“Se errarmos o cenário de China, erraremos tudo”; por que o fundador da SPX vê o gigante asiático como o grande risco para o mercado mundial
Entre os principais desafios estão a questão demográfica e a “profunda” crise no setor imobiliário, segundo Rogério Xavier

Rogério Xavier está de viagem marcada para a China: o fundador da SPX Capital embarca em abril para o gigante asiático e não pretende fazer turismo, mas sim conferir de perto o que ele acredita que é o grande risco para a economia mundial no momento.
“A China dá cada vez mais sinais de esgotamento do modelo econômico. É difícil dizer quando teremos um problema mais sério, mas eu sempre uso a analogia que um banco grande não quebra do dia para a noite, vai quebrando ao longo do tempo. Países também são assim”, afirmou o gestor nesta segunda-feira (29).
De acordo com Xavier, que participa hoje do Latin America Investment Conference (LAIC), evento promovido pelo UBS, o país está enfrentando ventos contrários que sopram de todas as direções.
Entre os principais desafios estão a questão demográfica — com a população envelhecendo, encolhendo e diminuindo a força de trabalho — e a “profunda” crise no setor imobiliário.
Vale destacar que, mais cedo, as autoridades chinesas intensificaram os esforços para sustentar as bolsas do país. Parte dos acionistas agora estará proibida de “operar vendida” nos índices locais — ou seja, não poderão alugar ações para apostar na queda de preços.
De acordo com a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC, pela sigla em inglês), a proibição dará aos investidores mais tempo para digerir informações do mercado e irá fomentar uma estrutura de mercado mais justa. O órgão não disse quanto tempo a suspensão durará.
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O gestor da SPX enxerga ainda um potencial problema do outro lado pacífico: a corrida eleitoral norte-americana, que deve contar com um candidato notoriamente contrário à China. “O Trump é um risco adicional na pressão do país. E, se errarmos o cenário de China, erraremos tudo”, afirmou o gestor.
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Paradoxalmente, apesar de enxergar esse grande risco para os mercados, Xavier afirma que está otimista com a economia global. “Se Deus viesse à terra e eu pudesse pedir um cenário, pediria este”, afirmou, citando o crescimento acima do esperado da economia norte-americana e a perspectiva de início de queda de juros nos países desenvolvidos como fatores positivos.
“Por outro lado, teremos que operar esse cenário com um olho na China o tempo inteiro”, alertou.
Para surfar o bom momento econômico e, ao mesmo tempo, blindar-se do risco chinês, o fundador da SPX dá uma dica:
A sua grande proteção é onde você quer estar aplicado. Não digo no Brasil porque eu tenho uma dúvida conceitual a respeito do que será mais importante para o mercado: a desinflação que virá da queda dos preço das commodities ou a desvalorização do câmbio para compensar essa recuo. Então o mercado emergente ligado à China talvez não seja o melhor lugar, mas nos países desenvolvidos — que devem jogar os juros para baixo, até mesmo próximo de zero nesse cenário — a alocação é mais clara
Rogério Xavier, SPX Capital
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