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Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney. Twitter: @Renan_SanSousa
CALOTE EM CRIPTO?

Braiscompany: corretora brasileira é acusada de dar calote em clientes e tenta envolver Binance no processo; exchange nega

A empresa teve um processo arquivado no Ministério Público da Paraíba por acusações de esquema de pirâmide

Renan Sousa
Renan Sousa
18 de janeiro de 2023
16:10 - atualizado às 10:03
Braiscompany entenda o caso da corretora brasileira de criptomoedas que vem gerando problemas para os brasileiros
Imagem: Divulgação

Enquanto os investidores internacionais ainda digerem os problemas da FTX, os brasileiros que tentam investir em criptomoedas precisam desviar de problemas jurídicos envolvendo empresas locais. A bola da vez é uma corretora (exchange) brasileira chamada Braiscompany

Tudo começou há três meses, com o arquivamento de um processo no Ministério Público da Paraíba (MPPB). A investigação buscava entender se a corretora praticava ou não esquemas de pirâmide financeira — o caso chegou até mesmo a ser investigado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 

Meses após o arquivamento do processo, clientes começaram a utilizar o portal do Reclame Aqui para fazer denúncias. Falta de pagamento dos “aluguéis” de criptomoedas são o principal motivo de reclamação — e, de acordo com a empresa, até mesmo a Binance está envolvida. 

VEJA TAMBÉM - Veja quais são as 06 criptomoedas, além de Bitcoin e Ethereum, que podem se dar bem em 2023

Como funciona a Braiscompany

Fundada em 2018 em Campina Grande (PB) por Antonio Neto Ais e Fabricia Ais, a Braiscompany se vende como uma empresa que pretende gerar “lucros através da locação de criptoativos”.

A empresa diz possuir mais de 15 mil clientes — que são sua “família”, nas palavras do próprio CEO da empresa — e registrou uma receita líquida de R$ 113 milhões em 2021, segundo o balanço mais recente.

Esse “empréstimo” em criptomoedas costuma aparecer com o nome de lending e staking no universo dos ativos digitais. É uma das formas de pequenos protocolos acumularem recursos para crescerem e, com isso, fornecerem taxas bastante altas para os investidores — graças ao caráter exponencial das moedas digitais. 

“Relembrando: funciona basicamente como a locação de um imóvel, só que, em vez de alugar uma casa, aluga-se criptoativos. Se você tem um criptoativo e quer ter rentabilidade com ele, a gente administra para você. Mas, se não possui nenhum e deseja comprar, nós te auxiliamos do início ao fim no processo de compra”

diz um texto na página inicial da empresa.

Reclamações dos clientes

As primeiras reclamações contra a Braiscompany datam de 2019, um ano após a fundação da empresa. Os clientes afirmam que a empresa vendeu uma criptomoeda chamada Easticoin a US$ 0,40 “com a promessa de uma hiper valorização”. 

A moeda não se valorizou como esperado: um dos clientes afirma que recebeu a promessa de que a Eastcoin valeria até US$ 5 em 2020 — mas o tal token caiu para US$ 0,01. 

As mais recentes da Braiscompany

Após mais de um ano sem reclamações na plataforma, a empresa voltou a ser citada no Reclame Aqui há cerca de três meses: os relatos falam no não cumprimento do contrato de pagamento de aluguéis em criptomoedas.

Há pelo menos 15 dias os clientes reclamam de atraso nos pagamentos. “No primeiro pagamento atrasaram, e no segundo, já não pagaram mais, falam que vão depositar a quantia em 24h e já fazem 6 dias, que todo dia vão resolver o problema” [sic], escreve um dos usuários no Reclame Aqui. 

O Seu Dinheiro entrou em contato com a Braiscompany para obter um posicionamento da empresa. Até a conclusão desta reportagem, a corretora não se pronunciou. 

“Factoides” e fake news contra a corretora

Em uma live na última sexta-feira (13), o CEO Antonio Neto Ais atacou os veículos de mídia que vêm investigando o caso. “Nós sofremos o maior ataque à nossa imagem em 2020, o que vem fazendo com a gente não é nada”, disse.

Ele ainda falou que “portais insignificantes” atacam a empresa com “factoides” e “fake news”. Veja o vídeo completo no Instagram de Ais aqui

E o que a Binance tem a ver com a Braiscompany?

Nesta quarta-feira (17), o portal Livecoins teve acesso a um documento enviado do próprio fundador da empresa para os clientes mostrando supostas provas de que conversa com a Binance para liberar seus saldos.

Ele alega que a corretora trava seus saques, o que impede que os pagamentos dos clientes sejam concluídos. No entanto, os prints de tela são inconclusivos.

A reportagem procurou a Binance, que se pronunciou por meio de nota enviada à imprensa (você pode ler a nota na íntegra ao final da matéria).

“A Binance reitera que não realiza quaisquer ações em contas que não sejam devidamente embasadas nos termos e condições, contratos e políticas vigentes e aceitos por todos os usuários”, escreve a corretora.

Além disso, a maior exchange do planeta enfatiza que “atua em total colaboração com as autoridades para coibir que pessoas mal intencionadas utilizem a plataforma”.

O que fazer se sou cliente da Braiscompany?

Tanto a CVM quanto os ministérios públicos dos estados em que a Braiscompany atua receberam denúncias sobre o caso. Resta ao investidor aguardar os desdobramentos do caso. 

