Ações da Embraer (EMBR3) no exterior chegaram a saltar mais de 9% após balanço — então por que os papéis caem mais de 4% na bolsa hoje?
Os números foram bastante positivos, na visão do Citi, que reiterou a recomendação de compra para as ações da Embraer

Os recibos de ações de empresas brasileiras negociadas no exterior (ADRs, em inglês) da Embraer (ADR: ERJ/ Ibov: EMBR3) chegaram a registrar valorização de mais de 9% nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (18).
Os investidores impulsionam os papéis após o balanço do quarto trimestre da empresa brasileira de aviação em 2023, publicado na manhã de hoje.
O lucro líquido ajustado da Embraer cresceu 80% em relação ao mesmo período de 2022, para US$ 77,6 milhões. Em reais, o valor é 55% maior (R$ 350,6 milhões).
Em 2023, as entregas da Embraer aumentaram 13% e a companhia forneceu 181 aeronaves na comparação com os 160 jatos em 2022, apesar da empresa continuar enfrentando atrasos na cadeia de suprimentos que impactaram negativamente as entregas de 2023.
Apesar da alta de mais cedo, os ADRs reduziram a alta para pouco mais de 3%. Já no pregão oficial na B3, os papéis da Embraer passaram a cair mais de 4%, negociados a R$ 27,84 por volta das 11h20. No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,58%, aos 127.429 pontos.
Os números foram bastante positivos, na visão do Citi, que reiterou a recomendação de compra para as ações da Embraer.
Leia Também
Contudo, o CEO Francisco Gomes Neto informou em entrevista ao Brazil Journal que os problemas envolvendo a cadeia de produção podem afetar o fluxo de produção da empresa, o que também foi citado na publicação do balanço de hoje e pressionou os papéis após a abertura.
Destaques do balanço
Olhando mais fundo no balanço da empresa, o backlog (volume de pedidos ou contratos já recebidos por uma empresa, mas ainda não executados ou entregues) da Embraer atingiu US$ 18,7 bilhões ao final de 2023, maior número registrado nos últimos seis anos.
Assim, a cifra cresceu em US$ 1,2 bilhão quando comparada com 2022.
Segundo a companhia, a “Embraer Serviços & Suporte” foi o destaque do balanço. Isso porque a carteira de pedidos ficou US$ 400 milhões maior do que a do ano anterior, atingindo os US$ 3,1 bilhões — o nível mais alto já registrado.
- Quer receber em primeira mão as análises dos balanços do 4T23? Clique aqui para receber relatórios de investimentos gratuitos, feitos pelos profissionais da Empiricus Research.
Entregas da Companhia
Por sua vez, a Aviação Executiva encerrou o ano com um book-to-bill (relação entre novos pedidos e vendas realizadas) superior a 1,3:1 e uma carteira de pedidos de US$ 4,3 bilhões, US$ 400 milhões a mais em relação ao ano anterior.
Em outras palavras, isso significa que a empresa recebeu mais pedidos do que produtos ou serviços que conseguia faturar, o que é um indicador de que as vendas futuras podem aumentar.
No quarto trimestre do ano passado, a Embraer entregou 75 jatos, sendo 49 jatos executivos (30 leves e 19 médios), 25 jatos comerciais e 1 C-390 militar, enviado para a Coreia do Sul.
Projeções da Embraer
O que chamou a atenção dos analistas do Citi foi a perspectiva (guidance, no jargão do mercado) positiva para 2024. Confira:
Aspecto | Estimativa |
Entregas da Aviação Comercial | 72-80 |
Entregas da Aviação Executiva | 125-135 |
Receitas consolidadas (US$ bilhões) | 6,0-6,4 |
Margem EBIT ajustada | 6,5% - 7,5% |
Fluxo de caixa livre (US$ milhões) | 220 ou maior |
As projeções otimistas estão em linha com os recentes eventos relativos à empresa. No começo de março, a Embraer anunciou um acordo bilionário com a American Airlines.
A companhia recebeu uma encomenda de até 133 jatos E175, considerados a “espinha dorsal” da Embraer nos Estados Unidos. No total, são 90 pedidos firmes e direito de compra de outras 43 aeronaves do mesmo modelo.
Se todos os direitos de aquisição forem exercidos, o negócio deve superar o valor de US$ 7 bilhões, considerando o preço de tabela dos jatos.
Os dados da Embraer (4T23)
- Lucro líquido: R$ 350,6 milhões, aumento de 55% em relação ao 4T22;
- Ebitda: 1,377 bilhão, aumento de 28,6% em relação ao 4T22;
- Ebitda ajustado: R$ 1,244 bilhão, aumento de 4% em relação ao 4T22;
- Receita líquida: R$ 9,728 bilhões, redução de 7,5% em relação ao 4T22.
- Ebit ajustado: R$ 889,6 milhões, crescimento de 2% no 4T22;
- Dívida: R$ 2,737 bilhões, queda de 27,3% em relação ao 4T22.
Petrobras (PETR4) opera em queda, mas nem tudo está perdido: chance de dividendo bilionário segue sobre a mesa
A estatal divulgou na noite de terça-feira (29) os dados de produção e vendas do período de janeiro e março, que foram bem avaliados pelos bancos, mas não sobrevive às perdas do petróleo no mercado internacional; saiba o que está por vir com relação ao balanço
Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Como fica a rotina no Dia do Trabalhador? Veja o que abre e fecha nos dias 1º e 2 de maio
Bancos, bolsa, Correios, INSS e transporte público terão funcionamento alterado no feriado, mas muitos não devem emendar; veja o que muda
Santander (SANB11) bate expectativas do mercado e tem lucro de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025
Resultado do Santander Brasil (SANB11) representa um salto de 27,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024; veja os números
CPFL (CPFE3), Taesa (TAEE11), Embraer (EMBR3) e SLC Agrícola (SLCE3) vão distribuir quase R$ 4 bilhões em dividendos
A maior fatia é da CPFL, que pagará R$ 3,2 bilhões em proventos adicionais ainda sem data definida para pingar na conta dos acionistas
Petrobras (PETR4): produção de petróleo fica estável em trimestre marcado pela queda de preços
A produção de petróleo da estatal foi de 2,214 milhões de barris por dia (bpd) entre janeiro e março, 0,1% menor do que no mesmo período do ano anterior, mas 5,5% maior na comparação trimestral
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Santander (SANB11), Weg (WEGE3), Kepler Weber (KEPL3) e mais 6 empresas divulgam resultados do 1T25 nesta semana – veja o que esperar, segundo o BTG Pactual
De olho na temporada de balanços do 1º trimestre, o BTG Pactual preparou um guia com suas expectativas para mais de 125 empresas listadas na bolsa; confira
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Weg (WEGE3), Azul (AZUL4) e Embraer (EMBR3): quem “bombou” e quem “moscou” no primeiro trimestre do ano? BTG responde
Com base em dados das prévias operacionais, analistas indicam o que esperam dos setores de transporte e bens de capital
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
FI-Infras apanham na bolsa, mas ainda podem render acima da Selic e estão baratos agora, segundo especialistas; entenda
A queda no preço dos FI-Infras pode ser uma oportunidade para investidor comprar ativos baratos e, depois, buscar lucros com a valorização; entenda
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3