Um dicionário de A a Z para entender conceitos e palavras do mercado financeiro
Esqueça o economês e entenda de vez o significado das a palavras que rodeiam o mercado

Volta e meia alguém me escreve perguntando sobre termos (tanto em português como em inglês) usados nas crônicas que escrevo. Decidi fazer aqui um pequeno glossário por ordem alfabética.
A – Ações ordinárias e preferenciais: As primeiras são as que dão direito a voto nas assembleias de acionistas de uma empresa. Os detentores das preferenciais têm prioridade no caso de dissolução da companhia. Estas segundas são mais procuradas e, portanto, têm maior liquidez.
B – Bull market e bear market: O primeiro é o mercado do touro, em alta. O segundo, do urso, em queda. A simbologia vem do fato de que o touro ataca para cima, com os chifres. O urso, para baixo, com a pata.
C – Call: Opção de compra. Dá ao seu proprietário o direito, mas não a obrigação, de adquirir determinado ativo a determinado preço até determinada data.
D – Day trade: Compra e venda feita no mesmo dia. A venda pode ser feita antes da compra. Day trader é o especulador que executa esse tipo de operação. Ele sempre dorme zerado.
E – EBITDA: Sigla em inglês que representa o lucro de uma empresa antes do pagamento de juros, de impostos e dos cálculos de depreciação e amortização. Passou a ser muito usada nos últimos anos para avaliação se uma ação está cara, barata ou no preço adequado.
Leia Também
F – FED: Federal Reserve Bank, banco central dos Estados Unidos. Trata-se de uma instituição autônoma. Seu chairman é apontado pelo presidente da República e, se aprovado pelo Senado, tem independência de operação e mandato fixo não coincidente com o ocupante da Casa Branca.
G – Gap: É quando um mercado abre com uma cotação acima da máxima ou abaixo da mínima da véspera.
H – Hard landing: Recessão ou queda abrupta da Bolsa de valores nos Estados Unidos provocada por um aumento mal calibrado nas taxas de juros por parte do FED.
I – Ibovespa: Índice que atualmente agrega 65 ações entre as mais negociadas da Bolsa de Valores de São Paulo.
J – Jobless Claims: Estatística divulgada semanalmente pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos mostrando o número de pessoas que pleitearam auxílio desemprego. Trata-se de um dado importante para acompanhamento da atividade econômica naquele país.
K – Key rates: São as duas taxas de juros mais importantes do mercado americano. Discount rate (taxa de desconto, que o FED cobra dos bancos) e Fed Funds rate (taxa básica de juros, equivalente à nossa taxa Selic).
L – LIBOR: Taxa interbancária do mercado de Londres. Já foi mais importante, quando ainda não existia o euro.
M – Margem: Valor que um investidor ou especulador tem de depositar nas bolsas quando opera nos mercados futuros. Serve de garantia contra inadimplência. Se o mercado vai na direção contrária à da operação, as bolsas pedem reforço de margem.
N – Nasdaq: Mercado eletrônico global de ações de alta tecnologia como a Apple, o Google, a Microsoft, a Oracle, a Amazon e a Intel. A cada ano ganha mais importância.
O – ORTN: (Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional). Título do governo brasileiro, com juros e correção monetária, muito usado na época de inflação. Era também utilizado como unidade de moeda. Um carro, por exemplo, podia ser anunciado para venda com valor expresso em ORTN.
P – Put: Opção de venda. Dá ao seu proprietário o direito, mas não a obrigação, de vender determinado ativo a determinado preço até determinada data.
Q – Quant Fund: Trata-se de um fundo que escolhe seus investimentos através de análise quantitativa. Os gestores usam modelos de software customizados para determinar as aplicações.
R – Rali: do inglês “rally”, é um movimento de alta de um ativo. No Brasil, os traders costumam improvisar verbos baseados nas palavras “rali” e “rally”. Tipo: “o mercado ‘raliou’ após o comunicado do Banco Central.
S – Short covering: Rally baseado em cobertura de shorts. Explicando melhor: diversos especuladores vendidos a descoberto em determinado ativo correm para zerar suas posições ao mesmo tempo provocando um rally.
T – Trade, trading, trader: Operação, operando, operador.
U – Underwriting: Oferta de lançamento de ações ou de outros títulos mobiliários. Leva esse nome porque no documento inicial os bancos e outras instituições participantes assinam embaixo.
V – Valor presente: Além dos valores de lançamento e de resgate, os preços dos títulos de renda fixa variam a cada dia, não necessariamente para cima, de acordo com mercado. O “valor presente” é também chamado de PU (Preço Unitário).
W – Wall Street: Como todo mundo sabe, Wall Street é a rua onde fica a Bolsa de Valores de Nova York. Mas o termo é usado para se referir ao mercado americano como um todo. Os jornais usam expressões do tipo: “Wall Street não está gostando nem um pouco dos resultados iniciais das negociações entre Washington e Pequim”.
X – XD: quer dizer “ex-dividendo”. Se uma ação está sendo negociada XD, é porque já não tem direito ao dividendo mais recente.
Y – Yield: Rentabilidade. Se a gente diz que as obrigações de 10 anos do Tesouro americano estão sendo negociadas com um “yield” de 3,20%, é porque rendem 3,20% sobre o valor de mercado. Esse “yield” não necessariamente significa a taxa fixada por ocasião do lançamento do título. Depende do “valor presente” ou “PU” (ver acima).
Z – Zero-Coupon Bond: Se uma obrigação tem “cupom zero”, isso mostra que ela não paga juros prefixados. Sua rentabilidade é calculada pela diferença entre o preço de negociação e o valor de resgate. Nesses casos, o lançamento foi feito com deságio.
Evidentemente existem centenas e mais centenas de palavras e expressões usadas pelo mercado além destas que selecionei aqui, uma para cada letra do alfabeto. Encorajo os leitores a me escreverem quando, em minhas crônicas, uso uma cujo significado desconhecem.
Cheerio! (“Até logo”, num linguajar britânico informal e arcaico).
Não há escapatória: Ibovespa reage a balanços e Super Quarta enquanto espera detalhes de acordo propalado por Trump
Investidores reagem positivamente a anúncio feito por Trump de que vai anunciar hoje o primeiro acordo no âmbito de sua guerra comercial
Itaú Unibanco (ITUB4) será capaz de manter o fôlego no 1T25 ou os resultados fortes começarão a fraquejar? O que esperar do balanço do bancão
O resultado do maior banco privado do país está marcado para sair nesta quinta-feira (8), após o fechamento dos mercados; confira as expectativas dos analistas
Mesmo com apetite ao risco menor, Bradesco (BBDC4) supera expectativas e vê lucro crescer quase 40% no 1T25, a R$ 5,9 bilhões
Além do aumento na lucratividade, o banco também apresentou avanços na rentabilidade, com inadimplência e provisões contidas; veja os destaques
Balanço fraco da RD Saúde (RADL3) derruba ações e aumenta pressão sobre rede de farmácias. Vale a pena comprar na queda?
Apesar das expectativas mais baixas para o trimestre, os resultados fracos da RD Saúde decepcionaram o mercado, intensificando a pressão sobre as ações
Balanço da BB Seguridade (BBSE3) desagrada e ações caem forte na B3. O que frustrou o mercado no 1T25 (e o que fazer com os papéis agora)?
Avaliação dos analistas é que o resultado do trimestre foi negativo, pressionado pela lucratividade abaixo das expectativas; veja os destaques do balanço
É recorde: Ações da Brava Energia (BRAV3) lideram altas do Ibovespa com novo salto de produção em abril. O que está por trás da performance?
A companhia informou na noite passada que atingiu um novo pico de produção em abril, com um aumento de 15% em relação ao volume visto em março
Expectativa e realidade na bolsa: Ibovespa fica a reboque de Wall Street às vésperas da Super Quarta
Investidores acompanham o andamento da temporada de balanços enquanto se preparam para as decisões de juros dos bancos centrais de Brasil e EUA
Espírito olímpico na bolsa: Ibovespa flerta com novos recordes em semana de Super Quarta e balanços, muitos balanços
Enquanto Fed e Copom decidem juros, temporada de balanços ganha tração com Itaú, Bradesco e Ambev entre os destaques
Um mês da ‘libertação’: guerra comercial de Trump abalou mercados em abril; o que esperar desta sexta
As bolsas ao redor do mundo operam em alta nesta manhã, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA
Ibovespa deu uma surra no S&P 500 — e o mês de abril pode ter sido apenas o começo
O desempenho do Ibovespa em abril pode ser um indício de que estamos diante de uma mudança estrutural nos mercados internacionais, com implicações bastante positivas para os ativos brasileiros
Diretor do Inter (INBR32) aposta no consignado privado para conquistar novos patamares de ROE e avançar no ambicioso plano 60-30-30
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Flavio Queijo, diretor de crédito consignado e imobiliário do Inter, revelou os planos do banco digital para ganhar mercado com a nova modalidade de empréstimo
Gafisa (GFSA3) recebe luz verde para grupamento de 20 por 1 e ação dispara mais de 10% na bolsa
Na ocasião em que apresentou a proposta, a construtora informou que a operação tinha o intuito de evitar maior volatilidade e se antecipar a eventuais cenários de desenquadramento na B3
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault