Ações do Banco Pan não param de subir e já quadruplicaram de valor no acumulado do ano
Investidores reagem a melhora de resultados e plano do Banco Pan de lançar um banco digital completo voltado para os clientes das classes C, D e E, mas projeto ainda precisa se provar
Quem segura o Banco Pan? As ações da instituição (BPAN4) controlada pelo BTG Pactual e pela Caixa Econômica Federal foram destaque novamente no pregão desta sexta-feira na B3.
Em um dia em que o Ibovespa, principal índice da bolsa, fechou em queda de 0,44%, as ações do Pan dispararam 15,99%, cotadas a R$ 8,05. Na máxima do dia, bateram em R$ 8,40. No acumulado do ano, o valor de mercado do banco quadruplicou. Mas será que toda essa alta faz sentido?
Eu já havia contado sobre a disparada das ações do Pan nesta matéria. Basicamente, os investidores reagem ao plano do banco de lançar um banco digital completo voltado para os clientes das classes C, D e E. A expectativa é que a conta digital seja lançada ainda neste ano.
A expectativa de quem comprou as ações é que o Pan repita o sucesso do Banco Inter, cujas ações (BIDI4) subiram quase 300% desde a estreia na bolsa, há um ano.
O projeto foi reforçado nesta semana pelo BTG, que anunciou a criação de uma unidade para concentrar todas as iniciativas digitais para o público de varejo, incluindo o Banco Pan.
Tem fundamento?
Mesmo antes de se lançar no mundo digital, o Pan já vinha de uma melhora de resultados, mas que até recentemente ainda não havia se refletido no preço das ações. Ou seja, as ações estavam descontadas e havia, sim, fundamentos para uma alta.
Só que, depois da valorização de 140% só em maio, as cotações já parecem antecipar que o Pan será bem sucedido em sua estratégia digital, o que ainda precisa se provar.
Com base nas cotações de fechamento de ontem, a relação entre o preço e o lucro (P/L) do Banco Pan estava em 30 vezes, a segunda maior entre os bancos listados na B3, atrás justamente do Banco Inter, de acordo com dados da Economatica.
Quanto maior esse indicador, mais caro está o banco. Mas empresas com perfil de tecnologia costumam ter um P/L mais alto do que o de setores tradicionais.
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