JP Morgan cravou: a bolsa brasileira está barata — veja os setores mais atraentes
Cálculos do banco mostram que a bolsa brasileira está sendo negociada a um múltiplo implícito de 7,1 vezes em um horizonte de 12 meses ante a média dos últimos 10 anos de 10,8 vezes
A bolsa brasileira está barata e quem crava isso é o JP Morgan. Telecomunicações, commodities, saúde e consumo discricionário estão entre os setores particularmente mais baratos no universo de cobertura do banco.
Segundo cálculos do JP Morgan, a bolsa brasileira está sendo negociada a um múltiplo implícito de 7,1 vezes em um horizonte de 12 meses, sendo que a média dos últimos 10 anos é de 10,8 vezes — um indicador de que o mercado acionário do país está barato, ao menos em bases históricas.
"É um dos mais baratos entre os emergentes; só Colômbia, Grécia, Egito, Hungria e Turquia têm múltiplos menores", escrevem os analistas, ponderando que, apesar dessas evidências, é comum ouvir que o Brasil não está barato, tanto no lado setorial quanto no de ações em específico — uma postura pessimista que é especialmente compartilhada por investidores locais.
Os setores mais atraentes e os mais estratégicos
De um lado, telecomunicações, commodities, saúde e consumo discricionário são os setores mais baratos da bolsa atualmente. Do outro — embora o JP Morgan reforce que não há um segmento específico que seja realmente caro — tecnologia e industrial estão na ponta contrária.
Do ponto de vista da empresa, o banco lista PRIO (antiga PetroRio) (PRIO3), Braskem (BRKM5) e Assaí (ASAI3) entre as avaliações consideravelmente acima da média.
Do ponto de vista estratégico, os setores que o JP Morgan mais aprecia são financeiro, commodities, consumo discricionário e básico.
- Não perca dinheiro em 2023: o Seu Dinheiro conversou com os principais especialistas do mercado financeiro e reuniu neste material as melhores oportunidades de investimentos em ações, BDRs, fundos imobiliários e muito mais. ACESSE AQUI GRATUITAMENTE
No setor financeiro, a avaliação tem sido atraente, pois os titulares têm negociado na faixa mais baixa dos níveis históricos — e aqui a preferência é pelo Itaú, que está enfrentando o ciclo de qualidade de ativos melhor que os concorrentes, apesar de não ser o mais barato do setor.
No caso das commodities, essa é uma oportunidade para obter exposição à reabertura chinesa. O banco, no entanto, reconhece que os preços do minério de ferro já mudaram bastante desde novembro e vê a Vale (VALE3) e outras empresas do setor como particularmente atraentes do ponto de vista de preço. Além da Vale, o banco também vê Gerdau (GGBR4) com bons olhos.
Dentro dos nomes de consumo, o JP Morgan enxerga potencial de valorização em Ambev (ABEV3), Lojas Renner (LREN3) e Raia Drogasil (RADL3).
Bolsa: os descontos de cada setor
- Consumo Discricionário: desconto médio de 53%. O setor é o mais barato, segundo o JP Morgan, altamente influenciado pelos problemas contábeis de Americanas (AMER3) e também pelo Magazine Luiza. Lojas Renner e Vibra Energia estão entre as mais atraentes.
- Energia: desconto médio de 36%. A Petrobras (PETR4) está a menos da metade de sua avaliação histórica, enquanto a PRIO (PRIO3) é a única empresa negociando acima da média. Olhando para o preço/lucro (P/L), o setor tem negociado com desconto há dois anos.
- Telecomunicações: desconto médio de 26%. O setor está sendo negociado com um prêmio, mas em linha com seus pares globais. A Telefônica (VIVT3) e a Tim (TIMS3) estão com valor da firma (EV/Ebitda) atual abaixo dos níveis médios, em 3,6x versus 4,6x, mas o banco não considera Telefônica barata.
- Financeiro: desconto médio de 22%. O setor está com desconto principalmente devido ao Banco do Brasil (BBAS3), que é uma das ações mais baratas da América Latina — embora todos os outros nomes do setor também estejam sendo negociados com desconto.
- Saúde: desconto médio de 15%. Rede D'Or (RDOR3), Hypera (HYPE3) e Hapvida (HAPV3) não são consideradas ações baratas pelo JP Morgan.
- Produtos básicos: desconto médio de 13%. Segundo o banco, o desconto pode ser explicado pela Ambev (ABEV3) e Raia Drogasil (RADL3), que estão negociando descontadas e são as principais escolhas do JP Morgan.
- Commodities: desconto médio de 7%. Vale (VALE3) está sendo negociada em linha com a média histórica, mas CSN (CSNA3), Klabin (KLBN4), Gerdau (GGBR3) e Suzano (SUBZ3) estão abaixo da média. A ação mais barata do setor é a Gerdau, segundo o banco.
- Tecnologia: desconto médio de 3% em relação à média. O setor é composto apenas por Totvs (TOTS3), e o banco não vê o papel como barato na comparação com os demais.
