Você está pronto para o real digital? Drex passa em testes de viabilidade; saiba qual é a próxima etapa
Documento do BC cita a necessidade de aprofundamento de estudos que garantam privacidade, proteção de dados e segurança das transações

Se você ainda não está pronto para o real digital, é melhor se preparar. Segundo o banco central, o Drex está cada vez mais perto de se tornar uma realidade na vida do brasileiro.
Um relatório técnico sobre o projeto-piloto da primeira fase do Drex apresentado na quarta-feira (26) pelo Banco Central (BC), revela a viabilidade da plataforma. Entretanto, o documento cita a necessidade de aprofundamento de estudos que garantam privacidade, proteção de dados e segurança das transações.
O relatório de 73 páginas detalha como foram feitos os testes pelos consórcios e o BC. Eles incluíram simulações de operações sem conexão externa, focando em compreender as tecnologias necessárias para que a plataforma possa operar de forma segura.
Para que os testes fossem realizados, além das instituições autorizadas a participar, foram criados usuários fictícios para realização de transações habituais em saldos (reais) de instituições financeiras.
Os testes contaram ainda com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o que permitiu a emissão de Títulos Públicos Federais (TPF) e a liquidação de transações envolvendo esses títulos com Entrega contra Pagamento (chamada de Delivery versus Payment - DvP), para clientes finais.
- VEJA TAMBÉM: Santander, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, qual a melhor ação de banco para investir após o 4T24?
Real digital: os 3 tipos de tokens testados
Os testes se concentraram em três tipos de tokens. O token é uma palavra em inglês que tem, entre os seus significados, o equivalente a "símbolo" ou "ficha" em português.
Leia Também
No caso aqui, tokens são títulos digitais que representam virtualmente a posse de ativos ou uma fração deles. Isso tudo ocorre dentro da tecnologia blockchain, que permite que os tokens sejam registrados.
Foram definidos três:
- Drex de Atacado: é emitido pelo BC a favor das instituições com acesso direto a contas e passivo digital da autarquia. Entre os tipos de conta estão as Reservas Bancárias (RB), Contas de Liquidação (CL) e Conta Única do Tesouro Nacional. Em síntese, são os bancos fazendo operações entre si;
- Drex de Varejo: são as moedas digitais emitida pelas instituições financeiras ou pelas instituições de pagamento controladas pela plataforma Drex. São como os saldos da conta dos clientes finais;
- Título Público Federal: foram emitidas 25 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN) e seis milhões de Letras Financeiras do Tesouro (LFT) para que as operações pudessem ser testadas.
Segundo o relatório, todos os testes das três modalidades tiveram êxito. No caso de Títulos Públicos Federais Tokenizados, foram realizadas 1.263 operações, sendo a maior parte, 862, operações de compra e venda com clientes.
O Drex de Atacado teve 420 operações.
Já no caso de Drex de Varejo, foram feitas 5.500 operações, sendo 1.900 diversas, 300 transferências intrabancárias (entre clientes da mesma instituição), 1.600 transferências interbancárias (para clientes de outras instituições), e 1.700 queimas, todas com sucesso, segundo o relatório.
No meio das criptomoedas, a queima é o processo de retirar uma determinada quantia de tokens em circulação.
VEJA MAIS: Prazo para declaração do Imposto de Renda 2025 vai começar; saiba como acertar as contas com o Leão
Os desafios do real digital
Apesar dos resultados considerados positivos, o relatório indica que o Drex enfrenta desafios significativos para atender às necessidades do sistema financeiro.
Isso inclui limitações em anonimização (técnica de processamento de dados que remove ou modifica informações que possam identificar uma pessoa), controle de tokens e programabilidade (capacidade de criar e executar regras automáticas e transações em sistemas digitais).
Outros dilemas envolvem como conciliar toda a tecnologia de forma a atender todo o arcabouço legal e regulatório do sistema financeiro, e como garantir a proteção da privacidade dos envolvidos e a segurança das transações.
"Esses desafios destacam a necessidade de um desenvolvimento contínuo e de uma colaboração estreita entre reguladores, desenvolvedores, academia e participantes do mercado para superar as barreiras atuais. Somente através de um esforço conjunto será possível adaptar e evoluir as tecnologias para que possam atender plenamente às exigências de um sistema financeiro moderno e eficiente", diz trecho do relatório.
