Guerra da Ucrânia: gasoduto russo que alimenta a Europa parou de vazar; relatório diz que explosivos foram usados para ‘sabotagem’
Os russos acusam a Europa de “sabotar” as tubulações, enquanto o Ocidente afirma que os danos foram feitos de maneira proposital por Moscou
Após quase uma semana vazando, autoridades da Dinamarca afirmaram que o gasoduto Nord Stream 1 foi reparado. A tubulação fornece o gás natural que alimenta a Europa e era motivo de preocupação por parte de autoridades locais.
De acordo com as investigações feitas por autoridades europeias, explosões subaquáticas causaram derramamento do metano pelos gasodutos Nord Stream 1 e 2. Foram utilizados “centenas de quilos de explosivos” para causar o estrago, ainda de acordo com o relatório.
Os russos acusam a Europa de “sabotar” as tubulações, enquanto o Ocidente afirma que os danos foram feitos de maneira proposital por Moscou. A troca de acusações chegou a esquentar o clima da guerra ainda mais e levantou suspeitas de retaliações mais fortes por ambas as partes.
Gazprom corta fornecimento à Itália
Na esteira dos problemas entre a Rússia e os países da Europa Ocidental, a estatal russa Gazprom afirmou que suspendeu a entrega de gás natural neste final de semana após não receber autorização para retomada do fornecimento à Áustria.
A interrupção pegou autoridades de surpresa. Não ficou claro se o problema era burocrático e temporário ou se a Itália agora faz parte da lista russa de países com fornecimento limitado.
Seja como for, o gás da Rússia representa menos de 10% do suprimento italiano. O país passou a comprar e reforçar seus estoques a partir da compra de outras fontes, como Argélia, Noruega, Egito, Qatar e Azerbaijão.
Gasoduto Nord Stream 1 e 2: relembre o caso
O vazamento de gás foi percebido na segunda-feira (26) após a pressão dos gasodutos Nord Stream 1 e 2 cair no Mar Báltico, região próxima à costa da Dinamarca.
Autoridades na Dinamarca e na Suécia registraram fortes explosões nas áreas dos vazamentos de gás, de acordo com informações do Centro Nacional de Sismologia da Suécia da Universidade de Uppsala.
Foram detectadas três fugas de gás nos oleodutos, sendo duas nos tubos do Nord Stream 1, próximo à Suécia, e outro escape no Nord Stream 2, a sudeste da ilha dinamarquesa de Bornholm.
A Nord Stream AG, operadora da rede de dutos, afirmou no dia seguinte que três linhas subaquáticas do sistema de gasodutos Nord Stream sofreram danos "sem precedentes" em um dia.
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