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Mercados continuam à espera de um sinal do novo governo

Selo marca a cobertura do Seu Dinheiro antes da abertura da Bolsa

Bom dia, investidor! Não deu, de novo. Ontem, mais uma vez, os mercados esperaram por uma sinalização positiva do novo governo para a economia, e não teve nada.

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Pelo contrário, o que teve foi a aprovação de pautas-bombas pelo governo atual, retrocessos para complicar ainda mais a nossa situação fiscal e deixar alguma herança maldita para o próximo mandato.

Além da aprovação de aumentos para o Judiciário e o Ministério Público, com efeito cascata para todo o funcionalismo, também foi prorrogado o programa de incentivos fiscais automotivos (Rota 2030).

Por aqui, os investidores se incomodam com a falta de traquejo político da equipe de transição, com o silêncio em relação à reforma da Previdência e com as indefinições quanto aos nomes para a equipe econômica.

Com esse cenário interno, ficamos à mercê do exterior mais uma vez. As bolsas dos países desenvolvidos passaram o dia de olho na reunião do Fed, no fim da tarde.

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O banco central americano manteve os juros e o tom neutro em seu comunicado, mas o mercado interpretou a mensagem como dura mesmo assim. Com isso, as perdas nas bolsas de NY se acentuaram, o que arrastou o Ibovespa, que fechou em baixa de 2,39%, aos 85.620 pontos. O dólar se fortaleceu.

Os gringos continuam vendendo Brasil e não encontram motivos para voltar, já que as condições lá fora também não são muito propícias aos ativos de risco.

Resquício de esperança

Segundo o "Estadão", a equipe do presidente eleito já vem articulando com parlamentares e governadores aliados dois projetos que alteram a regra da Previdência, sem a necessidade de mexer na Constituição.

Quanto aos nomes para a equipe econômica, as indefinições continuam. O governo eleito resolveu ventilar a permanência de Ilan Goldfajn na presidência do Banco Central antes de saber a resposta, deixando os mercados aflitos. E até agora a questão é um mistério.

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Estão sendo sondados pelo menos outros cinco nomes para comandar o BC.

O mercado também vê com bons olhos a permanência da secretária-executiva de Fazenda Ana Paula Vescovi no novo governo, desta vez à frente da Caixa. Porém, fontes da equipe de transição disseram, mais cedo, que ela "tem outros planos".

Agenda

Hoje saem a primeira prévia do IGP-M, às 8h, e os dados regionais da produção industrial de setembro, às 9 horas.

Na agenda de balanços, temos Kroton e Caixa Seguridade antes da abertura, e Somos Educação e Alpargatas depois do pregão (veja o que esperar dos resultados divulgados nesta sexta).

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Promovem teleconferências para comentar os resultados: B3 (9h), Direcional (9h30), BB, Copel e Natura (10h), Sabesp (10h30), Gafisa e Tenda (11h), Kroton (11h30), Cyrela (12h), Qualicorp (12h30), Rumo (15h) e JHSF (15h30).

Nos EUA, dois membros votantes do comitê de política monetária do Fed podem dar mais indicações sobre o rumo dos juros. John Williams fala às 11h, e Randal Quarles discursa ao meio-dia.

Às 11h30 sai o PPI (índice de preços ao produtor) de outubro, que deve subir 0,3%. Às 13h saem a leitura preliminar do sentimento do consumidor no mês de novembro, que deve subir de 97 para 99, e os estoques no atacado em setembro, que devem avançar 0,3%.

A inflação ao consumidor (CPI) da China subiu 2,5% em outubro, levemente acima da previsão de 2,4%. Já os preços ao produtor (PPI) registraram alta de 3,3%, em linha com as projeções de analistas.

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*Com informações do Bom Dia Mercado, de Rosa Riscala. Para ler o Bom Dia Mercado na íntegra, acesse www.bomdiamercado.com.br

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