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SEC contra Binance nos EUA: pedido de investigação de clientes é negado, mas volume da corretora despenca — e CEO se pronuncia

Binance perde quase 100% do seu investimento em terra (LUNA) e CEO CZ se pronuncia

A cruzada da SEC, órgão equivalente à CVM nos Estados Unidos, contra as empresas do setor de criptomoedas parece ter concentrado esforços na Binance.US — divisão americana da Binance, a maior corretora de cripto (exchange) do planeta. 

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Entretanto, em uma fase recente das investigações, a vitória foi dada à Binance.US — lançada em 2019 com o nome oficial de BAM Trading Services. 

Recapitulando a história, na última segunda-feira (18), a SEC solicitou à justiça norte-americana uma inspeção geral nos documentos de registros da empresa. O objetivo principal era fazer uma devassa no balanço patrimonial na corretora.

Em última instância, o órgão pretendia checar se a exchange não protagonizaria uma nova crise no mercado como foi com a falência da FTX. Também está sendo investigada a possibilidade de a divisão entre a BAM (Binance.US) e a Binance Holdings ser apenas uma fachada — o que vai contra as regras de valores mobiliários nos EUA. 

Vale lembrar que a corretora de Sam Bankman-Fried, então CEO da FTX, caiu em desgraça em poucos dias após a divulgação de que não havia segregação patrimonial entre os ativos da empresa e os fundos dos clientes. 

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Primeiro round: Binance.US saiu vitoriosa

A tentativa de forçar judicialmente a empresa a divulgar as informações sobre clientes e contas não deu certo. Segundo a Bloomberg, o juiz federal Zia Faruqui afirmou “não estar inclinado a permitir essa inspeção no momento”. 

Além disso, o magistrado ainda sugeriu que a SEC procure testemunhas e provas adicionais para embasar um pedido mais específico das suas alegações.

No meio desta disputa, o CEO da Binance, Changpeng Zhao, conhecido como CZ, usou o X, antigo Twitter, para reforçar que “a Binance.US não usa e nunca usou o Ceffu ou o sistema de custódia da Binance”. “Ceffu” é o nome dado à plataforma de custódia da Binance.

Segundo round: um cruzado da SEC na Binance

Ainda as investigações sobre a Binance.US estejam avançando — ou seja, não é possível afirmar que existem problemas na empresa —, os investidores ativaram o modo “aversão ao risco”. E isso se reflete nos negócios. 

Segundo dados recentes da K33 Research, o volume à vista negociado em bitcoin (BTC) semanalmente na Binance caiu 57% desde o começo de setembro. Para efeito de comparação, o mesmo indicador na Coinbase — que também está sendo investigada pela SEC — caiu 9%.

No caso da Binance.US especificamente, a Kaiko identificou uma queda ainda maior: dos quase US$ 5 bilhões, a corretora passou a ter um volume semanal negociado de US$ 40 milhões

Vendo estrelas

Apesar dos problemas entre a SEC e a Binance, quem sofre são as criptomoedas. Isso porque as corretoras são um dos veículos mais importantes para manter liquidez no setor. 

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E a Binance é a maior corretora do planeta em volume negociado diariamente, movimentando cerca de US$ 5 bilhões por dia; sua principal concorrente, a Coinbase, é responsável por movimentar cerca de US$ 1 bilhão no mesmo intervalo de tempo.

Essa baixa volatilidade garantiu dias apáticos aos preços do bitcoin e das demais criptomoedas. Nesta terça-feira (19), porém, o dia segue positivo:

#NamePrice24h %7d %YTD %
1Bitcoin (BTC)US$ 27.191,501,40%4,59%64,56%
2Ethereum (ETH)US$ 1.646,890,37%3,49%37,73%
3Tether USDt (USDT)US$ 1,000,00%0,04%0,05%
4BNB (BNB)US$ 217,070,23%2,73%-10,69%
5XRP (XRP)US$ 0,51352,52%6,76%51,10%
6USD Coin (USDC)US$ 1,000,02%0,02%0,01%
7Cardano (ADA)US$ 0,25571,36%3,40%2,73%
8Dogecoin (DOGE)US$ 0,062771,51%2,52%-10,24%
9Toncoin (TON)US$ 2,555,91%40,61%10,67%
10Solana (SOL)US$ 19,961,27%11,96%101,28%
Fonte: Coin Market Cap
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