Dois meses depois de entrar com pedido de recuperação judicial (conhecido como chapter 11), a BlockFi conseguiu a liberação para a venda de parte dos seus ativos. Mesmo assim, será difícil cobrir a dívida na casa de US$ 1 bilhão para seus três maiores credores, segundo fontes da época.
A plataforma de negociação de ativos digitais foi uma das primeiras peças de um efeito dominó no mercado de criptomoedas a entrar com o pedido após a falência da FTX. Os problemas de liquidez pioraram enquanto o setor permaneceu pressionado entre novembro e dezembro.
Com isso, a empresa terá até 20 de fevereiro para mostrar a lista de seus ativos à venda e cobrir as despesas milionárias que ficaram — isso inclui uma linha de crédito de US$ 250 milhões concedida à FTX.
Parem as máquinas! E coloque-as à venda
Se a lista for aceita pelo tribunal de falências de Nova Jersey, será feita uma audiência no dia 28 do mesmo mês com representantes dos credores — que terão até 16 de março para revender os ativos.
A lista de ativos que a empresa tem segue um mistério. O que se especula é que um montante de cerca de 68 mil máquinas de mineração esteja à venda para que a BlockFi consiga um empréstimo de US$ 160 milhões.
BlockFi é mais uma na longa lista de empresas afetadas pela FTX
Segundo um levantamento do The Block Research, mais de uma centena de empresas haviam investido ou tinham alguma posição nos ativos da FTX.
Companhias e protocolos de segmentos promissores do mercado cripto como finanças descentralizadas (DeFi), Web 3.0 e serviços financeiros diversos tiveram seus saques travados — e seus investimentos possivelmente perdidos.
É difícil mensurar o impacto em todas as empresas. Afinal, cada uma delas tinha estratégias, montantes e exposições diferentes na FTX.
O que se sabe é que o setor sofre com a liquidez enxuta desde o fatídico pedido de falência da corretora em 11 de setembro.