Contagem final? Como Trump pode consolidar indicação republicana antes do tempo e encarar Biden em novembro
A vitória de Trump na Carolina do Sul escreveria o capítulo final de uma das histórias políticas mais importantes da última década
A disputa entre Donald Trump e Nikki Haley pode entrar em contagem final neste sábado (24), quando os dois pré-candidatos se enfrentam nas primárias da Carolina do Sul — uma votação considerada crucial para a ex-embaixadora dos EUA se manter viva na corrida republicana.
Haley já foi governadora da Carolina do Sul e aposta todas as fichas em uma virada nas primárias de seu estado natal para ser a candidata do Partido Republicano a enfrentar o presidente Joe Biden, que tenta a reeleição, na eleição de 5 de novembro deste ano.
A tarefa, no entanto, não será fácil. Pesquisas recentes mostram que Trump está à frente de Haley por 36 pontos na Carolina do Sul. Uma derrota decisiva colocaria a nomeação republicana ainda mais fora de alcance e constituiria um doloroso desfecho para a carreira política de Haley em seu estado.
Uma vitória de Trump na Carolina do Sul também escreveria o capítulo final de uma das histórias políticas mais importantes da última década: a história de como Trump entrou na política no meio de um movimento popular transformador e depois absorveu esse movimento para si.
- VOCÊ JÁ DOLARIZOU SEU PATRIMÔNIO? A Empiricus Research está liberando uma carteira gratuita com 10 ações americanas pra comprar agora. Clique aqui e acesse.
Antes de Trump, Obama
Nos primeiros anos da presidência de Barack Obama, o movimento Tea Party canalizou a indignação com os resgates bancários e a animosidade da direita contra o novo presidente e as suas políticas, conquistando maiorias republicanas no Congresso e nas câmaras estaduais e cunhando uma nova geração de estrelas políticas, incluindo Haley.
Quatro anos mais tarde, os inicialmente céticos Tea Partyers abraçaram Trump, que, como candidato e presidente, ofereceu uma versão turbinada da antipatia do movimento pelos imigrantes, do medo de um país em mudança e do fervor anti-establishment.
No estado de Haley, onde o movimento Tea Party foi muito influente, Trump obteve uma vitória antecipada na candidatura presidencial de 2016.
Hoje, poucas das organizações originais do Tea Party permanecem. Mas o seu antigo domínio, e depois a dissolução no campo de Trump, contribui em grande parte para explicar como a Carolina do Sul abandonou a filha favorita.
- LEIA MAIS: Investimento em BDRs permite buscar lucros dolarizados com ações gringas, sem sair da bolsa brasileira – veja os 10 melhores papéis para comprar agora
Haley não vai desistir
Apesar dos ventos contrários, Haley diz que não vai desistir. Há alguns dias, ela prometeu que continuará a competir nas primárias, passando pela Carolina do Sul e até a Superterça, em 5 de março.
“É por isso que me recuso a desistir. A Carolina do Sul votará no sábado. Mas no domingo, ainda estarei concorrendo à presidência. Não vou a lugar nenhum”, disse ela.
“Faço campanha todos os dias, até a última pessoa votar, porque acredito em um país melhor e em um futuro melhor para os nossos filhos”, acrescentou.
Um dos argumentos de Haley para defender sua permanência é o fato de que alguns políticos que abraçam Trump publicamente, mas temem o ex-presidente no privado.
“Olha, entendi. Na política, a mentalidade de rebanho é enormemente forte. Muitos políticos republicanos renderam-se a isso… É claro que muitos dos mesmos políticos que agora abraçam publicamente Trump, em particular, temem-no. Eles sabem o desastre que ele foi e continuará sendo para o nosso partido. Eles estão com muito medo de dizer isso em voz alta”, disse Haley.
