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Flavia Alemi
Flavia Alemi
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pela FIA. Trabalhou na Agência Estado/Broadcast e na S&P Global Platts.
Repercussão do resultado

Banco do Brasil acredita em recuperação de ativos da Americanas

Dos grandes bancos brasileiros, o Banco do Brasil é o que tem menor exposição à Americanas e decidiu provisionar apenas metade

Flavia Alemi
Flavia Alemi
14 de fevereiro de 2023
12:28 - atualizado às 20:29
Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil
Imagem: Nilton Fukuda/Perspectiva

Diferentemente de bancos privados, como Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4), o Banco do Brasil (BBAS3) decidiu provisionar apenas metade da sua exposição ao caso Americanas (AMER3). E isto aconteceu porque a instituição acredita que haverá recuperação dos ativos.

“Neste caso específico, avaliou-se que 50% era adequado segundo nossa metodologia e informações que tínhamos. A gente enxerga que vai haver recuperação de ativos porque existem ativos a serem recuperados”, disse o diretor financeiro, Ricardo Forni, durante coletiva com jornalistas.

O evento foi o primeiro para comentar resultados com a presença da nova presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, no comando. Ela assumiu o cargo em meados de janeiro, substituindo Fausto Ribeiro na direção.

Com o caso Americanas sob escrutínio, o BB afirmou que o escândalo foi analisado de maneira personalizada e a decisão de provisionar apenas metade da exposição não foi feita levando em consideração o impacto no desempenho do banco em 2022 ou em 2023.

De qualquer forma, caso o banco tivesse feito um provisionamento total, ainda teria registrado desempenho acima do esperado.

Dos grandes bancos brasileiros, o BB é o que tem menor exposição à varejista — R$ 1,3 bilhão, de acordo com a lista de credores divulgada pela Americanas. Desse montante, a instituição decidiu provisionar R$ 788 milhões.

Os executivos defenderam seus processos de análise de crédito, mas ressaltaram que há componentes de “assimetria de informações que analista algum é capaz de constatar”. E, ao contrário de pares como Itaú, Bradesco e BTG, o BB evitou classificar o caso como fraude.

Leia mais:

Banco do Brasil: resultado impressionante

O BB concluiu o ano passado com lucro líquido ajustado de R$ 31,8 bilhões, uma alta de 51,3% em relação a 2021. No quarto trimestre isolado, o lucro foi de R$ 9,039 bilhões, afetado pelas provisões adicionais com o caso Americanas. Ainda assim, o resultado é 52,4% maior do que no 4T21 e marca um novo recorde na história do banco.

Tanto o resultado do ano quanto do trimestre ficaram acima das expectativas dos analistas ouvidos pela Bloomberg, que projetavam lucro anual de R$ 30,471 bilhões e trimestral de R$ 8,035 bilhões.

O retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL), que mede a rentabilidade do banco, também cresceu e ficou em 21,1% no ano e em 23% no quarto trimestre — patamar acima, inclusive, dos bancos privados.

Desconsiderando as provisões com a Americanas, o lucro teria sido de R$ 9,4 bilhões no trimestre, com RSPL anualizado de 23,4%. No ano, o lucro teria totalizado R$ 32,2 bilhões.

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Analistas estão otimistas, mas com receios

De maneira geral, os analistas consideraram o balanço impressionante e reiteraram recomendações de compra do papel. O BTG Pactual publicou um relatório destacando que, mesmo com os riscos envolvidos numa estatal, a ação do Banco do Brasil (BBAS3) está barata.

“Nós sentimos que os investidores estão sempre procurando por uma razão para não comprar (a nova é que o BB não deveria estar entregando um lucro tão forte no cenário atual)”, disseram os analistas do BTG. Mas, na visão deles, o banco tem “anticorpos” para evitar intervenções governamentais.

Uma das analistas que se mostra receosa com as mudanças a serem implementadas pela nova gestão é a analista da Empiricus Larissa Quaresma.

“É sabido que os executivos nomeados pelo governo, embora com histórico profissional respeitado, implementarão uma agenda mais voltada para o social, o que pode machucar os lucros no médio prazo”, disse a analista.

Banco do Brasil: vem mais por aí

As projeções de crescimento (guidance) do banco em 2023 também deixaram os analistas empolgados com o futuro do BB.

O Safra destacou que o bom momento do banco deve continuar e, se as projeções do banco para o lucro líquido se confirmarem em 2023, o resultado ficará 14% acima das estimativas dos analistas.

“No meio do caminho, a ação do BB seria negociada a 3,3 vezes o índice preço/lucro, o que vemos como um valuation atrativo”, disse o Safra em relatório.

A empolgação maior em relação ao combo resultados fortes e guidance agressivo ficou com o JP Morgan: em relatório, elevou a recomendação para as ações BBAS3, de neutro para compra, destacando ainda que as ações do Banco do Brasil agora são as favoritas no setor — Itaú, Bradesco e Santander Brasil vêm em sequência.

Nesta terça-feira, a ação do BB (BBAS3) reage ao balanço de maneira positiva e lidera os ganhos do Ibovespa, com alta acima de 4% e preço no patamar de R$ 42.

Confira as recomendações para o papel às quais o Seu Dinheiro teve acesso:

InstituiçãoRecomendaçãoPreço-alvo
Itaú BBACompraR$ 48
JP MorganCompra (elevado de neutro)R$ 56
SafraCompraR$ 61
BTG PactualCompraR$ 57
Bradesco BBICompraR$ 57
Goldman SachsCompraR$ 52*
XPCompraR$ 61
GENIALCompraR$ 52,60
EMPIRICUSCompra-
*Revisado de R$ 48 no dia 15/02/2023

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