Os fantasmas de 2022 continuam a assombrar o mercado de criptomoedas em 2023. Agora, a Gemini, corretora de criptomoedas (exchange) que vem tendo problemas de liquidez após a quebra do fundo Three Arrows Capital (3AC) e da FTX, encerrou seu Earn Program, que fornecia uma renda passiva aos usuários.
O anúncio foi feito em um e-mail enviado aos clientes. A Gemini encerrou um contrato de empréstimo com a Gênesis, outra exchange focada em investidores institucionais e derivativos em criptomoedas, que auxiliava nessas contas de rendimento.
Ambas companhias estavam na lista de afetados pela quebra da FTX. Além delas, a BlockFi chegou a entrar formalmente com um pedido de reestruturação empresarial, considerado o primeiro passo para uma empresa decretar falência.
Como ficam os investidores da Gemini? E as criptomoedas?
Apesar da baixa liquidez, a Gemini se comprometeu a priorizar a devolução dos fundos dos clientes. No mesmo comunicado aos clientes, a empresa prometeu “operar com máxima urgência”.
“Escrevemos para informar que a Gemini — como agente atuante em seu nome — rescindiu o Contrato de Empréstimo entre você e a Genesis Global Capital (Genesis), com vigência a partir de 8 de janeiro de 2023”, diz a mensagem aos usuários.
Segundo fontes da própria companhia, são mais de 340 mil clientes em contas do gênero.
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Troca de farpas no Twitter
O presidente da Gemini, Cameron Winklevoss, não poupou palavras para atacar a Genesis.
Em uma carta aberta publicada no Twitter, Winklevoss acusou a antiga parceira de enganá-los sobre a situação financeira da empresa. Nas respostas, a Genesis escreveu que “este é outro golpe publicitário desesperado e não construtivo de Cameron”.
Formalmente, ambas as empresas não entraram com pedido de reestruturação empresarial. No entanto, os executivos das duas já informaram que as companhias tinham exposições de investimentos ao 3AC e à FTX, ambas falidas.