Inter recua 18% desde estreia na Nasdaq, mas o JP Morgan acredita que as ações e BDRs podem saltar até 160% nos próximos meses; veja por quê
Os analistas confiam que o banco tem capacidade para superar as dificuldades impostas pela mudança e pelo cenário macroeconômico

Como ocorre com a maioria dos imigrantes recém-chegados a um novo país, o Inter (INTR) tem enfrentado dificuldades após desembarcar na bolsa de valores norte-americana. O momento escolhido para a mudança, um período turbulento para todo o mercado de renda variável, também não ajuda.
Desde a estreia na Nasdaq, na última quinta-feira (23), as ações da holding do banco digital, a Inter&Co, recuam 18%. Nesta segunda-feira (27) a queda é de 3,83% e os papéis operam cotados em US$ 3,26.
Já os BDRs INBR31, recibos de ações negociados na B3, espelham o desempenho positivo do Ibovespa e sobem 0,47%, a R$ 16,96. Acompanhe a nossa cobertura completa de mercados.
A exemplo do que ocorre com os BDRs, o JP Morgan acredita que o banco tem capacidade para superar as dificuldades impostas pela mudança e pelo cenário macroeconômico e iniciou a cobertura das ações com recomendação de compra.
Hora de comprar as ações e BDRs do Inter?
Os analistas do banco de investimentos se reuniram com João Vitor Menin, CEO do Inter, na última semana — e saíram da conversa com o otimismo renovado.
“A empresa está aumentando suas taxas em vários produtos, e saudamos o foco na monetização, que, em nossa visão, deve começar a ganhar força nos próximos trimestres e é o principal motivo da nossa recomendação”, escrevem os analistas.
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Para o JP Morgan, o valuation descontado das ações cria um ponto de entrada atrativo para novos investidores. “A perspectiva de curto prazo é instável devido à piora do ciclo de crédito e às provisões mais altas, mas cumprimentamos a nova mentalidade da administração”.
Além da recomendação de compra, o banco de investimentos estabeleceu um preço-alvo ousado para as ações INTR: US$ 8, com potencial de alta de 145% até dezembro deste ano. Já para os BDRs o salto projetado é ainda maior, de cerca de 160%, com preço-alvo de R$ 44.
Provisões preocupam, mas juros mais altos garantem receita
Apesar da visão positiva para o Inter, o JP Morgan alerta para os riscos na tese de investimentos: “as provisões são o ponto de interrogação, mas a administração vê melhora das tendências no 4T22, e a reprecificação dos empréstimos significa um 2023 melhor”.
O banco estima que um aumento de 700 pontos-base nas taxas mensais — que passariam de 7% ao mês para 14% ao mês — poderia gerar cerca de R$ 200 milhões em receitas financeiras brutas.
“Além disso, o Inter tem uma boa (e barata) base de depósitos e excesso de capital, um diferencial em relação à maioria das fintechs”, reforçam os analistas.
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