O processo de falência da FTX começou em novembro do ano passado e encontrou várias pedras no caminho. Desde pouca transparência no balanço da corretora de criptomoedas (exchange) até uso indevido dos fundos dos clientes, a recuperação judicial vem sendo liderada por John J. Ray III desde a saída de Sam Bankman-Fried, o SBF.
Mas, pouco a pouco, a empresa foi “ajeitando a casa” e, entre uma almofada e outra, encontrou alguns trocados — em um primeiro momento, cerca de US$ 5 bilhões e, segundo os documentos mais recentes, o montante já soma mais de US$ 7,3 bilhões em ativos resgatados pelos auditores.
O advogado da FTX, Andy Dietderich, disse em uma audiência no tribunal de falências de Delaware que a empresa está começando a pensar em uma volta das operações “após meses de esforços dedicados a coletar recursos e descobrir o que deu errado sob a liderança do indiciado ex-fundador Sam Bankman-Fried”.
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A volta da FTX poderá impactar os negócios?
Na época da falência da exchange, o mercado de criptomoedas como um todo sofreu. A FTX chegou a ser a segunda maior corretora do planeta, competindo com Binance e Coinbase.
Desde então, a legislação em todo planeta usou o “caso FTX” como exemplo para apertar o cerco contra o setor de criptomoedas. Até mesmo o Brasil correu para aprovar a legislação que coloca ordem nesse segmento bilionário.
Termos como custódia regulada, gestão de ativos, segregação patrimonial, entre outros, entraram na pauta dos debates do mercado de criptomoedas.
Má reputação
Além de elementos mais palpáveis, o mercado também é movido pela confiança. Em outras palavras, a volta da FTX — ainda que com outro nome e sob nova direção — ainda seria vista com maus olhos pelos investidores.
Seja como for, a notícia fez o token nativo da corretora disparar hoje. O FTT, criptomoeda da exchange, deu um salto de 108% após o anúncio, passando a valer US$ 2,72.