A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou um ato para marcar o apoio público ao petista de oito ex-candidatos a presidente.
A principal novidade foi a aparição de Henrique Meirelles, ministro da Fazenda sob Michel Temer e presidente do Banco Central durante os anos Lula (2003-2010).
Atualmente no União Brasil, Meirelles concorreu à Presidência da República pelo MDB na eleição de 2018.
A presença de Meirelles é também um aceno ao mercado financeiro e ao empresariado, que tem mantido contato com a campanha petista.
No governo Temer, Meirelles foi o pai do teto de gastos, que a campanha de Lula diz que irá revogar.
“Quero me ater a fatos específicos e que mostram a comparação brutal. Quando trabalhamos juntos no governo, trabalhamos oito anos. Nesse período, mais de dez milhões de empregos foram criados, isso é um fato, não é questionável”, disse Meirelles, que seguiu elencando dados sobre crescimento médio do PIB e retirada das pessoas da pobreza.
“Vamos fazer uma comparação. Está havendo uma injeção eleitoreira de dinheiro, que é possível de resolver mas é uma coisa que vai dar trabalho”, afirmou Meirelles.
“Durante aquele período, além de um crescimento forte, inflação na meta”, ressaltou Meirelles, antes de criticar o cenário inflacionário atual que, disse ele, “corrói todo o padrão de vida da população”.
“Isto é, na minha opinião, o que interessa. Eu olho e vejo o resultado do seu governo, isso nos faz estar aqui. Estou aqui com tranquilidade, com confiança, porque eu sei o que funciona e o que pode funcionar no Brasil”, disse Meirelles.
A bancada dos ex-candidatos à Presidência da República foi composta pelo candidato a vice, Geraldo Alckmin (PSB), pelo candidato ao governo do Estado de São Paulo Fernando Haddad (PT) por Marina Silva (Rede), Guilherme Boulos (PSOL), Cristovam Buarque (Cidadania), Luciana Genro (PSOL), João Goulart Filho (PCdoB) e Henrique Meirelles.
Cristovam Buarque qualificou como “tragédia” a eventualidade de segundo turno.
“Estou aqui porque será uma tragédia termos segundo turno. Serão quatro semanas imprevisíveis do ponto de vista de violência na rua, fake news por todos os lados. Estou aqui porque Lula é o melhor”, afirmou.