UBS rebaixa recomendação para Vale (VALE3) e corta preço-alvo dos ADRs em NY; o que está por trás do pessimismo com a mineradora?
Papéis da mineradora nas bolsas americana e brasileira operam em queda nesta segunda-feira (11), pressionando o Ibovespa

Após uma semana de baixa, o Ibovespa abriu novamente em queda nesta segunda-feira (11). Um dos principais culpados é a Vale (VALE3), cujas ações são pressionadas pela queda no preço do minério de ferro na China.
Por volta das 13h45, os papéis da mineradora caíam 2,38%, a R$ 59,19. Em Nova York, os recibos de ações da Vale na bolsa americana (ADRs) também operavam em queda de 3,12%, a US$ 10,27. No mesmo horário, o Ibovespa recuava 0,09%, aos 127.680,48 pontos.
A relação da Vale com o minério de ferro, inclusive, foi um dos motivos que fizeram o UBS rebaixar a recomendação para os ADRs da mineradora de “compra” para “neutra”.
Em relatório divulgado nesta segunda, o banco também rebaixou o preço-alvo do ADR VALE de US$ 14 para US$ 11,50, um potencial de valorização de apenas 9% ante o fechamento anterior.
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Por que o UBS rebaixou os ADRs da Vale?
No documento assinado por Myles Allsop, Caio Greiner e Daniel Major, o banco explicou que, entre os motivos para o rebaixamento, estão os fundamentos da cotação do minério de ferro no médio prazo no mercado internacional, além do menor retorno aos acionistas.
“Em nossa opinião, as exportações de aço da China são vulneráveis a restrições globais e, provavelmente, não serão totalmente compensadas por estímulos econômicos”, afirma.
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De acordo com o UBS, espera-se que o preço do minério de ferro apresente uma “moderação” nos próximos um a dois anos. A previsão para 2024 é de que o valor da commodity se estabilize em torno de US$ 100 (R$ 578) por tonelada, caindo para aproximadamente US$ 80 a US$ 90 (R$ 520) por tonelada em seguida, em razão de um aumento na oferta.
Com isso, o banco revisou para baixo a projeção do prêmio do minério e das “pelotas” para 2025 e 2026, além de reduzir em cerca de 9% a estimativa de Ebitda da Vale para os próximos dois anos, devido a riscos macroeconômicos associados às eleições nos EUA.
Na visão dos analistas do UBS, no entanto, a Vale ainda deve se beneficiar no médio prazo do aumento de volume, da redução de custos (graças à regulamentação da mineração em cavernas) e de prêmios mais altos à medida que seus principais projetos avancem e a indústria siderúrgica da China comece a descarbonizar.
“Acreditamos que isso compensará o impacto dos preços mais baixos. Além disso, o segmento de Metais Básicos deve se beneficiar de preços mais altos de cobre e níquel no médio prazo, além de medidas internas para redução de custos e melhoria dos preços”.
Equilíbrio entre riscos e recompensas
Apesar das preocupações com o minério de ferro, o banco suíço acredita que a Vale avançou em 2024, melhorando seu desempenho operacional, chegando ao acordo com a Samarco e o governo sobre o desastre em Mariana (MG) e elegendo um novo CEO.
“Acreditamos que, nos próximos seis meses, a empresa poderá fazer mais progressos, como melhorar as relações com o governo para facilitar o novo acordo de concessão ferroviária e modernizar as regulamentações de mineração em cavernas”, diz o UBS.
Por fim, os analistas veem um equilíbrio entre riscos e recompensas: as medidas internas e o dividendo básico (com rendimento de cerca de 7%) ajudam a limitar o lado negativo, enquanto a perspectiva desafiadora para o minério de ferro, o aumento dos riscos macroeconômicos e os altos desembolsos de caixa limitam o potencial de valorização.
O banco espera que a Vale devolva seu dividendo base aos acionistas somente em 2025 ou 2026 e estima o rendimento de dividendos em torno de 7% no próximo ano.
“Estimamos que o preço do minério de ferro precisaria ultrapassar US$ 120 por tonelada em 2025 para que a Vale devolvesse mais de 10% de seu valor de mercado (mais de US$ 4,5 bilhões ou cerca de R$ 26 bilhões, na cotação atual) aos acionistas”, afirma o UBS.
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