“Você tem sede de quê? Você tem fome de quê?” Assim como na música dos Titãs, a indústria brasileira não quer só comida: o setor quer saída para os principais entraves do país. Por isso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) enviou um documento aos pré-candidatos às eleições de outubro com algumas demandas.
Entre os pontos principais estão uma reforma tributária mais ampla sobre o consumo, a manutenção da regra do teto de gastos e políticas que deem estabilidade macroeconômica para impulsionar o crescimento.
A CNI também não deixou de fora uma proposta aos concorrentes nas eleições presidenciais para ampliar o acesso ao crédito para pequenas empresas e a realização de novos acordos comerciais.
Eleições, desejos, necessidades, vontades
Os pré-candidatos às eleições de outubro receberam detalhes das demandas da indústria brasileira. Abaixo, listamos os principais pontos.
- Reforma tributária
Considerada um passo fundamental para que o Brasil acelere o ritmo de crescimento econômico, o setor pede uma reforma tributária sobre o consumo para acabar com distorções que prejudicam a competividade das empresas brasileiras. Segundo a CNI, a política tributária precisa preservar as condições de equilíbrio e de competição dos mercados.
- Estabilidade macroeconômica
A CNI pediu que a equipe econômica que assumir em janeiro de 2023 persiga o combate à inflação, o equilíbrio fiscal e o câmbio flutuante. A confederação lembrou os pré-candidatos das reformas que foram essenciais para o saneamento das contas públicas e para a eliminação do processo inflacionário que alimentavam a estagflação no Brasil até a década de 1990.
- Acesso ao crédito
A CNI apresentou três pilares ao vencedor das eleições para que as empresas brasileiras, especialmente as pequenas, tenham acesso ao crédito e, consequentemente, ajudem no crescimento econômico: redução do custo do crédito e ampliação do acesso; aprimoramento das políticas de crédito e aprimoramento do crédito não bancário.
A integração internacional não ficou de fora
As indústrias brasileiras também pediram ao vencedor das eleições de outubro que fortaleça as redes de acordo comercial e reduza o custo-Brasil.
Além disso, o setor pediu que o novo governo adote medidas que assegurem o comércio justo e a melhoria da qualidade do investimento direto na produção nacional.