Brasil terá sua fatia do bilionário mercado da maconha
O governo brasileiro está deixando de arrecadar uma fortuna aos cofres públicos porque mantém o comércio do canabidiol sendo realizado de forma onerosa e burocrática. Isso em plena crise fiscal

Lá se vão mais de 4 anos quando, pela primeira vez no Brasil, uma família conseguiu autorização da Anvisa para importar legalmente o canabidiol, o extrato natural da cannabis utilizado no tratamento de inúmeras doenças.
A luta de Katiele e Norberto Fischer ganhou repercussão nacional quando o casal conseguiu permissão para realizar o tratamento da filha, diagnosticada com uma síndrome rara, a CDKL5.
Por conta das frequentes crises de epilepsia provocadas pela síndrome, Anny, na época com 7 anos, tinha até 80 convulsões por semana. Seu desenvolvimento regrediu e a pequena não falava, não andava, não tinha controle de pescoço e de tronco.
Após fazer o uso do óleo extraído da maconha, as crises passaram a ser extremamente raras, perdendo espaço para uma nova rotina marcada pela redescoberta de uma vida com possibilidades. Algo que até então a família Fischer desconhecia.
Sua luta na Justiça fez com que a Anvisa retirasse o CBD – a sigla do canabidiol – de uma lista de substâncias proibidas, transferindo-a para a de medicamentos controlados. Meses depois, a Receita Federal simplificou o processo de importação e retirou os impostos cobrados.
Era a primeira grande vitória dentro de uma disputa que foi crescendo e passou a ser marcada por pequenos avanços. Desde janeiro de 2015, quando o uso terapêutico da substância foi liberado, cerca de 4 mil brasileiros já obtiveram autorização para importar o CBD.
Leia Também
A maioria deles se dispõe a pagar um preço alto pelo produto, com o tratamento podendo chegar a 3 mil reais por mês. Não por acaso, muitos pacientes estão tendo que recorrer novamente à Justiça, desta vez para que o SUS arque com os custos da medicação.
O sonho destes brasileiros é de que um dia o país se aproxime dos Estados Unidos, onde o canabidiol, cada vez mais próximo de ser totalmente legalizado, já é comercializado nos mais diversos estabelecimentos por um preço muito mais acessível.
Os pacientes americanos dizem que o usam o derivado da maconha para tudo, desde dores musculares e ansiedade à artrite, epilepsia e transtorno de estresse pós-traumático. Por lá, já existe óleo de CBD até para cachorros – e com sabor de bacon!
É uma indústria que espera faturar globalmente US$ 5,7 bilhões em 2019 e US$ 22 bilhões até 2022, segundo a consultoria Brightfield Group. E embora ainda muito incipiente, os números apontam para um possível mercado relevante do canabidiol também no Brasil.
De acordo com levantamento de empresas especializadas, como a New Frontier Data, o número de consumidores no país pode chegar a 3,4 milhões em apenas três anos após a liberação da venda legalizada.
Com isso, o segmento poderia movimentar sozinho cerca de R$ 4,4 bilhões. Para se ter uma ideia do que isso significa, o valor equivale a 6,3% do total do faturamento da indústria farmacêutica no Brasil, que de acordo com os dados do último Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico, foi de R$ 69,5 bilhões em 2017.
Ou seja, o governo brasileiro está deixando de arrecadar uma fortuna aos cofres públicos porque mantém o comércio do canabidiol sendo realizado de forma onerosa e burocrática. Isso em plena crise fiscal.
São números que, em conjunto com a onda de legalização cada vez mais forte no exterior, darão mais fôlego aos defensores e inevitavelmente ampliarão os debates sobre a viabilidade de uma liberação irrestrita de medicamentos à base de CBD no Brasil.
Veja bem que não estou falando do mercado recreativo de maconha, muito mais polêmico e ainda sem nenhuma perspectiva de avanços no país. É importante separar isso, já que o uso para fins medicinais conta com uma aceitação muito maior da sociedade e, consequentemente, tende a evoluir para a liberação muito mais cedo.
A própria Organização Mundial da Saúde, há cerca de um mês, exigiu que a maconha e seus principais componentes sejam formalmente reclassificados para fins medicinais nos tratados internacionais sobre drogas. Uma medida que pode marcar o início do fim da proibição global da cannabis após quase 60 anos de restrição.
Também vale ressaltar que a maioria das empresas do setor de maconha com ações negociadas em Bolsa foca as operações justamente no mercado medicinal, o que por si só já reduz consideravelmente os riscos associados ao investimento, principalmente quando o horizonte para retorno é focado no médio/longo prazo.
É o caso, por exemplo, dos dois ETFs – sigla para Exchange Traded Funds – que mencionei na coluna de 3 de fevereiro. Tendo em vista que o mercado recreativo de maconha ainda está deixando a fase embrionária, ambos adotaram a estratégia de dar um peso maior às empresas que atuam focada no desenvolvimento de medicamentos e outros produtos voltados à saúde e qualidade de vida.
Na medida em que a legalização do consumo recreativo for avançando pelo mundo, esta relação tende a ficar mais equilibrada. Até porque os estudos mostram que este mercado possui potencial de movimentar muito mais dinheiro do que o medicinal.
Mas não é isso que você precisa ter em mente agora.