Tendo em vista que a comissão já emitiu um parecer sobre criptoativos e que o Brasil já tem um marco regulatório sobre criptomoedas, os usuários podem esperar alguma celeridade no processo. O respaldo legal, inclusive, protegeu clientes da FTX.US — divisão estadunidense da falida FTX. 

Há outras maneiras de proteger suas criptomoedas

A crise de confiança nas corretoras não é de hoje. A falência da FTX, de plataformas de lending e staking e outros aplicativos relacionados à criptomoedas abriu um longo debate sobre a custódia de ativos.

A seguir, confira maneiras seguras de armazenar criptomoedas e como evitar o risco de empresas do setor ou ataques hackers:

  • Cold wallets: As carteiras frias, também chamadas de ledger, são o método mais seguro de armazenar suas criptomoedas. Elas se parecem com pen-drives maiores e não possuem conexão com a internet, sendo necessário conectá-las a um dispositivo para comprar ou vender moedas. O usuário precisa ter cuidado para não perder as chaves de segurança e o acesso aos seus tokens, caso opte por uma carteira fria. O problema é que elas costumam ser bem caras. 
  • Hot wallets: As carteiras quentes são interessantes porque permitem que o usuário faça transações a qualquer momento. A conexão com a internet, porém, é um ponto de insegurança e este tipo de carteira está mais suscetível ao ataque do tipo hacker. A autenticação em dois fatores e outros métodos de proteção de dados são indicados para este tipo de armazenamento.
  • Exchanges: Este é o método menos seguro de armazenamento de criptomoedas. Apesar da facilidade para comprar e vender os tokens, as exchanges estão sujeitas aos ataques hackers e ao chamado “risco institucional” — a empresa pode falir ou sofrer sanções governamentais, o que pode colocar em risco as moedas dos usuários.

O posicionamento da Binance sobre o caso
A Binance, maior provedora global de infraestrutura para ecossistema blockchain e maior corretora de criptomoedas do mundo, reforça seu compromisso com a proteção e a segurança dos usuários, que são prioridade para a empresa. Como líder de mercado no Brasil e no mundo, a Binance realiza investimentos constantes em novas ferramentas e processos para continuar contribuindo para o desenvolvimento do setor cripto de forma sustentável e segura, o que inclui o programa de compliance mais robusto do setor de fintech, que incorpora princípios e ferramentas de análise para prevenção a ilícitos financeiros.
A Binance reitera que não realiza quaisquer ações em contas que não sejam devidamente embasadas nos termos e condições, contratos e políticas vigentes e aceitos por todos os usuários.
Além disso, a Binance enfatiza que atua em total colaboração com as autoridades para coibir que pessoas mal intencionadas utilizem a plataforma.
Outros pontos: 
A Binance destaca que atua em total acordo com o cenário regulatório do Brasil, vem dando reiteradas demonstrações de constante evolução nesse sentido, e mantém permanente diálogo com as autoridades para desenvolvimento do setor no Brasil e no mundo. A Binance acredita que a regulação é o único caminho para que a indústria cripto possa se desenvolver e atingir o grande público em benefício da sociedade como um todo, garantindo um ambiente seguro e que incentive a inovação.
A Binance reforça que proteção do usuário e segurança são prioridade e que atua em total colaboração com as autoridades para coibir que pessoas mal intencionadas utilizem a plataforma. A exchange ressalta que tem uma equipe de investigação de renome mundial, com ex-agentes que trabalham em constante coordenação com autoridades locais e internacionais no combate a crimes cibernéticos e financeiros, inclusive no rastreamento preventivo de contas suspeitas e atividades fraudulentas.
A Binance possui o programa de compliance mais robusto do setor de fintech, que incorpora princípios e ferramentas contra lavagem de dinheiro (AML) e sanções globais para detectar e lidar com atividades suspeitas. Essas ferramentas atendem ou superam as ferramentas normalmente usadas por instituições financeiras tradicionais.
A Binance destaca que conta também com parceiros externos como a Chainalysis, empresa de análise de blockchain utilizada pelo FBI e pela IRS (Receita Federal dos EUA). A exchange tem oferecido ainda treinamentos a autoridades de aplicação da lei do mundo para ajudar a difundir conhecimento e fortalecer as ações de prevenção e combate a crimes relacionados a cripto. No Brasil, por exemplo, a Binance realizou recentemente treinamentos para investigadores da Polícia Federal em Brasília e promotores do Ministério Público no Rio, e fez apresentações a promotores de justiça dos grupos especializados do Ministério Público de São Paulo e policiais federais durante o Congresso Internacional de Direitos Humanos, em Maceió.
A Binance ressalta ainda que realiza um trabalho permanente de educação e apoio aos usuários, incluindo melhores práticas de segurança. Embora a exchange conduza um trabalho intenso e contínuo para manter as contas seguras, os usuários têm o poder de aumentar significativamente a segurança de suas contas na Binance, adotando ações simples para conferir maior proteção às suas contas. Segurança é um dos principais tópicos abordados nos artigos que a Binance Academy disponibiliza gratuitamente e em diversos idiomas, incluindo português. Em caso de qualquer dúvida, o usuário deve entrar em contato diretamente com a Central de Suporte nesta página e via chat oficial

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