*Com informações de The New York Times e BBC
O que a queda do lucro da indústria da China pode significar para o mundo neste momento? Exportação de carros elétricos preocupa EUA e Europa
No acumulado do trimestre, o lucro cresceu 4,3%, para US$ 208 bilhões, o que representa uma desaceleração em relação à recuperação após a pior fase da pandemia de covid-19
Desdobramentos da crise dos bancos regionais nos EUA: Fulton Bank assume todos os depósitos e ativos do Republic First Bank
A partir deste sábado (27), as 32 agências do Republic First em Nova Jersey, Pensilvânia e Nova York reabrirão como agências do Fulton Bank
Obrigada, Milei? Carros na Argentina devem ficar mais baratos com nova medida
O governo ainda anunciou que será mantida a isenção de direitos de vendas ao exterior para as exportações incrementais
Os EUA conseguem viver com os juros nas alturas — mas o resto do mundo não. E agora, quem vai ‘pagar o pato’?
Talvez o maior ‘bicho papão’ dos mercados hoje em dia sejam os juros nos EUA. Afinal, o que todo mundo quer saber é: quando a taxa vai finalmente começar a cair por lá? As previsões têm adiado cada vez mais a tesourada inicial do Federal Reserve (Fed, BC dos EUA). Mas a questão é: a […]
É tudo culpa dos juros? PIB dos EUA vem abaixo do esperado, mas outro dado deixa os mercados de cabelo em pé
A economia norte-americana cresceu 1,6% no primeiro trimestre do ano, abaixo das projeções de expansão de 2,5% e menor também que os 3,4% do quarto trimestre de 2023, mas os investidores estão olhando para outro indicador que também saiu nesta quinta-feira (25)
A terapia de choque de Milei deu certo? Argentina registra o primeiro superávit trimestral em 16 anos. Veja como presidente conseguiu
O chefe da Casa Rosada fez um pronunciamento em rede nacional para comemorar o feito — e alfinetar o antecessor
Adeus, dólar: Com sanções de volta, Venezuela planeja usar criptomoedas para negociar petróleo
O país liderado por Nicolás Maduro vem utilizando o Tether (USDT), a terceira maior criptomoeda do mundo, para vender petróleo desde o ano passado
Deputados dos Estados Unidos aprovam novo pacote bilionário de apoio à Ucrânia — e Putin não deve deixar ‘barato’
O novo pacote também prevê ajuda a Israel e Taiwan; Rússia fala em ‘guerra híbrida’ e humilhação dos Estados Unidos em breve
Xô, Estados Unidos! China manda Apple retirar aplicativos de mensagens de circulação no país — mas Biden já tem uma ‘carta na manga’
WhatsApp, Threads, Signal e Telegram não estão mais disponíveis na loja de aplicativos no território chinês; deputados dos EUA aprovam projeto para banir TikTok
Por que a China deve colocar “panos quentes” para impedir que as coisas piorem (ainda mais) no Oriente Médio?
Enquanto as coisas parecem ficar cada vez mais delicadas no Oriente Médio, com os ataques do Irã a Israel no último final de semana, os mercados lá fora não parecem estar muito alarmados com a possibilidade de uma escalada no conflito — o que poderia ser desastroso para a economia global. E uma das explicações […]
Leia Também
-
Tudo indica um cenário favorável para mais bull market nos mercados internacionais
-
Por que os juros nos EUA subiram tanto e levaram a uma reprecificação de ativos? Gestor da Verde explica e conta qual a estratégia da gestora de Stuhlberger neste cenário
-
Bolsa em alta, disparada do bitcoin (BTC) e encontro com o FMI: 5 coisas que aconteceram um dia após Javier Milei vencer as primárias na Argentina
Mais lidas
-
1
Bolsa ou renda fixa? Como ficam os investimentos após Campos Neto embolar as projeções para a Selic
-
2
Preço dos imóveis sobe em São Paulo: confira os bairros mais buscados e valorizados na cidade, segundo o QuintoAndar
-
3
Imposto de 25% para o aço importado: só acreditou quem não leu as letras miúdas