🔴 5 MOEDAS PARA MULTIPLICAR SEU INVESTIMENTO EM ATÉ 400X – VEJA COMO ACESSAR LISTA

Camille Lima
Camille Lima
Repórter no Seu Dinheiro. Estudante de Jornalismo na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.
EXPECTATIVAS FRUSTRADAS

Minerva (BEEF3): Ação cai forte na B3 após rebaixamento por bancão e desvalorização chega a 20% em 2024. É hora de vender os papéis?

Para o BTG Pactual, o rebaixamento da recomendação para “neutro” veio “obviamente atrasado”, já que os riscos do frigorífico aumentaram após o negócio com a Marfrig

Camille Lima
Camille Lima
6 de maio de 2024
15:03 - atualizado às 19:55
Celular com a marca Minerva Foods (BEEF3) na tela e também ao fundo
Celular com a marca Minerva Foods (BEEF3) - Imagem: Shutterstock

A quebra de confiança comumente é metaforizada como um vaso quebrado: uma vez ruído, é praticamente impossível colar todos os pedaços de volta. É possível tentar reconstruí-la, com esforço, desde que quem teve as expectativas frustradas aceite o risco de uma nova tentativa — e é justamente esse o desafio que a Minerva (BEEF3) enfrenta hoje.

O BTG Pactual rebaixou a recomendação das ações BEEF3 de “compra” para “neutro”. Os analistas fixaram um preço-alvo de R$ 8 para os papéis para os próximos 12 meses, implicando em um potencial de valorização de 20% em relação ao último fechamento.

Segundo o banco, o rebaixamento do frigorífico ainda veio “obviamente atrasado”, e é resultado de uma tese frustrada dos investidores em relação ao que a Minerva poderia ser — e do que realmente foi.

As ações da empresa de proteínas rondam as mínimas intradiárias desde a abertura do pregão desta segunda-feira (6). Por volta das 14h05, os papéis BEEF3 caíam 4,17% na bolsa brasileira, a R$ 5,98. No ano, a desvalorização chega a 20%. As ações encerram o dia com queda de 3,85%, a R$ 6,00.

Confira a cobertura de mercados em tempo real do Seu Dinheiro aqui.

Minerva (BEEF3): Tudo para brilhar…

Na avaliação do BTG Pactual, os anos de 2023 e 2024 tinham tudo para ter sido momentos de ouro para a Minerva (BEEF3).

Isso porque a empresa encontrava-se em meio a um ciclo favorável de commodities, com ampla oferta de gado e abertura de novos mercados de exportação para o Brasil, preços da carne bovina apoiados pelo aumento do preço das aves e pela queda na oferta da proteína bovina pelos EUA, o maior produtor mundial.

“Poderia ser a coroação de anos de esforços para racionalizar o balanço e diversificar o fluxo de receitas, para continuar a pagar dividendos e para permitir que a equity story [narrativa de valor, em tradução livre], que durante demasiado tempo funcionou a favor do pagamento dos juros da dívida, brilhasse”, escreveram os analistas, em relatório.

Desilusão com Minerva (BEEF3)?

Mas a história ansiada pelos investidores foi frustrada. Em vez de continuar com o processo até então bem sucedido de desalavancagem, a companhia de proteínas decidiu se endividar ainda mais, com o pagamento de R$ 7,5 bilhões para abocanhar 16 fábricas de carne bovina da rival Marfrig (MRFG3).

“A Minerva passou de uma história clara de desalavancagem para uma história de alavancagem, exatamente quando alguns ventos favoráveis em termos de custos estão prestes a se inverter entre o fim de 2024 e o início de 2025”, avalia o banco.

Para os analistas, o negócio já não parecia uma boa ideia de investimento desde o início, devido ao “alto preço e ao risco de execução não negligenciável”.

Porém, concederia um valor estratégico atraente se a Minerva se tornasse uma verdadeira líder global no comércio de carne bovina.

Entretanto, o adiamento da aprovação do negócio trouxe novos problemas. Além da cifra bilionária anunciada na aquisição, o valor seria ainda maior por conta da incidência de juros a partir de março deste ano. 

“As reações iniciais dos órgãos antitruste do Brasil e do Uruguai sugerem que a aprovação pode vir acompanhada de soluções que poderiam tornar o acordo economicamente menos atraente”, destacou o BTG.

Na visão do BTG Pactual, mesmo que as premissas da Minerva sobre a geração de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e as necessidades de capital de giro estejam corretas, o endividamento da empresa ficará acima do estimado.

Na conta dos analistas, a alavancagem poderá atingir um múltiplo “muito menos confortável” de 3,6 vezes a relação dívida líquida sobre o Ebitda de 2024 após a aquisição dos ativos da Marfrig na América do Sul, bem acima do múltiplo esperado antes do anúncio do negócio, inferior a 2,5 vezes.

Atualmente, o banco prevê que os ativos contribuirão com um Ebitda de R$ 1,1 bilhão. Já a expectativa para o endividamento líquido da Minerva após o acordo é de R$ 15,3 bilhões para o final deste ano. 