Para André Carneiro, CEO e diretor executivo da BBChain, empresa que integrou um dos consórcios dos testes do Drex da primeira fase, o relatório demonstra avanços tecnológicos sem precedentes.
"Desconheço um exemplo no mundo que envolveu tantos participantes e tantos casos diferentes. A leitura que faço do relatório é bem positiva", afirma o executivo.
A BBChain, criada em 2020, é hoje uma das principais empresas do mercado brasileiro em soluções de blockchain corporativo e Carneiro tem mais de 20 anos em experiências no setor de tecnologia financeira. Ele relativiza a conclusão de estudo que não apontou uma solução para a arquitetura de privacidade.
Segundo ele, a fase dois do projeto poderá fornecer resoluções para essa questão. "O que vimos na fase um foi um grande esforço do Bacen, com toda ajuda do mercado em realizar os testes e analisar as soluções. Com os novos participantes, o BC amplia o escopo e vai buscar uma solução de privacidade", diz.
- GRATUITO: Leitor do Seu Dinheiro pode acessar análises exclusivas sobre a temporada de balanços em primeira mão; veja como
A segunda fase do Drex vem aí
O BC anunciou o início da segunda fase do Piloto Drex, como é chamado agora o projeto-piloto da plataforma. Cerca da metade das 101 propostas apresentadas foram escolhidas.
Em nota, o BC informa que não decidiu incluir, nesta segunda fase do Piloto Drex, novos casos. Segundo a autoridade monetária, a plataforma apresenta desafios do ponto de vista tecnológico e, na segunda fase, demanda um acompanhamento mais intensivo.
"O BC entendeu ainda que as propostas apresentadas não apresentaram diferenciação suficiente em relação aos casos já em teste que justificasse a alocação de recursos necessária para seu acompanhamento", diz o texto.
- Quer viver de renda? Descubra quanto é preciso investir com calculadora gratuita desenvolvida pelo Seu Dinheiro
O real digital
A intenção de criar o real digital foi anunciada em 2020, quando foi criado o grupo de trabalho para estudar a emissão da moeda digital.
As diretrizes foram definidas em fevereiro de 2023, mas o projeto só saiu do papel de fato a partir do ano passado, quando foi iniciado o projeto-piloto do BC junto a consórcios formados pelas instituições selecionadas.
Os principais bancos do País, como Itaú, Santander, Bradesco, Nubank, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal integram a lista, que conta ainda com gigantes da tecnologia como Microsoft e Google.
Fintechs e empresas especializadas em pagamentos digitais e segurança também fazem parte dos 16 consórcios ou empresas envolvidos no desenvolvimento do real digital. Esses bancos, big techs e outros participantes integraram a primeira fase.
Especialistas indicam que o Drex tem potencial de mudar para melhor as atuais relações de consumo em transações como a compra, venda ou transferência de titularidade de diversos bens, entre eles veículos ou imóveis, além de ajudar na solicitação de crédito, inclusive rural, e ainda colaborar para eliminar parte da burocracia existente atualmente nos cartórios.
Trump Wallet é oficial ou fake? Filhos do presidente negam envolvimento da família, mas mercado ainda desconfia
Oficial ou não, carteira de criptomoedas lançada pelo mesmo time da memecoin $TRUMP abre lista de espera
Bitcoin (BTC) volta aos US$ 106 mil com dados de emprego nos EUA e ‘TACO Trade’, mas saques em ETFs acendem alerta
Criptomoedas sobem com dados positivos do mercado de trabalho dos EUA, mas saques em ETFs revelam fragilidade do rali em meio às tensões comerciais
Na final da Champions League, Paris Sant-Germain (PSG) é o primeiro clube que declarou a ter bitcoin (BTC) na tesouraria
Decisão rompe com o manual da maioria dos clubes esportivos, que se limitaram a experimentos de curto prazo com cripto, como NFTs e fan tokens
Binance e Zhao fora da mira: SEC recua e pede arquivamento definitivo do processo
Virada regulatória nos EUA sob Trump leva à pedido de suspensão definitiva da ação que acusava a Binance de má administração de fundos, engano a investidores e oferta de valores mobiliários não registrados
O ciclo de alta acabou? Bitcoin (BTC) recua para US$ 107 mil, e mercado de criptomoedas entra em modo de correção
Bitcoin recua após alta de quase 50% em menos de dois meses, altcoins desabam e mercado entra em correção — mas analistas ainda veem espaço para valorização
Quando cripto encontra Wall Street: Circle mira valuation de US$ 6,7 bilhões com oferta de ações na NYSE
Emissora da stablecoin USDC, a Circle protocolou seu IPO na Bolsa de Nova York para captar até US$ 624 milhões — movimento que reforça a corrida das stablecoins em meio ao avanço da regulação cripto nos EUA
Mesmo anônimo, Satoshi Nakamoto se torna a 11ª pessoa mais rica do mundo; entenda o mistério do criador do bitcoin (BTC)
Mesmo fora das listas oficiais, o criador anônimo do bitcoin acumula uma fortuna estimada em US$ 121 bilhões; com novas máximas, Satoshi segue trajetória rumo ao topo do ranking
Empresa de mídia de Donald Trump quer levantar US$ 2,5 bilhões para comprar bitcoin (BTC) e desafiar big techs e corporações ‘woke’
Trump Media planeja criar uma tesouraria em bitcoin para proteger a empresa de bancos e big techs e avançar em sua estratégia política e financeira nos EUA
Quanto custa um jantar com o presidente? Trump realiza jantar exclusivo com megainvestidores de sua memecoin (TRUMP) e gera polêmica nos EUA
A lista completa de convidados segue sob sigilo, mas alguns nomes já vieram à tona, revelando um público variado e, em alguns casos, excêntrico
Kraken lança ações tokenizadas de empresas dos EUA para clientes internacionais; Nvidia, Tesla e Apple estão na lista
Corretora anuncia lançamento de mais de 50 ações e ETFs tokenizados; papéis como Apple, Tesla e Nvidia poderão ser negociados como tokens por investidores fora dos EUA
Bitcoin (BTC) continua quebrando recordes e se aproxima dos US$ 112 mil no aniversário de sua 1ª transação
Bitcoin sustenta e renova máximas históricas nesta quinta-feira (22), impulsionado pelo alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, além do avanço regulatório das stablecoins no Senado norte-americano
Nubank e Inter entram na comemoração do Bitcoin Pizza Day e zeram taxa das criptomoedas; confira outras iniciativas previstas para hoje
O dia 22 de maio celebra o dia em que um programador norte-americano utilizou a criptomoeda para pagar duas pizzas
Bitcoin Pizza Day: como tudo começou com duas pizzas e chegou aos trilhões
No dia 22 de maio, o mercado de criptomoedas comemora a transação de 10 mil BTC por duas pizzas, que marcou o início do setor que já supera os US$ 3,5 trilhões
Bitcoin (BTC): após novo recorde, analista do Mercado Bitcoin vê início de novo ciclo de alta
Após máxima histórica de US$ 109,7 mil, bitcoin passa por correções e analista enxerga um rali diferente dos vistos no passado
Bitcoin (BTC) tem dia histórico: criptomoeda quebra novo recorde e ultrapassa US$ 109 mil
Impulsionado por adoção institucional, trégua comercial com a China e ambiente regulatório favorável, bitcoin bate máxima histórica — mas cenário ainda exige cautela dos investidores
Bitcoin (BTC) à beira de novo recorde: criptomoeda flerta com US$ 107 mil em meio à reação ao rebaixamento do rating dos EUA
Semana começa agitada para o mercado de criptomoedas, com alta volatilidade. Mas, por enquanto, o saldo é positivo para o bitcoin, e especialistas já enxergam novas máximas
Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, libera compra de bitcoin para clientes, mas se mantém crítico e compara BTC a cigarro
Com um longo histórico de ceticismo, Jamie Dimon afirmou que o JP Morgan permitirá a compra de bitcoin, mas sem custodiar os ativos: “Vamos apenas colocar nos extratos dos clientes”
Bitcoin (BTC) engata alta, puxa junto outras criptomoedas e se aproxima de máxima histórica neste domingo
O bitcoin encontra-se apenas 3% abaixo de sua máxima histórica de US$ 108.786, preço atingido em 20 de janeiro, logo após a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos
Bitcoin (BTC) chega ao final da semana acima de US$ 103 mil e JP Morgan vê espaço para mais
Otimismo permeia o mercado de ativos digitais, mas nem todas as criptomoedas acompanham o ritmo do bitcoin na semana
FTX vai distribuir mais de US$ 5 bilhões em nova fase de reembolsos; confira quem tem direito
Segunda etapa de reembolsos começa em 30 de maio; valores devem ser creditados nas contas em um prazo de 1 a 3 dias úteis