialético hegeliano. A história é filha do tempo.

Particularmente, amo pensar no processo de desenvolvimento da ciência como uma dinâmica reflexiva e dialética. No meu entendimento, se trata de uma das formas mais prazerosas de se pensar o mundo e desenvolver ideias. Criador disso tudo, Hegel também costumava afirmar que a história sempre se repete (como disse, se reordena e retrocede sobre si). Ora, não é que nos deparamos com essas duas ideias nessa última semana de outubro?

Com agenda cheia de indicadores e resultados, os investidores também ficam atentos a duas coisas: i) decisão de política monetária no Brasil e no mundo (principalmente no BCE, Europa, e no BoJ, Japão); e ii) novas ondas de Covid. Sim, sobre o segundo ponto, mais cedo ou mais tarde teríamos que passar por isso – era inevitável. A história se repete como tragédia ou como farsa. 

Agora, com mais casos do novo coronavírus, a pressão sobre os ativos de risco surge por conta do medo de novas restrições. Na Europa, por exemplo, já conseguimos ver países como Irlanda, França, Itália e Espanha, trabalhando novamente no sentido de conter o vírus. Assim, com a atividade econômica ainda tentando se reerguer em diversas partes do globo, os agentes temem por novas paralisações na economia.

Abaixo, veja que, até aqui, temos verificado uma recuperação relativamente rápida. Não digo aqui que necessariamente persistirá dessa forma, mas acredito ser mais sinal do que ruído. Agora, porém, com o risco de nova quarentena e sem pacote de estímulos fazendo efeito no curto prazo nos EUA, fica muito mais difícil precificar novos movimentos do vírus sobre a sociedade. 

Leia Também

Além disso, discute-se muito a dinâmica de atividade e preços no mundo. Em especial, o Brasil, que tem um problema fiscal grandioso a ser resolvido e ainda apresenta pressão nos índices de inflação (IGP-M e IPCA vindo acima das expectativas). Aqui entre a dinâmica da política monetária.

Curiosamente, como em Hegel e Soros, a expectativa dos agentes pode influenciar os preços do mercado que, por sua vez, alteram a tomada de decisão das autoridades monetárias nacionais e, consequentemente, muda a gestão de recursos dos investidores, que mudam suas expectativas e influenciam novamente os preços de mercado.

É um ciclo sem fim.

Ao que tudo indica, o Copom irá optar por manter a taxa de juros básica de curto prazo da economia brasileira em 2% ao ano. A ansiedade, contudo, reside em sobre como se dará o comunicado a ser divulgado junto à decisão.

Aqui está o jogo.

A depender do tom, os mercados podem se animar definitivamente ou envergar para o pessimismo nos últimos dois meses do ano.

Lembrando que estamos em uma semana muito importante de resultados (Brasil e nos EUA). Se vier um tom positivo com comunicado dovish (expansionista) dos BCs, os ativos podem apresentar tendência para um rali de fim de ano (novembro e dezembro). Isso se o Covid não atrapalhar, claro. 

Nos EUA, as futuras decisões fiscais e monetárias ainda se somam ao contexto eleitoral do país.

Será possível que a eleição traga um novo regime fiscal ou monetário?

Uma possível mudança na política tributária é a preocupação de muitos investidores, mas é apenas parte do quadro (mais detalhes, sugiro leitura de minha coluna da semana passada). A meu ver, a possibilidade de uma era de política industrial coordenada, executada por meio da expansão fiscal e “financiada” pela política monetária, pode afetar os mercados por anos de maneira positiva.

Claro que, sob Biden, tal movimento pode ter contornos mais positivos para países emergentes.

Falando em eleições americanas, vale um adendo.

Na semana passada, conversei aqui sobre como as coisas estavam se desdobrando no território americano sobre o tema. Acontece que, de lá para cá, a chance de uma “Onda Azul”, na qual os Democratas levariam o Legislativo e o Executivo, caiu bastante, de 63% para 51%. Isso porque a chance de uma manutenção de um Senado Republicano ficou maior.

Um Senado Republicano com um Presidente Democrata, ou vice-versa, representaria um bloqueio de caixa, impedindo mais estímulos para a economia. Gera-se um terceiro cenário portanto, para além da “Onda Azul” e do “Status Quo”, ambos discutidos na semana passada: o cenário de racha entre Casa Branca e Senado. O resultado? Estagnação e problemas de retomada do comércio global.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Troco um Van Gogh por uma small cap

7 de julho de 2025 - 20:00

Seria capaz de apostar que seu assessor de investimentos não ligou para oferecer uma carteira de small caps brasileiras neste momento. Há algo mais fora de moda do que elas agora? Olho para algumas dessas ações e tenho a impressão de estar diante de “Pomar com ciprestes”, em 1888.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Ontem, hoje, amanhã: Tensão com fim da trégua comercial dificulta busca por novos recordes no Ibovespa

7 de julho de 2025 - 8:14

Apetite por risco é desafiado pela aproximação do fim da trégua de Donald Trump em sua guerra comercial contra o mundo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Talvez fique repetitivo: Ibovespa mira novos recordes, mas feriado nos EUA drena liquidez dos mercados

4 de julho de 2025 - 8:26

O Ibovespa superou ontem, pela primeira vez na história, a marca dos 141 pontos; dólar está no nível mais baixo em pouco mais de um ano

SEXTOU COM O RUY

A história não se repete, mas rima: a estratégia que deu certo no passado e tem grandes chances de trazer bons retornos — de novo

4 de julho de 2025 - 7:08

Mesmo com um endividamento controlado, a empresa em questão voltou a “passar o chapéu”, o que para nós é um sinal claro de que ela está de olho em novas aquisições. E a julgar pelo seu histórico, podemos dizer que isso tende a ser bastante positivo para os acionistas.

SEU MENTOR DE INVESTIMENTOS

Ditados, superstições e preceitos da Rua

3 de julho de 2025 - 19:55

Aqueles que têm um modus operandi e se atêm a ele são vitoriosos. Por sua vez, os indecisos que ora obedecem a um critério, ora a outro, costumam ser alijados do mercado.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Feijão com arroz: Ibovespa busca recuperação em dia de payroll com Wall Street nas máximas

3 de julho de 2025 - 8:28

Wall Street fecha mais cedo hoje e nem abre amanhã, o que tende a drenar a liquidez nos mercados financeiros internacionais

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Um estranho encontro com a verdade subterrânea

2 de julho de 2025 - 20:00

Em vez de entrar em disputas metodológicas na edição de hoje, proponho um outro tipo de exercício imaginativo, mais útil para fins didáticos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Mantendo a tradição: Ibovespa tenta recuperar os 140 mil pontos em dia de produção industrial e dados sobre o mercado de trabalho nos EUA

2 de julho de 2025 - 8:29

Investidores também monitoram decisão do governo de recorrer ao STF para manter aumento do IOF

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os fantasmas de Nelson Rodrigues: Ibovespa começa o semestre tentando sustentar posto de melhor investimento do ano

1 de julho de 2025 - 8:13

Melhor investimento do primeiro semestre, Ibovespa reage a trégua na guerra comercial, trade eleitoral e treta do IOF

Insights Assimétricos

Rumo a 2026 com a máquina enguiçada e o cofre furado

1 de julho de 2025 - 6:03

Com a aproximação do calendário eleitoral, cresce a percepção de que o pêndulo político está prestes a mudar de direção — e, com ele, toda a correlação de forças no país — o problema é o intervalo até lá

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Mercado sobrevive a mais um susto… e as bolsas americanas batem nas máximas do ano

30 de junho de 2025 - 19:50

O “sangue frio” coletivo também é uma evidência de força dos mercados acionários em geral, que depois do cessar-fogo, atingiram novas máximas no ano e novas máximas históricas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tudo sob controle: Ibovespa precisa de uma leve alta para fechar junho no azul, mas não depende só de si

30 de junho de 2025 - 8:03

Ibovespa vem de três altas mensais consecutivas, mas as turbulências de junho colocam a sequência em risco

TRILHAS DE CARREIRA

Ser CLT virou ofensa? O que há por trás do medo da geração Z pela carteira assinada

29 de junho de 2025 - 7:59

De símbolo de estabilidade a motivo de piada nas redes sociais: o que esse movimento diz sobre o mundo do trabalho — e sobre a forma como estamos lidando com ele?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Atenção aos sinais: Bolsas internacionais sobem com notícia de acordo EUA-China; Ibovespa acompanha desemprego e PCE

27 de junho de 2025 - 8:09

Ibovespa tenta manter o bom momento enquanto governo busca meio de contornar derrubada do aumento do IOF

SEXTOU COM O RUY

Siga na bolsa mesmo com a Selic em 15%: os sinais dizem que chegou a hora de comprar ações

27 de junho de 2025 - 6:01

A elevação do juro no Brasil não significa que chegou a hora de abandonar a renda variável de vez e mergulhar na super renda fixa brasileira — e eu te explico os motivos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Trocando as lentes: Ibovespa repercute derrubada de ajuste do IOF pelo Congresso, IPCA-15 de junho e PIB final dos EUA

26 de junho de 2025 - 8:20

Os investidores também monitoram entrevista coletiva de Galípolo após divulgação de Relatório de Política Monetária

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Não existem níveis seguros para a oferta de segurança

25 de junho de 2025 - 19:58

Em tese, o forward guidance é tanto mais necessário quanto menos crível for a atitude da autoridade monetária. Se o seu cônjuge precisa prometer que vai voltar cedo toda vez que sai sozinho de casa, provavelmente há um ou mais motivos para isso.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

É melhor ter um plano: Ibovespa busca manter tom positivo em dia de agenda fraca e Powell no Senado dos EUA

25 de junho de 2025 - 8:11

Bolsas internacionais seguem no azul, ainda repercutindo a trégua na guerra entre Israel e o Irã

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um longo caminho: Ibovespa monitora cessar-fogo enquanto investidores repercutem ata do Copom e testemunho de Powell

24 de junho de 2025 - 7:58

Trégua anunciada por Donald Trump impulsiona ativos de risco nos mercados internacionais e pode ajudar o Ibovespa

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Um frágil cessar-fogo antes do tiro no pé que o Irã não vai querer dar

24 de junho de 2025 - 6:15

Cessar-fogo em guerra contra o Irã traz alívio, mas não resolve impasse estrutural. Trégua será duradoura ou apenas mais uma pausa antes do próximo ato?

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar