🔴 A TEMPORADA DE BALANÇOS DO 1T25 JÁ COMEÇOU – CONFIRA AS NOTÍCIAS, ANÁLISES E RECOMENDAÇÕES

Maria Eduarda Nogueira

Maria Eduarda Nogueira

Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital na ESPM. Já trabalhou com comunicação institucional e jornalismo de viagens. Atualmente, é repórter de lifestyle do Seu Dinheiro. Está sempre disponível para falar sobre inovação, livros e cultura pop.

podcast touros e ursos

O que falta para o gringo voltar a investir no Brasil? Só a elevação do rating pela Moody’s não é o suficiente, diz chairman da BlackRock no país

À frente da divisão brasileira da maior gestora de investimentos do mundo, Carlos Takahashi falou sobre investimento estrangeiro, diversificação e ETFs no episódio desta semana do podcast Touros e Ursos

Maria Eduarda Nogueira
Maria Eduarda Nogueira
19 de outubro de 2024
8:01 - atualizado às 17:43
touros e ursos podcast blackrock carlos takahashi investidor gringo capital estrangeiro
Imagem: Youtube/Reprodução

A recente elevação do rating do Brasil pela agência de risco Moody’s deu um sopro de vida para o mercado de ações brasileiro. Mas não é este “voto de confiança” no país que será capaz de trazer de volta o investidor estrangeiro para a bolsa. Não sozinho, pelo menos. 

Para Carlos Takahashi, chairman da BlackRock no país e vice-presidente da Anbima (Associação Brasileira Financeira de Mercado de Capitais), existem diversos fatores que influenciam o movimento do capital estrangeiro rumo ao Brasil.

O ambiente macroeconômico global; a inflação; a aversão a riscos e a volta da atratividade da renda fixa nos países desenvolvidos. Juntos, todos esses fatores formam uma equação que, no momento, não resulta na volta do gringo pro Brasil.

“É sempre bom melhorar o rating do país. Mas foi só uma agência que elevou o rating. O que as demais vão fazer?”. Este é o principal questionamento de Takahashi, que avalia a decisão da Moody’s como um “primeiro alento, mas ainda pouco”. 

Na opinião dele, o Brasil precisa chegar ao grau de investimento e também atender outros requisitos para se tornar um país “investível”. Um exemplo citado foram os critérios da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que definem o grau de dificuldade de se fazer negócios em um país. 
No episódio da semana do podcast Touros e Ursos, Takahasi explicou o que está em jogo para que o investimento estrangeiro volte a dar as caras por aqui. Dê o play para assistir ao papo na íntegra:

Reformas intermináveis repelem o gringo 

O primeiro semestre de 2024 marcou a maior saída de capital estrangeiro da bolsa brasileira desde a pandemia, com a cifra atingindo R$ 42 bilhões.

Leia Também

Essa “fuga” tem um contexto por trás, claro. O ambiente macro global passou por profunda transformação após a pandemia. Da mesma forma, a situação geopolítica se agravou, vide conflitos entre Rússia e Ucrânia e a questão do Oriente Médio.

Isso tudo favoreceu o aumento da inflação ao redor de todo o mundo e deixou os investidores mais avessos à bolsa no geral, na visão do chairman da BlackRock.

Consequentemente, para controlar a inflação, as taxas de juros subiram – não só no Brasil, como também nas economias desenvolvidas. “Aí entra a questão do prêmio de risco. É muito melhor eu ficar numa renda fixa nos Estados Unidos e nos países da Europa”, comenta Takahashi. 

O cenário já é desafiador no mundo, mas é ainda mais desfavorável nas economias emergentes. Aqui no Brasil, as “reformas intermináveis”, citadas pelo convidado do Touros e Ursos, repelem os investidores que buscam “prêmios de risco mais adequados”. 

“Claro que o investidor estrangeiro está vendo as reformas, as questões fiscais. Ele está vendo tudo isso”, diz o chairman da BlackRock. 

O diretor foi ainda mais específico ao dizer que o que está afastando os recursos do Brasil é a falta de uma visão de longo prazo.

Bolsa brasileira precisa se reinventar

Além disso, a bolsa brasileira, extremamente concentrada em setores específicos da economia, acaba perdendo o brilho quando comparada a outros mercados mais pujantes. O investidor tem mais oportunidades lá fora, onde a dinâmica de inovação e nascimento de novos setores é mais intensa.

“Quando você compara a prateleira lá fora com a prateleira daqui, o que você quer é, na verdade, investir seu dinheiro lá”, reflete. “A gente precisa ter alguns avanços no nosso mercado de capitais para efetivamente atrair os investidores.”

Como a BlackRock enxerga o Brasil?

Takahashi também deu um panorama geral de como a BlackRock, a maior gestora de ativos financeiros do mundo, enxerga o país. 

“A gente sempre viu o Brasil de forma muito positiva, tanto é que a empresa está há mais de décadas aqui. E os nossos negócios estão sempre crescendo [no país]”, comentou. 

A BlackRock foi pioneira em introduzir importantes ETFs no mercado nacional, como o BOVA11, que replica o Ibovespa e é o maior ETF da bolsa; e o SMAL11, focado em small caps.

Outros temas também fizeram parte do Touros e Ursos nesta semana: a queda das ações da Sequoia Logística, as falhas de administração da Enel, o prêmio Nobel de Economia e o “foguete de ré” da SpaceX.

O Touros e Ursos é um podcast semanal do Seu Dinheiro, apresentado pela nossa equipe de repórteres. Toda semana, convidamos nomes importantes do mercado financeiro e do cenário político para discutir temas relevantes para o investidor pessoa física. 

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FERIADÃO À VISTA

Como fica a rotina no Dia do Trabalhador? Veja o que abre e fecha nos dias 1º e 2 de maio

30 de abril de 2025 - 7:30

Bancos, bolsa, Correios, INSS e transporte público terão funcionamento alterado no feriado, mas muitos não devem emendar; veja o que muda

MERCADO DE METAIS ESSENCIAIS

Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis

29 de abril de 2025 - 9:15

Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA

29 de abril de 2025 - 8:25

Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços

28 de abril de 2025 - 8:06

Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana

AÇÕES EM PETRÓLEO

Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI

26 de abril de 2025 - 16:47

Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.

CONCESSIONÁRIAS

Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1

26 de abril de 2025 - 12:40

Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira

conteúdo EQI

FI-Infras apanham na bolsa, mas ainda podem render acima da Selic e estão baratos agora, segundo especialistas; entenda

26 de abril de 2025 - 12:00

A queda no preço dos FI-Infras pode ser uma oportunidade para investidor comprar ativos baratos e, depois, buscar lucros com a valorização; entenda

BOLSA BRASILEIRA

Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano

26 de abril de 2025 - 11:12

Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.

3 REPETIÇÕES DE SMFT3

Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP

25 de abril de 2025 - 19:15

Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre

QUEDA LIVRE

Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea

25 de abril de 2025 - 18:03

No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira

DEPOIS DO BALANÇO DO 1T25

Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%

25 de abril de 2025 - 13:14

Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale

25 de abril de 2025 - 8:23

Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal

SEXTOU COM O RUY

Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso

25 de abril de 2025 - 6:03

A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.

A TECH É BIG

Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre

24 de abril de 2025 - 17:59

A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)

COMPRAR OU VENDER

Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo

24 de abril de 2025 - 16:06

Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles

FUTURO NEBULOSO

Lucro líquido da Usiminas (USIM5) sobe 9 vezes no 1T25; então por que as ações chegaram a cair 6% hoje?

24 de abril de 2025 - 13:57

Empresa entregou bons resultados, com receita maior, margens melhores e lucro alto, mas a dívida disparou 46% e não agradou investidores que veem juros altos como um detrator para os resultados futuros

FUNDOS DE HEDGE

O que está derrubando Wall Street não é a fuga de investidores estrangeiros — o JP Morgan identifica os responsáveis

24 de abril de 2025 - 12:06

Queda de Wall Street teria sido motivada pela redução da exposição dos fundos de hedge às ações disponíveis no mercado dos EUA

RENOVADA

CCR agora é Motiva (MOTV3): empresa troca de nome e de ticker na bolsa e anuncia pagamento de R$ 320 milhões em dividendos 

24 de abril de 2025 - 11:44

Novo código e nome passam a valer na B3 a partir de 2 de maio

NÚMEROS DECEPCIONANTES

A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca

24 de abril de 2025 - 11:26

Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault

TÁ CHEGANDO

OPA do Carrefour (CRFB3): com saída de Península e GIC do negócio, o que fazer com as ações? 

24 de abril de 2025 - 10:45

Analistas ouvidos pelo Seu Dinheiro indicam qual a melhor estratégia para os pequenos acionistas — e até uma ação alternativa para comprar com os recursos

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar