O ‘risco’ da carteira alocada só na Selic a 15% ao ano: analista explica por que ainda ‘deixaria um pé na renda variável’
Exposição à renda fixa aumentou com os juros no maior patamar em quase 20 anos, mas analista aponta para “risco” nessa estratégia
Investir boa parte do patrimônio somente em renda fixa em um cenário de taxa Selic a 15% ao ano é, sem dúvidas, tentador. Afinal, em um investimento totalmente livre de risco, é possível buscar lucros acima dos dois dígitos sem qualquer esforço.
Não é à toa que, desde o início do ciclo de alta dos juros, há um forte movimento de migração de ativos mais arriscados, como as ações, para os títulos conservadores da renda fixa.
Essa rotação fica evidente com os dados de captação dos fundos brasileiros. Segundo um levantamento feito pela DataBay para o portal de notícias E-Investidor, os portfólios com foco em ações tiveram uma fuga de R$ 37,5 bilhões entre os meses de janeiro e junho de 2025.
Os fundos multimercados também não ficam de fora desse pessimismo. No mesmo período, as carteiras tiveram captação líquida negativa de R$ 68,7 bilhões.
Mas enquanto os fundos de maior risco sofrem retiradas expressivas, a renda fixa “brilhou”. Desde o início do ano, a captação desses portfólios registrou o valor de R$ 68,7 bilhões.
Ou seja, os investidores estão preferindo se expor a taxas atrativas com menos risco. A analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, afirma que o cenário atual é, sim, a hora de aproveitar os rendimentos “gordos” da renda fixa.
Porém, ela alerta para um “perigo” ao se posicionar somente nessa classe de ativos. Embora reconheça que o momento está favorável para investir na renda fixa, a analista defende que tirar o pé da renda variável pode ser um desperdício de potencial lucrativo.
“Eu acho que é arriscado, no sentido de custo de oportunidade, não ter um pezinho na bolsa brasileira com seletividade”, afirmou no programa “Onde investir em agosto”, produzido pelo Seu Dinheiro.
Ainda assim, não é hora de investir em qualquer empresa, segundo Larissa. Entenda a seguir por que a analista acredita que é importante ter exposição à bolsa e quais são as ações mais indicadas para o cenário atual.
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Uma virada de ciclo na taxa Selic pode impulsionar as ações brasileiras, defende analista
É natural que, em períodos de juros nas alturas, haja um maior foco dos investidores na renda fixa. Ainda mais no cenário atual, em que a taxa Selic está no maior patamar em quase 20 anos.
Mas isso não significa que esse nível de taxa básica vai continuar para sempre e que os títulos de baixo risco permanecerão pagando retornos atrativos.
Após uma sequência de altas expressivas na Selic, o mercado agora já começa a estimar quando haverá uma virada no ciclo dos juros. E é justamente pensando nessa mudança que a analista Larissa Quaresma acredita que é “arriscado” se posicionar somente na renda fixa.
Para ela, o início dos cortes da Selic pode ser um “gatilho” para as ações brasileiras. Afinal, juros mais baixos tendem a impulsionar a bolsa por duas vias:
- Melhora do resultado das empresas devido a menores custos de captação – o que chama a atenção do mercado; e
- Retornos menores na renda fixa levam os investidores a buscar ganhos mais competitivos em ativos de maior risco.
Essa correlação entre a bolsa e a taxa Selic já foi observada em outros ciclos de quedas dos juros. O gráfico abaixo exemplifica como, desde 2003, o Ibovespa valorizou em ciclos de cortes da taxa básica e vice-versa:

Ou seja, embora não seja possível “cravar” em pedra nenhum movimento no mercado financeiro, a expectativa da analista é de que esse fenômeno se repita quando o Banco Central começar o afrouxamento monetário.
VEJA CARTEIRA RECOMENDADA PARA SABER COMO SE POSICIONAR NESTE CENÁRIO
Timing é essencial para buscar lucros com a queda dos juros – como aproveitar?
Como dito anteriormente, Larissa espera que um corte de juros em breve possa impulsionar a bolsa brasileira. Porém, cabe ressaltar um alerta da analista: o timing é extremamente importante para conseguir aproveitar esse movimento.
Afinal, o mercado tende a começar a precificar essas estimativas de virada na Selic antes de o Copom, de fato, decidir o primeiro corte. Pensando nisso, analista da Empiricus defende que é preciso se posicionar desde agora:
“Acreditamos que o corte de juros vai acontecer e que o capital estrangeiro vai continuar fluindo para o Brasil, mas nunca se sabe quando o consenso vai migrar para esse entendimento.
O que conseguimos fazer agora é comprar boas empresas, com valuations atrativos, que ficaram ainda mais promissoras agora”.
Mas não basta investir em qualquer papel. Existem algumas características importantes para selecionar ações atrativas para incluir em carteira agora, segundo Larissa. As empresas devem:
- Ser pouco alavancadas, que não sofrem tanto com Selic alta;
- Ter um mercado cativo;
- Ter vantagens competitivas;
- Ser de alta qualidade;
- Ter boa previsibilidade de execução; e
- Estar em um bom patamar de preço.
Para ela, as companhias que seguem esses critérios podem ser bastante beneficiadas em meio ao início dos cortes de juros no Brasil.
Não é à toa que a analista se debruçou sobre todas as ações da bolsa brasileira e fez uma curadoria das 10 melhores que possuem essas características. Na visão de Larissa, esses 10 papéis são os mais promissores para investir no mês de agosto e manter o pé na renda variável.
As ações recomendadas fazem parte de diferentes setores, como financeiro, commodities, varejo, seguros, energia e outros segmentos. Portanto, trata-se de um portfólio diversificado, mas que combina ativos preparados para “surfar” um cenário de afrouxamento monetário.
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Esta carteira preparada para a queda dos juros pode ser acessada de graça
Apenas para dar um “spoiler” dessa carteira recomendada, um dos papéis selecionados é da Eletrobras (ELET6). A ex-estatal de energia elétrica possui resultados mais previsíveis devido aos contratos de longo prazo e acumula uma alta interessante em 2025.
Desde o início do ano, o papel saltou 21%, com destaque para a valorização de 9% na última quinta-feira (7) após a divulgação do balanço do 2º trimestre. Mas a Eletrobras é apenas um exemplo das companhias que podem ser encontradas nesse portfólio recomendado por Larissa Quaresma.
A boa notícia é que é possível acessar a carteira completa sem pagar nem um centavo, graças a uma cortesia para os leitores interessados desta matéria.
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