Após alta de 146% no ano e “Trump Trade”, mercado cripto se prepara para novos recordes do Bitcoin (BTC) em 2025 — mas antes, uma correção é esperada
O fôlego renovado agora em dezembro pode retardar a chamada temporada das alt coins, mas, ainda assim, a história mostra que uma realização do rei dos criptoativos deve ocorrer

Apesar da empolgação com a alta do Bitcoin (BTC), é esperado que haja uma correção nos preços após o salto de 2024. Historicamente, os recordes são seguidos por quedas e estabilização, com a liquidez do mercado migrando para moedas de menor valor.
O fôlego renovado agora em dezembro pode retardar a chamada temporada das alt coins, mas, ainda assim, a história mostra que uma realização do rei dos criptoativos deve ocorrer.
Para Beto Fernandes, analista da Foxbit, o movimento de correção é necessário para o Bitcoin e o mercado cripto. “No estágio em que estamos, praticamente qualquer investidor que entrou em Bitcoin, seja qual foi o momento, está com lucro. É natural desse processo que uma parte queira colocar o dinheiro no bolso”, avalia.
O especialista considera que é importante para a evolução da tecnologia que a escalada dos preços tenham altas e correções, “para criar suportes”.
João Marco Braga da Cunha, líder de gestão de portfólio da gestora de fundos cripto Hashdex, diz que 2025 tem tudo para ser “formidável”.
Ele aponta, porém, que o otimismo é maior para os ativos alternativos. Segundo ele, as moedas menores tendem a se beneficiar da maior liquidez nos ativos de risco que é esperada se o afrouxamento monetário nos Estados Unidos prosseguir.
Leia Também
Ainda assim, ele pondera que há fatores de risco —- eventos adversos nos mercados tradicionais podem ter impacto forte nos criptoativos. Em agosto, por exemplo, o aumento de juros no Japão derrubou as bolsas mundo afora e arrastou junto os criptoativos, aponta Cunha.
O ano do Bitcoin
Após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos no início de novembro, o Bitcoin viveu uma escalada de mais de 50% em um mês.
A empolgação do mercado ocorreu por causa das promessas pró-cripto do republicano, como a criação de uma reserva americana em Bitcoin.
Segundo a Tagus Bites, se a proposta do Bitcoin Act for totalmente implementada, o valor de capitalização de mercado do ativo vai rivalizar com o ouro, em US$ 17,9 trilhões, em cinco anos.
Mas o efeito Trump foi apenas o mais recente dos vários gatilhos para alta do principal criptoativo ao longo do ano. Em todo o ano de 2024, até 16 de dezembro, o Bitcoin acumulou alta de cerca de 146%.
Os primeiros meses foram embalados pela aprovação, ainda no fim de 2023, da criação de fundos de índice (ETFs) de Bitcoin à vista nos EUA.
No lançamento dos produtos, houve até uma certa correção, com dúvidas se os investidores seriam de fato atraídos. Mas foram: atualmente, os fundos listados totalizam mais de US$ 117,8 bilhões em Bitcoin, de acordo com a Coinglass. As gestoras dos ETFs somadas já são as maiores detentoras da moeda digital.
Outro fator determinante para o avanço do ativo foi o corte na oferta chamado halving - que é quando a emissão de Bitcoin é reduzida pela metade. O processo ocorre a cada quatro anos, conforme os algoritmos com os quais a moeda foi criada em 2008.
Este código é imutável, então com as sucessivas reduções na emissão o Bitcoin vai parar de ser 'cunhado' em 2140. É esta finitude que o torna teoricamente deflacionário - ao contrário de divisas fiduciárias, não pode-se decidir pela criação de mais moedas, que é um fator que causa inflação.
Novo recorde à vista
O halving de abril de 2024 foi o quarto da história. Sempre nos meses seguintes à data, o Bitcoin passa por uma escalada nos preços.
Neste mais recente, um fato novo ocorreu: a moeda atingiu sua máxima pouco antes do halving em si - o contexto era o dos recém-lançados ETFs nos EUA.
Apesar da exceção, o histórico mostra que o topo de um novo ciclo ocorre de 371 a 546 dias após o halving, aponta a CCData. Com isso em vista, é de se esperar uma nova máxima histórica em 2025.
O cenário base da casa de análise de dados blockchain é que o pico ocorra no segundo trimestre, apesar da expectativa de uma correção no ano que vem.
Aqui no Seu Dinheiro, também selecionamos as dez criptomoedas que mais subiram em 2024 entre os cem projetos com o maior valor de mercado, de acordo com o Coin Market Cap. Confira nesta matéria.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Maior IPO de 2025 deve vir de fabricante chinesa de baterias para carros elétricos e exclui investidores americanos
Oferta pública de ações da CATL deve arrecadar mais de US$ 4 bilhões; papéis estreiam na bolsa de Hong Kong na terça-feira (20)
O mapa da mina: Ibovespa repercute balanço do Banco do Brasil e fusão entre BRF e Marfrig
Bolsas internacionais amanhecem no azul, mas noticiário local ameaça busca do Ibovespa por novos recordes
Méliuz (CASH3) consegue mudar estatuto e pode adotar bitcoin (BTC) como principal ativo estratégico da tesouraria
Os planos da plataforma para investir em criptomoedas começaram no dia 6 de março, quando anunciou que havia usado 10% de seu caixa para comprar bitcoin
Ibovespa melhor do que o S&P 500? Por que os gestores seguem vendidos em bolsa americana, segundo pesquisa da Empiricus
O levantamento mostrou que, pelo segundo mês consecutivo, a bolsa brasileira superou a bolsa americana em sentimento positivo dos gestores; descubra as razões
Trump dá ‘bronca’ em Tim Cook, CEO da Apple, por produção de iPhone fora da China; entenda essa história
Apple tenta mascarar os efeitos das tarifas enquanto procura alternativas para evitar os danos da guerra comercial entre EUA e China
Bank of America muda o preço-alvo para as ações da JBS (JBSS3) após teleconferência de resultados do 1T25; veja o que fazer com os papéis
A reavaliação acontece sob a luz de novos argumentos relacionados à dupla listagem da JBS na bolsa brasileira e americana
O novo normal durou pouco: Ibovespa se debate com balanços, PIB da zona do euro e dados dos EUA
Investidores também monitoram a primeira fala pública do presidente do Fed depois da trégua na guerra comercial de Trump contra a China
Pelo quarto mês consecutivo, EUA tem queda de movimento na fronteira… do Canadá
Número de turistas regressando dos EUA para o Canadá em abril foi até 35% menor do que o mesmo período em 2024; de acordo com pesquisa, política externa de Trump seria motivo para queda
Após receber jatinho de presente, Trump fecha acordo de US$ 1,2 trilhão com o Catar; Boeing sai ganhando com venda de 210 aeronaves, estimadas em US$ 96 bilhões
Estados Unidos fecham nova série de acordos no Oriente Médio, mas parceria trilionária ganha contornos controversos após presidente receber jatinho de luxo como presente
Regulação das stablecoins trava no Senado dos EUA e Federal Reserve emite novo alerta sobre riscos
Projeto batizado de GENIUS Act travou no Senado em meio a embate entre democratas e republicanos após controvérsias envolvendo Donald Trump, sua família e o mercado cripto
Show de talentos na bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca
Ibovespa acaba de renovar sua máxima histórica em termos nominais e hoje depende do noticiário corporativo para continuar subindo
Trump e o Boeing: por dentro da controvérsia (e da possível aeronave) que família real do Catar ofereceu aos EUA
Segurança, legalidade e carpetes felpudos: o que está por trás da luxuosa e polêmica aeronave que a família real do Catar ofereceu a Donald Trump
Ibovespa dispara quase 3 mil pontos com duplo recorde; dólar cai mais de 1% e fecha no menor patamar em sete meses, a R$ 5,60
A moeda norte-americana recuou 1,32% e terminou a terça-feira (13) cotada a R$ 5,6087, enquanto o Ibovespa subiu 1,74% e encerrou o dia aos 138.963 pontos; minério de ferro avançou na China e CPI dos EUA veio em linha com projetado
Unidos contra Trump? Lula e Xi aproveitam encontro na China para mandar mensagem aos EUA
Sem mencionar o nome do republicano, o presidente chinês, Xi Jinping, também comentou sobre a política tarifária dos EUA
Renda fixa do Brasil com ações dos EUA: Itaú Asset lança primeiro ETF híbrido com ‘o melhor dos dois mundos’
O GOAT11, novo fundo de índice da Itaú Asset, oferece estratégia para uma carteira com posição em Tesouro IPCA+ e S&P 500 dolarizado
Um acordo para buscar um acordo: Ibovespa repercute balanço da Petrobras, ata do Copom e inflação nos EUA
Ibovespa não aproveitou ontem a euforia com a trégua na guerra comercial e andou de lado pelo segundo pregão seguido
Depois do incêndio, EUA e China aparecem com baldes d’água: o que está em jogo no cessar-fogo da guerra comercial
A reação brasileira ao armistício tarifário tem sido, no mínimo, peculiar. Se por um lado a trégua parcial afasta o fantasma da recessão global e reacende o apetite por commodities, por outro, uma série de forças contrárias começa a moldar o desempenho do mercado local
Felipe Miranda: O elogio do vira-lata (ou sobre small caps brasileiras)
Hoje, anestesiados por um longo ciclo ruim dos mercados brasileiros, cujo início poderia ser marcado em 2010, e por mais uma década perdida, parecemos nos esquecer das virtudes brasileiras
Trégua entre EUA e China evita catástrofe, mas força Brasil a enfrentar os próprios demônios — entenda os impactos do acordo por aqui
De acordo com especialistas ouvidos pelo Seu Dinheiro, o Brasil poderia até sair ganhando com a pausa na guerra tarifária, mas precisaríamos arrumar a casa para a bolsa andar
Apple avalia aumentar preço da nova linha de iPhones enquanto evita apontar o verdadeiro “culpado”
Segundo o jornal The Wall Street Journal, a Apple quer justificar possível alta com novos recursos e mudanças no design dos smartphones a serem lançados no outono dos EUA