Decisão de juros e aumento da dívida nos EUA: o que impede o bitcoin (BTC) de superar os US$ 30 mil — e o que pode fazer ir além esse preço

Os últimos dias deveriam ter sido de mais otimismo para o mercado de criptomoedas. A quebra do First Republic Bank e o agravamento da crise bancária dos Estados Unidos deveriam impulsionar as cotações do bitcoin (BTC). Na teoria. 

Afinal, depois que as cotações foram impulsionadas pelo colapso do Silicon Valley Bank, a segunda pior quebra de um banco americano na história dos EUA deveria ter um efeito gigantesco nas cotações.

Entretanto, economia não são apenas números. Ao mesmo tempo que o First Republic Bank fechava as portas, outro fato despontava durante o feriado.

Acontece que o governo americano enviou uma proposta de aumento do teto da dívida para o Congresso. Janet Yellen, Secretária do Tesouro norte-americano, afirmou que os Estados Unidos podem não honrar as obrigações após revisarem as receitas — e esse cenário pode começar em junho.

E um aumento das despesas e descontrole das contas públicas praticamente obriga o Banco Central — no caso, o Federal Reserve, o BC americano — a elevar os juros. 

As taxas por lá já estão na faixa entre 4,75% e 5,0%, o que é considerado alto para os padrões norte-americanos. E o Fed já não parece disposto a desacelerar o ritmo do aperto tão cedo. 

Confira como andam as dez maiores criptomoedas do mundo hoje:

• Com a crise bancária, o bitcoin voltou a ser apontado por parte dos investidores como reserva de valor, revivendo a “profecia” que o BTC seria uma alternativa para o sistema financeiro. A questão é: você deveria comprar bitcoin para “se proteger” contra o colapso dos bancos? Veja a resposta aqui. 

Bitcoin pressionado pelos juros

Em sua próxima reunião de política monetária, o Fed deve elevar os juros para faixa entre 5,0% e 5,25% ao ano. 

Dado que a dívida norte-americana deve continuar alta, dificilmente o Banco Central permitirá um descontrole das contas públicas.

Porém, vale ponderar que a inflação por lá começa a dar sinais de arrefecimento, enquanto o desemprego nos EUA — outra preocupação do Fed — também dá sinais de queda, ainda que os sinais de que a economia está estrangulada (por causa dos juros) estejam mais evidentes. 

Os sinais são mistos. Sem a clareza dos indicadores, os investidores devem voltar suas atenções para o comunicado do Fed e para a coletiva de imprensa de Jerome Powell, presidente da instituição, após o anúncio dos juros.

Uma boa notícia em meio ao caos

Como foi dito anteriormente, a economia dos Estados Unidos dá sinais de que está perdendo o vapor — e os analistas culpam os juros altos. 

Pensando nisso, um comunicado que permita vislumbres do fim do ciclo de juros altos pode impulsionar o mercado. A barreira psicológica de US$ 30 mil pode ser superada e algumas estimativas dão conta de patamares de preço de até US$ 35 mil.

Contudo, vale lembrar que o mercado é altamente volátil e qualquer movimentação atípica pode frustrar as projeções.

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