Um advogado contratado para auxiliar na reestruturação empresarial da FTX acaba de achar uma mina de ouro — ou algo próximo disso. De acordo com matéria da Bloomberg, foram encontrados ativos "passíveis de serem vendidos” no valor de US$ 5 bilhões.
Segundo o advogado da defesa, Andrew G. Dietderich, a companhia pretende levantar até US$ 4,6 bilhões em ativos, enquanto passa um “pente fino” nos negócios da FTX.
Os consultores ainda encontraram um montante não divulgado em criptativos mais líquidos, mais fáceis de serem vendidos, disse.
Os advogados e consultores que manejam a massa falida da empresa encontram dificuldades desde que Sam Bankman-Fried, o SBF, deixou de ser o CEO da FTX. Em seu lugar entrou o advogado responsável por conduzir a reestruturação da empresa e especialista em falências, John J. Ray III.
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FTX é uma bagunça financeira
Não é de hoje que os registros da FTX são bagunçados — essa foi, inclusive, uma das críticas de Ray ao assumir os negócios da empresa.
O balanço, dizem os auditores, não vinha sendo feito da maneira adequada, além de várias transações escusas e mistura de recursos com outras empresas do grupo, como a Alameda Research.
Mesmo assim, já foram identificados mais de 9 milhões de contas de clientes, disse Dietderich.
Mas quem quiser reaver seus fundos, vai ficar na saudade. A empresa ainda não sabe quanto dinheiro os credores receberão de volta ou que porcentagem de suas dívidas serão pagas, disse ele.
Daria para salvar a corretora?
Assim como é difícil fazer o levantamento de ativos, a contabilidade das dívidas também não está clara.
Estima-se que, no começo do processo de falência da FTX, cerca de US$ 9 bilhões seriam necessários para salvar a corretora. Em seguida, descobriu-se que a exchange devia mais de US$ 3 bilhões para os 50 maiores credores.
Ou seja, até o momento, não se sabe ao certo quanto a empresa deve — e quanto seria necessário para fazer as operações voltarem ao normal.