Gen Z: Namoro ou corrida? Para a Geração Z, o date ideal é com a academia, diz estudo
Especialistas discutem sobre a forma do grupo enxergar a prática de atividades físicas não só como um meio de criar relacionamentos, mas uma prioridade no seu estilo de vida
Atualmente, a Geração Z, nascida entre 1997 e 2012, tem de 13 a 28 anos. Certamente, no geral, idades de socialização, sair para se divertir, conhecer novas pessoas, e possivelmente, pares românticos. No entanto, um estudo publicado neste mês pela Strava, plataforma que combina registro de atividades físicas com recursos de análise e rede social, revelou que as prioridades de estilo de vida deste grupo geracional têm se voltado aos treinos. E tanto a vida amorosa, quanto a social, têm que caber neste universo.
De acordo com o 12º Relatório Anual de Tendências do Ano no Esporte da companhia, 64% da Gez Z disseram que preferem gastar dinheiro com equipamentos do que em um encontro. Além disso, 39% a mais de integrantes desta geração em comparação à Gen X (grupo nascido entre 1965 e 1980) usam o meio fitness para conhecer pessoas que compartilham seus interesses.
“Em 2025, esta geração nos mostrou como se movimenta, correndo e participando de provas em todas as distâncias. Encontrando também comunidade e conexão em clubes de corrida, e praticando levantamento de peso para ter uma boa aparência e se sentir bem”, afirma a plataforma.
“Eles também nos disseram quais são suas prioridades e como elas estão mudando — colocando o movimento em primeiro lugar, mesmo durante as férias —, e gastando dinheiro com despesas relacionadas a atividades físicas em vez de encontros”, complementa a Strava em relação aos insights da pesquisa.
Locais de treino como espaço de conexão
“Uma tendência clara entre jovens é que a academia deixou de ser apenas um espaço de treino para se tornar também um ambiente de socialização”, diz Cristina Duclos, CMO Global do Grupo Smart Fit.
A executiva relata que a Geração Z busca conexões em torno de interesses compartilhados e "vê o fitness como estilo de vida”. Esse movimento, de acordo com ela, contrasta com gerações anteriores, que frequentavam academias de forma mais “individual e pragmática”.
“A academia se torna ponto de encontro, convivência e expressão. Cada vez mais, vemos jovens usando o treino como forma de criar vínculos, fortalecer a autoestima e integrar saúde, bem-estar e vida social em uma mesma experiência”.
Um exemplo que se conecta com esta tendência são as coffee partys, que têm pipocado recentemente pelo mundo. No Brasil, a festa itinerante The Coffee Beats, lançada no começo de 2025 é um caso. O evento serve cafés e conta com DJs de música eletrônica, aulas de yoga, bem como treino funcional em parques e praças.

