A falida e endividada corretora de criptomoedas (exchange) FTX começou a liberar o dinheiro dos usuários a partir de suas divisões internacionais. A bola da vez é o segmento que opera no Japão, de acordo com um post no blog da entidade.
No entanto, as diversas divisões da corretora — incluindo a FTX Europa, FTX.US, entre outras — ainda seguem sem previsão de devolver o dinheiro aos investidores.
Os executivos da FTX Japão afirmam que o sistema pode apresentar instabilidade se o volume de pedidos de saque for maior do que o esperado. De acordo com dados da Bloomberg, a plataforma possuía US$ 94,5 milhões em criptomoedas e outros US$ 46 milhões em moeda corrente.
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Clientes de outras filiais da FTX: sentem e esperem
O grupo global da FTX entrou com pedido de falência em novembro do ano passado. No entanto, algumas divisões locais continuavam solventes — ao mesmo tempo, o conglomerado liderado por Sam Bankman-Fried, o SBF, passava por um escrutínio público.
Até onde se sabe, os clientes das demais unidades da exchange precisarão esperar pela decisão do tribunal de falências de Delaware, onde corre o processo da corretora.
Token de dívida não existe
Rumores do mercado indicavam que a corretora teria emitido tokens (criptomoedas) de sua dívida, algo próximo às debêntures do mercado tradicional, mas no ambiente digital.
A tokenização desse tipo de ativo é comum, em especial no Brasil, que lidera nesse segmento. No entanto, a própria corretora já afirmou que não emite tokens de sua dívida e se trata de esquemas para enganar investidores.
“A FTX lembra as partes interessadas para permanecerem alertas para golpes de entidades que afirmam ser filiadas à FTX. A FTX não emitiu nenhum token de dívida e tais ofertas não são autorizadas. Todos os anúncios ocorrerão por meio desta conta”, lembra o post.