O que eu quero que você entenda é que, daqui um tempo, a maconha será um produto cotidiano. Que a legalização em esfera global decorrente dos avanços nos países desenvolvidos é um caminho sem volta.
Compreender isso e se despir do preconceito é o primeiro passo para lucrar alto com um dos setores mais promissores da atualidade.
MEC Enem: app gratuito traz simulados, corrige redações, monta plano de estudos e ajuda na preparação para exame
Ferramenta do Ministério da Educação reúne inteligência artificial, trilhas de estudo e plano de revisão personalizado a menos de um mês do exame
Mega-Sena 2928 acumula e prêmio em jogo se aproxima de R$ 50 milhões; ‘fermento’ do final 5 infla bolada na Quina
Além da Mega-Sena 2928, outras três loterias sorteadas ontem à noite acumularam, com destaque para o salto no prêmio da Quina
Lotofácil volta a brilhar sozinha e faz um novo milionário em SP
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta sexta-feira (17) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3515
Este é o menor país da história a se classificar para uma Copa do Mundo, tem metade da seleção nascida no exterior e convocação feita pelo LinkedIn
Com metade do elenco nascido fora e um jogador convocado pelo LinkedIn, o arquipélago africano faz história ao conquistar vaga inédita na Copa do Mundo de 2026
“Faz um Pix”: o Mercado Pago quer transformar esse pedido em rotina com o novo assistente de inteligência artificial
A fintech aposta na inteligência artificial para simplificar o dia a dia dos clientes — e o Brasil será o primeiro laboratório dessa revolução
Entenda a Operação Alquimia, deflagrada pela Receita para rastrear a origem do metanol em bebidas alcoólicas
Desdobramento das operações Boyle e Carbono Oculto, a nova ofensiva da Receita Federal mira a rota clandestina do metanol
Na onda da renda fixa, fundos de pensão chegam a R$ 1,3 trilhão em ativos, mas Abrapp alerta: “isso é a foto, não o filme”
Do total de R$ 1,3 trilhão em ativos dos fundos de pensão, cerca de R$ 890 bilhões estão em títulos públicos. Para Abrapp, isso não é bom sinal para o Brasil: “é preciso diversificar”, diz diretor-presidente
Trabalho em ‘home office’ é ‘coisa de rico’, aponta IBGE
Dados preliminares do Censo 2022 revelam desigualdade também no home office: brasileiros que ganham acima de R$ 7,5 mil por mês são os que mais exercem suas atividades sem sair de casa
Quina 6853 faz o único milionário da noite nas loterias da Caixa
Depois de acumular por três sorteios seguidos, a Quina pagou o maior prêmio da noite de quarta-feira (15) entre as loterias da Caixa
Lotofácil 3513 deixa mais dois apostadores perto do primeiro milhão
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta quinta-feira (16) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3514
Carteira Nacional Docente já está disponível; veja como emitir e descubra quais benefícios terão os professores
Documento tem validade de 10 anos e garante acesso a benefícios do programa Mais Professores, com descontos, meia-entrada e mais
Do metanol à água mineral: o que se sabe sobre o caso do homem internado em SP após suspeita de contaminação
Depois dos casos de intoxicação por metanol em bebidas destiladas, um novo episódio em Garça (SP) levanta preocupação sobre água mineral
CEO da Petrobras (PETR4) manda recado enquanto petróleo amplia a queda no exterior. Vem aí um novo reajuste nos combustíveis?
Enquanto a pressão sobre o petróleo continua no exterior, a presidente da petroleira deu sinais do que pode estar por vir
Seus filhos não foram para a escola hoje — e a ‘culpa’ é (do dia) dos professores
Se seus filhos não foram à escola ou à faculdade hoje, o motivo é o Dia dos Professores, uma data que homenageia a educação no Brasil — mas nem todos os profissionais têm direito à folga
Mega-Sena 2927 acumula e prêmio sobe ainda mais; +Milionária volta à cena hoje com R$ 10 milhões em jogo
A Mega-Sena é o carro-chefe das loterias da Caixa. Ela segue encalhada, embora já tenha saído uma vez em outubro. Com exceção da Lotofácil, todas as outras loterias também acumularam ontem.
Entre a simplicidade e a teimosia, Lotofácil 3512 deixa dois apostadores mais próximos do primeiro milhão
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta quarta-feira (15) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3513
Ouro bate recorde — e garimpo ilegal também; apreensões da PF em terras yanomami já somam 10% do orçamento da Funai
PF apreende volume inédito de ouro, em meio à escalada de preços no mercado global
Seu Dinheiro é finalista do Prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças 2025; veja como votar
Site concorre às categorias de melhores site, podcast e canal de YouTube, além de ter quatro jornalistas no páreo do top 50 mais admirados
Carro voador de R$ 1,5 milhão estreia em Dubai; chinesa Aridge mira super-ricos do Golfo Pérsico
O carro voador de R$ 1,5 milhão da chinesa Aridge, divisão da XPeng, fez seu primeiro voo tripulado em Dubai
Esse país tem um trunfo para se transformar no Vale do Silício da América do Sul — e o Brasil que se cuide
Um novo polo de tecnologia começa a surgir na América do Sul, impulsionado por energia limpa e uma aposta ambiciosa em inovação.