- Industrial: desconto médio de 1%. A Weg (WEGE3) é a principal razão pela qual o setor está sendo negociado com prêmio. O banco não vê a empresa como cara nem barata, mas considera WEGE3 um nome de alto crescimento e qualidade. Já Rumo (RAIL3) e Localiza (RENT3) estão baratas quando comparadas aos níveis históricos.
- Prestadores de serviço: opera sem desconto, sendo negociando ligeiramente acima da média (10,2x vs. 9,6x). A Eletrobras (ELET3) é uma das principais escolhas do JP Morgan.
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais começam o dia no vermelho após balanços e aguardam PIB dos EUA; Ibovespa acompanha reforma tributária e Petrobras (PETR4) hoje
RESUMO DO DIA: As bolsas internacionais começam o dia pressionadas. Não é a perspectiva de publicação do PIB dos Estados Unidos na manhã de hoje que faz os índices operarem no vermelho. Ao menos, não só isso. Na noite da última quarta-feira, a Meta elevou a projeção de gastos para o fim de 2024 da […]
Magazine Luiza (MGLU3) recebe sinal verde para grupamento de ações e dá prazo para acionistas ajustarem as posições
A operação será feita na proporção de 10:1. Ou seja, grupos de 10 papéis MGLU3 serão unidos para formar uma única nova ação
Bolsa hoje: Ibovespa cai com bancos e NY antes de resultados da Vale (VALE3); dólar sobe a R$ 5,14
RESUMO DO DIA: O Ibovespa está encarando uma montanha-russa nesta semana, com a temporada de balanços corporativos ganhando tração e Brasília voltando a dividir as atenções dos investidores. Depois de começar o dia em alta, o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão com queda de 0,33%, aos 124.740 pontos. Já o dólar recuperou […]
Exame bem feito: Fleury (FLRY3) acerta o diagnóstico com aquisição milionária e ações sobem 4%
A aquisição marca a entrada do Grupo Fleury em Santa Catarina com a estratégia B2C, o modelo de negócio direto ao consumidor
Bolsa hoje: Ibovespa recua com pressão de Vale (VALE3) na véspera do balanço; dólar cai após dados nos EUA
RESUMO DO DIA: O Ibovespa até começou a semana com o pé direito, mas hoje faltou impulso para sustentar a continuidade de ganhos da véspera O Ibovespa fechou com queda de 0,34%, aos 125.148 pontos. O dólar à vista segue enfraquecido e terminou o dia a R$ 5,1304, com baixa de 0,74%. Por aqui, o […]
A bolsa nunca mais vai fechar? O plano da Bolsa de Valores de Nova York para negociar ações 24 horas por dia, sete dias da semana
O tema esquentou nos últimos anos por conta da negociação de criptomoedas e também por concorrentes da Nyse, que tentam registro para funcionar sem intervalo
Gestor do Quasar Agro (QAGR11) acusa Capitânia de “estratégia predatória” em disputa sobre FII com mais de 20 mil cotistas na B3
A Capitânia solicitou no mês passado uma assembleia para discutir uma possível troca na gestão do fundo imobiliário
Bolsa hoje: Com Petrobras (PETR4) e Wall Street, Ibovespa fecha em alta; dólar cai e volta para o nível abaixo de R$ 5,20
RESUMO DO DIA: A Petrobras (PETR4) deu o tom do pregão mais uma vez e impulsionou o principal índice a bolsa brasileira, mas sem desprezar o apoio de Wall Street. O Ibovespa fechou em alta de 0,36%, aos 125.573 pontos. Já o dólar seguiu a trajetória de queda e fechou a R$ 5,1687, com baixa […]
Agenda econômica: Inflação é destaque no Brasil e nos Estados Unidos na mesma semana dos balanços das ‘big techs’
Também nos EUA serão publicados dados do PIB do primeiro trimestre e diversos outros indicadores, como pedidos de bens duráveis e a balança comercial norte-americana
Petz (PETZ3) zera as perdas do ano enquanto CVC (CVCB3) despenca quase 15% — veja o que foi destaque na bolsa na semana
Ibovespa teve uma sequência de seis quedas com a disparada do dólar em meio às incertezas sobre os juros nos EUA
Leia Também
-
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais começam o dia no vermelho após balanços e aguardam PIB dos EUA; Ibovespa acompanha reforma tributária e Petrobras (PETR4) hoje
-
Como a “invasão” dos carros chineses impacta as locadoras como a Localiza (RENT3) e a Movida (MOVI3)
-
O vilão da Vale (VALE3): o que fez o lucro da mineradora cair 9% no primeiro trimestre; provisões bilionárias de 2024 são atualizadas
Mais lidas
-
1
Órfão das LCI e LCA? Banco indica 9 títulos isentos de imposto de renda que rendem mais que o CDI e o Tesouro IPCA+
-
2
Após o halving, um protocolo 'surge' para revolucionar o bitcoin (BTC): entenda o impacto do protocolo Runes
-
3
A verdade dura sobre a Petrobras (PETR4) hoje: por que a ação estaria tão perto de ser “o investimento perfeito”?