Depois de alegrar os acionistas mais cedo com o anúncio de que distribuirá cerca de R$ 4,8 bilhões em dividendos, a CSN Mineração (CMIN3) voltou a movimentar o noticiário econômico desta quarta-feira (18) ao comunicar a abertura de um novo programa de recompra de até 106 milhões de ações.
E a mineradora não está sozinha: sua controlodora, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3), também recomprará até 58 milhões de seus próprios papéis.
As duas companhias aproveitam o momento descontado na B3 para encerrar os programas atuais e iniciar novas operações com duração de um ano. Vale lembrar que as ações CSNA3 recuam 28% neste ano, enquanto os papéis CMIN3 acumulam um tombo ainda maior, de mais de 42%, desde janeiro.
Por que fazer uma recompra de ações?
Além do "desconto", existem diversos motivos que podem levar empresas como a CSN (CSNA3) e a CSN Mineração (CMIN3) a aprovarem um programa de recompra. Entre eles, estão:
- As empresas acreditam que suas ações estão baratas ou mal avaliadas pelo mercado;
- As companhias precisam distribuir ações aos executivos como bônus e não querem emitir novos papéis;
- Elas querem gerar valor ao acionista que continua em sua base, apesar da instabilidade do mercado.
O que muda para os acionistas de CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3)?
Até que ambas as empresas decidam qual será o destino das ações recompradas, os efeitos para os acionistas ainda são incertos.
Mas há dois cenários mais prováveis. O primeiro prevê que, se os papéis forem cancelados, o acionista termina, proporcionalmente, com uma fatia maior da empresa, o que pode engordar sua contas de dividendos.
Essa foi a opção escolhida por CSN e CSN Mineração no âmbito do último programa. Antes de iniciarem a nova operação, elas cancelaram 61, 4 milhões e 105,9 milhões de ações.
Já se os ativos permanecerem guardados na tesouraria para uma oferta no futuro, o acionista ganhará apenas após sua venda. Nesse caso, o ganho de capital fará parte do lucro das empresas, o que também influencia na distribuição de proventos.