Banco rebaixa recomendação de Ultrapar e elege nova favorita do setor; UGPA3 lidera as perdas do Ibovespa hoje
O Goldman Sachs não vê nenhum “catalisador claro” no curto prazo para as margens da companhia; o banco também cortou o preço-alvo
Sem otimismo a longo prazo com a companhia, o Goldman Sachs revisou as expectativas para o setor de distribuição de combustíveis, e a rebaixada da vez é a Ultrapar (UGPA3).
“Não vemos um catalisador claro para a expansão da margem estrutural no futuro previsão”, escrevem os analistas do banco, que apontam isso como um dos motivos para o rebaixamento de recomendação de compra das ações para neutra. O banco também cortou o preço-alvo de R$ 21,40 para R$ 19,40.
Outro motivo para a revisão está no preço dos papéis. Na visão do Goldman Sachs, a valorização da empresa está acima dos seus pares, considerando a média histórica de 5 anos. No Ibovespa, as ações de Ultrapar acumulam ganhos de 50% no ano ante alta de 20% da Vibra (VVBR3).
Além disso, o banco destaca que a companhia concluiu a recuperação (turnaround) iniciada em 2021, conforme anunciado na conferência anual com os investidores (investidor’s day).
Hoje, as ações da companhia lideram a ponta negativa do Ibovespa desde o início do pregão. Hoje, os papéis UGPA3 fecharam em queda de 3,61%, a R$ 18,42. Confira o que movimentou os mercados nesta quarta-feira (13).
No lugar de Ultrapar, o Goldman Sachs revelou a preferência por Vibra (VVBR3).
Ultrapar: pontos positivos e negativos
Mesmo com a ausência de “catalisadores claros”, os analistas do banco esperam uma recuperação cíclica das margens no curto prazo, mais precisamente no terceiro trimestre, por pelo menos três fatores:
- Sazonalidade típica;
- Ganhos de estoque após aumentos nos preços dos combustíveis pela Petrobras (PETR4);
- Melhoria gradual das condições comerciais.
Em contrapartida, o reajuste dos preços dos combustíveis reduziu consideravelmente a diferença em relação aos preços internacionais — o que torna as importações mais atrativas.
Sendo assim, o banco afirma que os aumentos podem “potencialmente levar ao
regresso da deterioração das condições comerciais nos próximos meses, uma vez que as
importações poderão aumentar novamente e o mercado poderá permanecer com excesso de oferta durante mais tempo do que inicialmente previsto”.
Desempenho das subsidiárias
Apesar da revisão negativa para as ações, o relatório também menciona o desempenho das empresas que estão sob o guarda-chuva da Ultrapar: Ultrapaz e Ipiranga.
A primeira, o negócio de distribuição de gás da Ultrapar, manteve a rentabilidade “praticamente estável”, mesmo após a redução significativa dos preços de gás natural.
Na visão do Goldman Sachs, tal movimento pode sugerir que as margens atingiram um pico (plateau) agora, em que não haveria espaço para o crescimento “no mesmo ritmo visto nos últimos 12 meses”.
Já no caso do Ipiranga, o desconto, na comparação com a Vibra, diminuiu de aproximadamente 40% em 2021 para 10% neste ano. E, com a recuperação da rentabilidade da companhia, a tendência é de que essa tendência perca força, segundo o Goldman Sachs.
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Vibra (VVBR3): melhor que Ultrapar
Com os resultados semelhantes aos números do Ipiranga no segundo trimestre, a Vibra conquistou a preferência do Goldman Sachs no setor de distribuição de combustíveis.
“Observamos que a administração da Vibra reconheceu recentemente que agora incluirá o diesel russo como uma opção para o fornecimento daqui para frente, o que poderia potencialmente servir como um vento favorável para as margens.”.
Para o Goldman Sachs, a top pick do setor de combustíveis é Prio (PRIO3).
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