Um sinal verde — é tudo o que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, espera do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para retomar a cobrança dos tributos federais sobre a gasolina e etanol a partir de março.
Lula zerou o PIS/Cofins e a Cide sobre a gasolina foi prorrogada até 28 de fevereiro deste ano em um de seus primeiros atos desde que assumiu. Mas Haddad conta com a autorização da volta da tributação para reforçar a arrecadação e reduzir o rombo das contas públicas em 2023.
Nos bastidores, no entanto, circula a informação de que o fim da desoneração do diesel, gás de cozinha, biodiesel e GLP é mais difícil porque atinge os mais pobres. No caso do diesel também despertaria a insatisfação dos caminhoneiros, grupo que sempre apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro. Lula prorrogou a zeragem desses tributos até 31 de dezembro.
Haddad deve anunciar na quinta ou sexta-feira o primeiro pacote de medidas econômicas do governo Lula. A espinha dorsal desse pacote segue a mesma das simulações que vazaram para imprensa com foco no aumento de receitas.
Este texto faz parte "Diário dos 100 Dias", uma série do Seu Dinheiro sobre as medidas e ações no início do governo Lula. Se você quiser relembrar como foi o começo da gestão de Jair Bolsonaro, baixe o nosso ebook gratuito.