Tudo o que você precisa saber para não errar na sua declaração do IR 2023 ESTÁ AQUI

Cotações por TradingView
2023-01-30T09:40:00-03:00
Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances O Roteirista, Abandonado e Os Jogadores
TAXA SALGADA

O Banco do Brasil aumentou a taxa pela gestão dos fundos do governo. E vai faturar uma bolada com isso

Retorno dos fundos do governo sob gestão do Banco do Brasil não tem sido dos melhores, com uma média equivalente a 85% da Selic em 2022, de acordo com o JP Morgan

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
30 de janeiro de 2023
9:39 - atualizado às 9:40
Fachada do edifício sede do Banco do Brasil em Brasília.
Fachada do edifício sede do Banco do Brasil em Brasília - Imagem: Fernando Bizerra/Agência Senado

O peso de ser controlado pelo governo costuma colocar o Banco do Brasil (BBAS3) em desvantagem na concorrência com os bancos privados. Mas também garante alguns privilégios, como o de ser o responsável pela gestão de fundos de investimento com recursos públicos.

De fato, o governo é um cliente dos sonhos: tem muito dinheiro e está disposto a pagar uma taxa de administração gorda. O Banco do Brasil é responsável pela gestão de um patrimônio da ordem de R$ 200 bilhões em fundos do governo e aproveitou para aumentar a cobrança ao longo do ano passado.

Esse movimento, diga-se de passagem, vai na contramão do resto dos grandes bancos, que vêm reduzindo as taxas dos fundos diante do aumento da competição com as plataformas de investimento.

Nas contas do JP Morgan, a alta nas taxas dos fundos do governo deve render R$ 1 bilhão em receitas adicionais para o Banco do Brasil. “Sim, o Banco do Brasil presta outros serviços a essas entidades, ainda assim essas taxas parecem altas”, escreveram os analistas, em relatório.

Banco do Brasil: até R$ 4 bilhões na gestão de fundos do governo

No total, a gestão dos fundos governamentais deve garantir entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões em receitas anuais ao BB, de acordo com JP Morgan.

O banco cobra entre uma taxa de administração entre 0,5% e 2,5% ao ano do governo pela gestão. O detalhe é que esses fundos de modo geral são de baixo risco.

Então, basicamente o Banco do Brasil cobra do governo para investir em títulos do próprio governo. E o retorno não tem sido dos melhores, com uma média equivalente a 85% da Selic em 2022, ainda de acordo com os analistas.

Com a queda da taxa básica de juros, o BB chegou a reduzir as taxas. Mas no ano passado elevou a cobrança de dois fundos de 1,75% para 2,5% ao ano. Juntos, eles possuem um patrimônio líquido combinado de R$ 110 bilhões — ou seja, mais da metade do total.

Bom para as ações

Essa pode não ser uma boa notícia para os cofres públicos, mas é positiva para quem tem ações do Banco do Brasil (BBAS3).

Sempre existe, é claro, o risco de o governo "se tocar" e cobrar a redução das taxas do banco. Mas os analistas do JP Morgan acreditam que essas receitas não estão em risco.

“Diferentemente dos depósitos judiciais, que tendem a enfrentar concorrência hoje, acreditamos que a gestão desses fundos deve ser principalmente limitada ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal”, escreveram os analistas.

Apesar de não ver risco de perda dessa receita, o JP Morgan possui recomendação neutra para as ações do Banco do Brasil (BBAS3), com preço-alvo de R$ 50,00. No pregão de sexta-feira, os papéis do BB fecharam a R$ 40,18.

Compartilhe

DESABOU GERAL

Mais problemas para Elon Musk: Twitter perde mais da metade do valor de mercado em seis meses

27 de março de 2023 - 11:28

Além da perda de valor, o Twitter ainda deve lidar com partes de seu código-fonte vazadas pela internet, de acordo com processos judiciais

Capital social

Lemann ‘mais dono’ e fim do ‘sonho grande’ do e-commerce: o futuro da Americanas (AMER3) com o plano de recuperação

27 de março de 2023 - 6:52

Capitalização de Lemann e seus sócios na empresa pode levar a uma mudança significativa da estrutura da companhia

POSSÍVEL FOLLOW-ON

Dasa (DASA3) estuda lançar oferta de ações para levantar R$ 1,5 bilhão ainda este mês; saiba mais

24 de março de 2023 - 19:31

A rede privada de hospitais e laboratórios contratou os serviços do Bradesco BBI, BTG Pactual e Itaú BBA para a coordenação do potencial follow-on

Acionistas felizes

Dividendos: Hypera (HYPE3) e Intelbras (INTB3) anunciam pagamento de JCP; veja como receber

24 de março de 2023 - 18:58

Só terão direito aos dividendos os acionistas que estiverem na base das companhias no dia 29 de março

EM LUA DE MEL?

Aliansce Sonae (ALSO3) reverte lucro em prejuízo no primeiro balanço após fusão com brMalls, mas ações sobem forte; veja por quê

24 de março de 2023 - 13:31

Excluindo efeitos pontuais da combinação de negócios, os números do quarto trimestre parecem ter agradado ao mercado

VAI FICAR PARA DEPOIS

Americanas (AMER3) adia divulgação do balanço; por que isso não é uma surpresa

24 de março de 2023 - 10:40

Vale relembrar que a varejista entrou com um pedido de recuperação judicial no dia 19 de janeiro, após a revelação de uma “inconsistência contábil” bilionária

ALERTA DE PROVENTOS

Dividendos e JCP: B3 (B3SA3) pagará R$ 347 milhões aos acionistas; veja como receber

23 de março de 2023 - 20:12

Terá direito ao depósito quem estiver na base acionária da B3 na próxima terça-feira (28)

Balanço

Cogna (COGN3) tem salto de 40% no prejuízo líquido em 2022, mas diretoria vê ‘ponto de inflexão’; entenda

23 de março de 2023 - 19:58

Apesar de queda no lucro contábil, a empresa registrou aumento da receita líquida, que chegou a R$ 5 bilhões no ano passado

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies