Santos Brasil (STBP3) sob ameaça? Por que o novo leilão de terminal no porto de Santos derrubou as ações da empresa na B3
Queda dos papéis da Santos Brasil vem após o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmar que o governo pretende ofertar o STS10 em 2025
O “fantasma do STS10” continua a preocupar os investidores da Santos Brasil (STBP3). Isso porque o projeto para um novo terminal portuário em Santos (SP) representa a “maior ameaça ao equilíbrio de oferta no porto da região”, segundo analistas do BTG Pactual.
Na última quarta-feira (21), o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), afirmou que o governo pretende realizar o leilão do novo terminal em 2025.
Embora a notícia não seja nova — o Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou na semana um relatório dizendo que o governo deveria seguir com o leilão —, a confirmação pelo ministro acendeu o alerta entre os investidores da Santos Brasil.
Com isso, as ações da gigante de logística portuária caíram forte na bolsa brasileira nesta quinta-feira (22). Por volta das 15h30, os papéis STBP3 caíam 6,43%, a R$ 12,96. No mesmo horário, o Ibovespa recuava 1,12%, a 134.931,56 pontos. No fechamento, a ação encerrou com queda de 8%, a R$ 12,76.
- Veja mais: Governo pretende mudar a tributação de heranças. Saiba as regras sobre herança com guia exclusivo do Seu Dinheiro
O projeto STS10 e a nova área para contêineres no porto de Santos
O projeto do STS10 começou em 2019, durante a gestão do então ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, para ser dedicado à contêineres. O objetivo era atender ao aumento na demanda do porto por esse tipo de carga na região portuária.
A licitação estava prevista para 2022, por meio da consolidação de contratos vencidos. Mas no governo Lula, o então ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, suspendeu o fim do contrato do Ecoporto após a desistência do governo de privatizar o porto de Santos.
Leia Também
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Gestora aposta em ações 'esquecidas' do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
O terminal multipropósito Ecoporto, da Ecorodovias, atualmente funciona em parte da área do STS10. O arrendamento com a empresa, entretanto, já venceu em 2023 e foi prorrogado por três vezes pelo governo, com o último prazo para dezembro deste ano.
Com o fim do contrato com a Ecorodovias, o governo pretende realizar o leilão do STS10, e a área deve receber um novo terminal para cruzeiros e contêineres.
A realização do projeto STS10 tem sido alvo de controvérsia entre operadores portuários em Santos. A disputa envolve empresas de navegação clientes de terminais, que defendem a expansão e são favoráveis ao novo terminal.
Por outro lado, as empresas donas de terminais existentes são contrárias à licitação, e acusadas de tentarem barrar o leilão porque se beneficiam das tarifas elevadas, causadas pela falta de capacidade do porto.
- Veja também: 5 ações para buscar dividendos recorrentes na sua conta; baixe o relatório gratuito e entrevista completa sobre o setor
Como o STS10 pode impactar os negócios da Santos Brasil (STBP3)?
A capacidade adicional e se o leilão será realizado ainda são questões incertas, mas, para o mercado, o novo terminal poderia provocar um excesso de capacidade nos terminais existentes, incluindo o da Santos Brasil. Isso poderia impactar o equilíbrio da oferta da empresa de logística e, consequentemente, os resultados financeiros.
“Após a mudança de governo em 2022, o mercado acreditava que as alterações feitas no projeto inicial do STS10 pelo novo governo poderiam atenuar ou até adiar os riscos ao equilíbrio da oferta no porto Santos, beneficiando os terminais portuários já estabelecidos, como BTP e o Santos Brasil”, afirmam os analista do BTG, em relatório divulgado hoje.
“Embora continuemos a acreditar que o mercado reage de forma exagerada a esse tipo de notícia (mesmo que ocorra, um novo terminal representa apenas um acréscimo de capacidade de médio a longo prazo), reconhecemos que o barulho regulatório aumentou”.
Mesmo que a capacidade adicional ao porto de Santos aconteça no médio a longo prazo (ou seja, em cinco anos) e ainda haja pouco detalhe sobre a operação, o banco entende que “os investidores tendem a se tornar mais avessos ao risco quando a questão regulatória aumenta, especialmente em uma ação que teve bom desempenho nos últimos meses.”
Mas com a perspectiva de resultados sólidos no segundo semestre e um dividend yield de 13%, o BTG manteve a recomendação de compra para STBP3, com preço-alvo de R$ 17.
*Com informações da Folha e Valor Econômico
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