Há também iniciativas em São Paulo como o Just a Brunch, do Locale Caffè, e o Street Beats, no Santo Grão. Como a Veja São Paulo descreve, elas são “festas matinais que atraem principalmente o público jovem, que investe em rotinas saudáveis e consome menos bebida alcoólica”.
A redução de consumo de álcool pela Geração Z, inclusive no Brasil, já havia sido reportada pelo Seu Dinheiro em março deste ano. O grupo tem diminuído o consumo de álcool paulatinamente, representando uma queda de 10% para 8,1% em 2023. Isso de acordo com o Relatório Covitel, que avaliou o comportamento de consumo dos brasileiros pré e pós-pandemia de covid-19.
Se a ideia é treinar e socializar, modalidades coletivas se destacam
De acordo com o relatório da Strava, novos clubes no aplicativo quase quadruplicaram em 2025, atingindo um total de 1 milhão.
Os de caminhada cresceram mais rápido (5,8x), seguidos pelos de corrida (3,5x). Já os eventos organizados por clubes aumentaram 1,5x ano após ano, “fornecendo a infraestrutura para transformar comunidades online em encontros no mundo real”, afirma a plataforma.
“Na Gen Z, o treino é extensão da vida social. O aumento expressivo em modalidades coletivas reforça essa mudança”, diz Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company.
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Em outro relatório deste ano, o Garmin Connect Data Report, foi reportado aumento global de 67% no número de sessões registradas de esportes de raquete. Além disso, se destacaram as modalidades de trilhas, corrida de pista e HIIT, que é um treinamento intervalado de alta intensidade.
O principal grupo responsável pela por esse impulsionamento foi o de 18 a 29 anos. “Isso indica que a Gen Z valoriza comunidade, experiências coletivas e pertencimento. Para essa geração, o treino é também interação social — e não apenas performance individual.”
Com o fitness, conexões reais ao invés de digitais
Outro dado curioso do relatório da Strava é que 50% da Gen Z planeja usar a Strava mais em 2026, e visa acessar redes sociais como Instagram e TikTok na mesma quantidade ou menos.
De acordo com Cristina Duclos, da Smart Fit, a Gen Z busca uma vida mais saudável, tanto física quanto emocionalmente. “Ao mesmo tempo, está cada vez mais interessada em ferramentas que conectem a vida online com resultados reais”, afirma.
Para ela, o movimento de transformar o treino em comunidade, aliás, mostra que “eles querem menos comparação e mais propósito”.
Já Eduardo não observa o dado como um reflexo de um abandono do digital pela Gen Z.
Na realidade, vê uma migração para aplicativos que “amplificam a vida offline, não que a substituam”. A interpretação, afirma, é que eles buscam plataformas que conectam o digital à vida real.
“Enquanto redes sociais tradicionais entregam conteúdo, a Strava entrega experiência física, pertencimento e comunidade, como demonstrado pelo crescimento de clubes”, diz.
Gastos (ou investimentos) com autocuidado
Para além da busca pela conexão com o outro, a Gen Z demonstra que o autocuidado é uma prioridade. O relatório não só demonstra que este grupo prefere investir em equipamentos ao invés de encontros, mas também que 30% do grupo planeja aumentar gastos com fitness em 2026. Além disso, têm 63% mais probabilidade que a Gen X de investir em wearables, gadgets de monitoramento eletrônico adaptados ao corpo.
“Da mesma forma que outras gerações investiam para ir para o shopping ou para a balada, esta investe para ir para a academia. — e isso muda tudo”, diz Cristina. Os dados da Strava, como ela indica, demonstram que a Gen Z quer dados, personalização e autonomia na experiência de treino.
Para ela, “é um sinal muito claro de que o ecossistema digital do fitness vai continuar crescendo”. “Tecnologias que ajudam a monitorar evolução, ajustar treinos e integrar o dia a dia saudável à rotina são cada vez mais relevantes”, complementa.

Dentre eles, exemplos clássicos são os relógios inteligentes Garmin e o Apple Watch, com funções de monitoramento de saúde e métricas de performance e bateria longa. Além disso, há o Oura Ring, que monitora a frequência cardíaca e respiratória, bem como temperatura corporal.
“Para a Gen Z, fitness é investimento — não despesa — e tecnologia é peça-chave na jornada de autogestão”, confirma Eduardo.
Casal que treina junto, permanece junto?
Por fim, no que diz respeito especificamente ao aspecto da vida amorosa, o relatório aponta ainda que 46% da Geração Z está aberta a um “primeiro encontro de treino”.
“Para muitos jovens, conhecer alguém enquanto treinam é mais natural e autêntico. Isso contrasta com gerações anteriores, que separavam mais o momento de treino da vida social. Hoje, a Gen Z valoriza conexões que refletem seus hábitos e prioridades”, descreve Cristina.

Outro dado no estudo que demonstra isso, como mencionado anteriormente, é o de que há 39% mais integrantes da Gen Z do que da Gen X usando o meio fitness para conhecer pessoas com valores e interesses comuns.
“Eles buscam não apenas um hobby em comum, mas afinidade de estilo de vida: saúde, performance, estética e rotina ativa”, afirma Eduardo.
“O fitness virou critério de compatibilidade — uma forma de avaliar valores, disciplina, estilo de vida e até perspectiva de futuro”, complementa.
Cristina, por sua vez, compartilha da mesma visão: “Quem treina costuma buscar parceiros que entendam essa rotina e compartilhem jornada, metas e hábitos”, conclui.
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