Os títulos prefixados foram os melhores investimentos do mês de julho, seguidos dos fundos imobiliários e da bolsa. Na ponta negativa está o campeão do mês passado, o volátil bitcoin. Os títulos públicos de longo prazo atrelados à inflação e o dólar também tiveram desempenho negativo no mês.
Os melhores investimentos de julho
O mês de julho contou com dois acontecimentos principais que influenciaram os mercados. Na primeira metade do mês, a bolsa subiu e os juros futuros caíram muito motivados pela expectativa de aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, o que de fato se concretizou.
Ainda que a aprovação tenha se dado apenas em primeiro turno (ainda falta o segundo turno, que acontece só em agosto, depois da volta do recesso parlamentar), o Ibovespa chegou a fechar acima dos 105 mil pontos no dia 10, uma nova máxima histórica.
Depois da aprovação da reforma, o Congresso já entrou em ritmo de férias mesmo antes do início do recesso, o que deixou a bolsa brasileira à mercê do cenário externo.
A partir daí, o que mais influenciou os mercados foram as expectativas de corte de juros por parte dos bancos centrais americano, europeu e, por aqui, também do BC brasileiro.
Contudo, dados econômicos mistos nos Estados Unidos levaram o mercado a passar a acreditar num corte modesto, o que se concretizou no corte de 0,25 ponto percentual efetuado pelo Federal Reserve (Fed).
Além disso, o Banco Central Europeu (BCE) acabou mantendo os juros. No Brasil, no entanto, mantinha-se a crença de corte na Selic em 0,5 ponto percentual, o que se confirmou nesta quarta-feira (31).
Com isso, a bolsa acabou alternando momentos de marasmo com quedas pelo desânimo dos investidores com cortes menores do que aqueles inicialmente esperados. Ainda assim, o Ibovespa conseguiu fechar o mês com alta de 0,84%, acumulando valorização de 15,84% no ano, aos 101.812 pontos.
Já os juros futuros tiveram comportamentos mistos, com quedas nos prazos intermediários e altas nos prazos mais longos.
Assim, os títulos públicos prefixados e os atrelados à inflação (NTN-B) de prazos médios tiveram valorização, o que levou os pré para o topo do ranking; já os títulos atrelados à inflação de prazo mais longo, que inclusive já tinham valorizado muito, tiveram uma correção e desvalorizaram no mês.
Melhores e piores ações do mês
Liderando o ranking das ações que mais valorizaram em julho estão os papéis da Via Varejo (VVAR3), que decolou desde que o Grupo Pão de Açúcar vendeu sua participação na companhia, com o controle sendo retomado pelo empresário Michael Klein, filho do fundador das Casas Bahia. A empresa agora passa por profunda reestruturação.
Já na ponta negativa está a Gerdau, que caiu 9,01% no mês e acumula perda de 5,57% no ano.