A maldição do varejo: por que as grandes empresas do setor são tão vulneráveis
Estratégia de vendas em parcelas a perder de vista impulsiona geração de caixa durante a maior parte do tempo, mas torna-se deficitária quando a inflação galopa e os juros sobem

Nenhum empreendimento comercial é livre de risco. Na história recente do Brasil, entretanto, chama a atenção o grande número de gigantes do varejo que viraram pó praticamente da noite para o dia.
Mappin, Mesbla, Ultralar, G.Aronson e JumboEletro são apenas algumas das diversas empresas do setor que um dia tiveram lojas espalhadas por quase todo o território nacional — e que hoje são lembradas apenas pelos slogans marcantes de campanhas publicitárias onipresentes em um passado distante.
Na noite de ontem, ao revelar a descoberta de um rombo de R$ 20 bilhões em suas finanças, a Americanas (AMER3) mostrou que nem mesmo o fato de ter como sócios de referência três dos homens mais ricos do Brasil é certeza de invulnerabilidade.
A maldição do varejo
E se os primeiros questionamentos tentam elucidar como ninguém antes havia percebido um buraco multibilionário fora do balanço da Americanas, os temores de que a companhia esteja flertando com a quebra levantam uma outra pergunta: o que torna as grandes varejistas brasileiras tão vulneráveis?
Não há uma resposta pronta, obviamente. Mappin, G.Aronson e Ultralar, por exemplo, quebraram em outro contexto. Não sobreviveram para acompanhar a ascensão do comércio eletrônico no Brasil.
Já Magazine Luiza, Casas Bahia, Lojas Renner e Americanas adaptaram-se — cada uma a seu modo — à revolução digital. E também precisaram lidar com a entrada da concorrência estrangeira, personificada por gigantes como Amazon, MercadoLivre e Shopee.
Leia Também
Capitalização permanente
Existe, entretanto, uma característica desse setor que o torna particularmente vulnerável: a necessidade de capitalização permanente.
A estratégia de vendas em parcelas a perder de vista impulsiona a geração de caixa durante a maior parte do tempo, mas torna-se deficitária quando a inflação galopa e os juros sobem, comprimindo a demanda.
Este é um dos motivos pelos quais, por exemplo, um dos maiores investidores individuais da bolsa brasileira evita ações de varejistas.
Numa entrevista concedida no ano passado a Thiago Nigro, do canal O Primo Rico, Luiz Barsi argumenta que “muitas vezes a inflação é tão violenta que você acaba pagando mais do que recebeu pelo produto que acabou de vender e vai acabar precisando de um novo aporte em algum momento”.
Não à toa, no mesmo fato relevante em que revelou ao mercado a descoberta do rombo, a Americanas informou que seus sócios de referência — Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira — estão comprometidos com a injeção do capital necessário para manter a empresa solvente.
Resta saber se isso será suficiente para recuperar uma credibilidade duramente abalada por uma situação na qual muitas perguntas ainda precisam de resposta.
Bolsa Família hoje: Caixa libera pagamento para NIS final 2; veja detalhes
Beneficiários com NIS final 2 recebem a parcela de agosto nesta terça-feira; valor mínimo é de R$ 600, mas adicionais podem elevar a renda familiar
“O Brasil está desandando, mas a culpa não é só do Lula”. Gestores veem sede de gastos no Congresso e defendem Haddad
Gestores não responsabilizam apenas o governo petista pelo atual nível da pública e pelo cenário fiscal do país — mas querem Lula fora em 2026 mesmo assim
Caixa começa a pagar Bolsa Família de agosto; confira o calendário
Cerca de 19,2 milhões de famílias receberão o benefício em agosto; valor mínimo é de R$ 600, com adicionais que podem elevar a renda mensal
Um colchão mais duro para os bancos e o que esperar para os mercados hoje
No cenário global, investidores aguardam negociações sobre um possível fim da guerra na Ucrânia; no local, Boletim Focus, IGP-10 e IBC-Br
Agenda econômica: reta final da temporada de balanços, Jackson Hole e Fed nos holofotes; confira os principais eventos da semana
XP fecha a temporada de balanços enquanto dados-chave no Brasil, Fed, China e Europa mantém agenda da semana movimentada
Lotofácil 3472 pode pagar quase R$ 2 milhões hoje; Quina, Lotomania e Dupla Sena oferecem prêmios maiores
Lotofácil e Quina têm sorteios diários; Lotomania, Dupla Sena e Super Sete correm às segundas, quartas e sextas-feiras
O colchão da discórdia: por que o CEO do Bradesco (BBDC4) e até a Febraban questionam os planos do Banco Central de mudar o ACCP
Uma mudança na taxa neutra do ACCP exigiria mais capital dos bancos e, por consequência, afetaria a rentabilidade das instituições. Entenda o que está na mesa do BC hoje
Reformas, mudanças estruturais e demográficas podem explicar resiliência do emprego
Mercado de trabalho brasileiro mantém força mesmo com juros altos e impacto de programas sociais, apontam economistas e autoridades
Carteira dos super-ricos, derrocada do Banco do Brasil (BBAS3) e o sonho sem valor dos Jetsons: confira as notícias mais lidas da semana
A nostalgia bombou na última semana, mas o balanço financeiro do Banco do Brasil não passou despercebido
Quanto vale um arranha-céu? Empresas estão de olho em autorizações para prédios mais altos na Faria Lima
Incorporadoras e investidores têm muito apetite pelo aval Cepac, com o intuito de concretizar empreendimentos em terrenos que já foram adquiridos na região
Luan Santana, Ana Castela, Belo e mais: confira o line-up, os horários e tudo o que você precisa saber sobre o Farraial 2025
A 8° edição do Farraial ocorre neste sábado (16) na Arena Anhembi com Luan Santana, Ana Castela, Belo e mais
Brics acelera criação do ‘Pix Global’ e preocupa Trump; entenda o Brics Pay e o impacto no dólar
Sistema de liquidação financeira entre países do bloco não cria moeda única, mas pode reduzir a dependência do dólar — e isso já incomoda os EUA
Mega-Sena 2901 acumula em R$ 55 milhões; Quina 6800 premia bolão; e Lotofácil 3469 faz novo milionário — veja os resultados
Bolão da Quina rende mais de R$ 733 mil para cada participante; Mega-Sena acumula e Lotofácil premia aposta de Curitiba.
Governo busca saída para dar mais flexibilidade ao seguro e crédito à exportação, diz Fazenda
As medidas fazem parte das estratégias para garantir o cumprimento das metas fiscais frente às tarifas de 50% de Donald Trump
“Brasil voa se tiver um juro nominal na casa de 7%”, diz Mansueto Almeida — mas o caminho para chegar lá depende do próximo governo
Inflação em queda, dólar mais fraco e reformas estruturais dão fôlego, mas juros ainda travam o crescimento — e a queda consistente só virá com ajuste fiscal firme
As armas de Lula contra Trump: governo revela os detalhes do plano de contingência para conter o tarifaço
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (13) a medida provisória que institui o chamado Programa Brasil Soberano; a MP precisa passar pela Câmara e pelo Senado
Lotofácil 3467 tem 17 ganhadores, mas só dois ficam milionários; Mega-Sena 2900 acumula
A sorte bateu forte na Lotofácil 3467: três apostas cravaram as 15 dezenas, mas só duas delas darão acesso ao prêmio integral
Plano de contingência está definido: Lula anuncia hoje pacote de R$ 30 bilhões para empresas atingidas pelo tarifaço; confira o que se sabe até agora
De acordo com Lula, o plano de contingência ao tarifaço de Trump dará prioridade às menores companhias e a alimentos perecíveis
Preço do café cai pela primeira vez depois de 18 meses — mas continua nas alturas
Nos 18 meses anteriores, a alta chegou a 99,46%, ou seja, o produto praticamente dobrou de preço
O Ibovespa depois do tarifaço de Trump: a bolsa vai voltar a brilhar?
No podcast desta semana, Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, analisa o cenário da bolsa brasileira e aponta os principais gatilhos que podem levar o Ibovespa a testar novas máximas ainda em 2025