Tudo está perdido?

Segundo o BTG Pactual, a Minerva possui um valor de firma (EV) composto por apenas 20% de capital próprio e 80% de dívida.

Por isso, o mercado deve esperar uma volatilidade muito intensa nos preços das ações da Minerva, que deve ser ampliada pela estrutura de capital após a aquisição dos ativos da Marfrig, na visão dos analistas.

“Ousaríamos até dizer que vemos as chances de sucesso da Minerva como maiores do que o contrário. Se for esse o caso, o preço das ações provavelmente disparará”, projetam os analistas.

O banco atualmente vê a Minerva sendo negociada a um múltiplo de 3,7 vezes a relação valor de firma sobre o Ebitda (EV/Ebitda). Já depois da compra das fábricas da Marfrig, o múltiplo sobe para 5 vezes, nas contas do BTG.

Porém, para os analistas, a tese de investimento depende inteiramente da capacidade da Minerva de desalavancagem e de reiniciar o processo de transferência de valor da dívida para o capital.

Para incluir as ações BEEF3 na carteira, o BTG Pactual acredita que a convicção na tese de investimentos precisa ser muito maior, já que os riscos existentes são consideráveis.

“Dados os riscos financeiros e operacionais associados à integração desses ativos, mesmo tendo em conta o bom historial de execução da Minerva, tememos que os investidores não estejam dispostos a pagar muito mais até que haja clareza sobre o rumo que as coisas estão a tomar.”

Compartilhe

UNIÃO DA MODA

Fusão da moda: Arezzo (ARZZ3) e Grupo Soma (SOMA3) acertam termos e condições para incorporação que criará gigante do varejo

19 de maio de 2024 - 9:03

De acordo com as informações mais recentes dos respectivos balanços, as empresas, juntas, faturam algo em torno de R$ 12,765 bilhões

CRISE NA ESTATAL

Justiça nega pedido por assembleia na Petrobras (PETR4) que atrasaria posse de Magda Chambriard

18 de maio de 2024 - 17:02

Em sua reclamação na Justiça, o deputado do Novo alega que, eventualmente reconhecida a queda do CA em efeito dominó após a saída de Prates

QUASE 10 ANOS DEPOIS

Vale (VALE3), BHP e Samarco fazem nova proposta de R$ 127 bilhões para compensar tragédia em Mariana, mas acordo não deve evoluir agora

18 de maio de 2024 - 14:44

Valor de R$ 127 bilhões oferecido na última proposta, do final de abril, foi mantido, mas as empresas retomariam agora obrigações que tinham ficado de fora

SUBIU, DESCEU

Volta da febre das “meme stocks”: GameStop cai quase 20% em um único pregão, mas fecha semana com ganhos de 23%

18 de maio de 2024 - 13:26

Também pressionaram os papéis da mais famosa “ação meme” a divulgação de dados trimestrais preliminares da empresa

Dá o play!

Óleo no chope da bolsa: como ficam seus investimentos após mais uma intervenção na Petrobras (PETR4)

18 de maio de 2024 - 11:00

O podcast Touros e Ursos recebeu Karina Choi, sócia da Cordier Investimentos, para comentar os possíveis impactos da decisão do presidente Lula de demitir Jean Paul Prates da presidência da estatal

DISPUTA JUDICIAL

Justiça de SP suspende embargo das obras do principal projeto da JHSF (JHSF3) após mais de um mês de paralisação

18 de maio de 2024 - 9:12

O relator do documento é Ruy Alberto Leme Cavalheiro, da 1ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente

HORA DE VENDER?

Rumo: por que o Goldman Sachs calcula um potencial de ganho menor para as ações RAIL3

17 de maio de 2024 - 16:19

O banco norte-americano reduziu o preço-alvo dos papéis de R$ 27 para R$ 24,50 — o que representa um potencial de valorização de 16,5% com relação ao último fechamento

CHAMA O VAR

Com mais de R$ 395 milhões em dívidas, Polishop pede recuperação judicial, mas bancões tentam reter valores

17 de maio de 2024 - 15:09

Além da recuperação judicial, a Polishop vem tentando se blindar dos credores financeiros por meio de cautela tutelar

COMPRAR OU VENDER?

A Positivo pode mais? As ações POSI3 já subiram 50% este ano e esse banco gringo conta para você se há espaço para mais

17 de maio de 2024 - 13:46

Os papéis da empresa sobem cerca de 5% nesta sexta-feira (17), embalados pela nova recomendação do UBS BB; confira se chegou o momento de colocar ou tirar esses ativos da carteira

INVESTIMENTOS

Seguro mais seguro: por que o JP Morgan elevou recomendação para IRB Re (IRBR3) mesmo com catástrofe no RS?

17 de maio de 2024 - 11:07

Nas contas do banco norte-americano, o IRB é a companhia de seguros mais exposta ao RS, podendo ter um impacto de 15% a até 30% nos lucros até o fim de 2024

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar