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Flavia Alemi

Flavia Alemi

Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pela FIA. Trabalhou na Agência Estado/Broadcast e na S&P Global Platts.

Puxão de orelha

Verde vê sinais de crise de crédito no Brasil e cobra políticas públicas para enfrentá-la

Gestora de Luis Stuhlberger, a Verde alfinetou o governo Lula, que, na sua visão, tem gerado barulho

Flavia Alemi
Flavia Alemi
8 de março de 2023
12:07
Luis Stuhlberger, gestor do fundo Verde
Luis Stuhlberger, gestor do fundo Verde. - Imagem: Leo Martins

O Brasil vive sinais de um "incipiente credit crunch", nas palavras da Verde Asset, gestora do megainvestidor Luis Stuhlberger. Na carta mais recente do estrelado fundo Verde, que acumula retorno de 21.932,81% desde a sua criação, a casa diz que o enfrentamento dessa crise requer "boas políticas públicas e não bravatas".

"Não por acaso, os prêmios de risco dos ativos brasileiro seguem bastante altos", afirmou a Verde.

A gestora alfinetou o novo governo, que, na sua visão, tem gerado barulho.

"Mesmo medidas corretas da perspectiva fiscal, como a reoneração dos combustíveis, conseguem ser acompanhadas de graus excessivos de ruído desnecessário e contraproducente, neste caso a taxação das exportações de petróleo e os reiterados ataques ao Banco Central", disse a Verde na carta.

Vale lembrar que, no mês passado, Stuhlberger participou de um painel no CEO Conference, evento promovido pelo BTG Pactual, no qual endossou as críticas feitas por Rogério Xavier, da SPX Capital, ao Banco Central e ao novo governo.

Além das críticas ao cenário local em fevereiro, a Verde aproveitou para fazer uma avaliação sobre o comportamento dos ativos estrangeiros no mesmo período. Para a gestora, a economia americana surpreendeu novamente com "sinais de pujança e mais resiliência do que outros países maduros".

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Os dados macroeconômicos levaram a uma mudança de narrativa dos mercados. Antes, o foco na desaceleração, desinflação e mudança do Federal Reserve na direção de cortes de juros levou o dólar para baixo na comparação com outras moedas e elevou os índices de ações.

Porém, ao longo de fevereiro, o mercado teve de se adequar à mudança de narrativa e o dólar se fortaleceu, especialmente contra as moedas dos países mais ricos. Ao mesmo tempo, os juros subiram no mundo desenvolvido e as bolsas devolveram parte dos ganhos.

"Talvez o melhor exemplo desse processo seja a taxa projetada dos Fed Funds no fim de 2024: ela subiu incríveis 89bps ao longo do mês, saindo de 3,12% para 4,01%", afirmou a Verde.

O Verde em fevereiro

No mês passado, o fundo Verde obteve ganho de 0,04%, ante 0,92% do CDI. O destaque positivo ficou com as posições de renda fixa, principalmente a posição comprada em inflação implícita no Brasil. Também houve desempenho positivo nas opções na curva curta americana e uma nova posição comprada em inflação implícita nos EUA. Nas moedas, o fundo teve ganhos marginais na posição vendida em euro.

Do lado negativo, a exposição em ações no Brasil e as posições em commodities - ouro, em particular - devolveram os ganhos de janeiro.

Ao final de fevereiro, o fundo manteve exposição na bolsa brasileira e voltou a implementar proteções (hedges) na bolsa americana. Na renda fixa, o Verde manteve posição comprada em inflação implícita no Brasil e zerou o risco tomado em juros na Europa. Além disso, o fundo iniciou posição tomada em juros e compradas em inflação nos EUA, sinalizando que o Verde aposta em aumento das taxas no país.

O fundo continua comprado em ouro e petróleo e encerrou a posição vendida no Euro contra compra de Real. As posições em crédito high yield global e crédito local foram mantidas.

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