Banco do Brasil, Bradesco, Itaú ou Santander: qual banco é o favorito da XP para 2023?
A corretora atualizou suas projeções e estimativas para as principais instituições financeiras brasileiras e introduziu os preços-alvo para o próximo ano

Com o Réveillon se aproximando a passos largos, a XP decidiu atualizar suas projeções e estimativas para os principais bancos do Brasil e introduzir os preços-alvo para 2023. E, entre Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11), a corretora também já escolheu sua favorita para o próximo ano.
Mas, antes de revelar qual é essa ação, vale destacar que o quadro geral é de provável adiamento do início do ciclo de queda da taxa Selic e “modesto crescimento da atividade econômica”.
Para os analistas, os dois fatores farão uma pressão adicional sobre o comprometimento de renda das pessoas físicas, que já atingiu níveis recordes.
“Por isso, acreditamos que os bancos terão uma postura mais conservadora na concessão de crédito, elevando o nível de exigências e reduzindo seletivamente os limites pré-aprovados”, citam em relatório.
Ainda assim, a XP vê as instituições financeiras com carteiras de crédito mais saudáveis e protegidas que continuarão a superar seus pares no curto prazo.
Itaú é o “bancão” favorito da XP
Traçado o quadro macroeconômico, é hora de revelar o banco favorito da XP para 2023. A corretora escolheu o Itaú (ITUB4), que já foi top pick neste ano, para seguir ocupando a posição.
Leia Também
A tese de investimentos considera que, embora as ações ITUB4 operem com um prêmio na comparação com os pares, elas continuam negociadas com desconto em relação à média histórica.
O preço-alvo definido pelos cálculos da corretora foi de R$ 34 por ação. A cifra implica em um potencial de alta de 39% na comparação com a cotação atual dos papéis.
Por que o Itaú (ITUB4) não sai do primeiro lugar no pódio da XP?
Além do valuation atrativo, os analistas acreditam que a triagem de crédito mais conservadora já iniciada no 2º semestre de 2022 permitirá que o banco mantenha suas taxas de inadimplência sob controle.
A manutenção dos patamares saudáveis dos indicadores deve aliviar a pressão por maiores provisões. A XP também espera que o Itaú mantenha-se na liderança quando o assunto são os retornos sobre patrimônio médio (ROAEs) do setor.
“A combinação da repactuação de empréstimos nos últimos anos, o provisionamento saudável no balanço e a eficiência operacional devem permitir que o banco mantenha o ímpeto e continue registrando sólido crescimento dos lucros no curto prazo.”
Banco do Brasil (BBAS3) bateu na trave
O Itaú quase dividiu a primeira posição no pódio bancário da XP com o Banco do Brasil. A corretora também manteve a recomendação de compra para as ações BBAS3, com preço-alvo de R$ 61 e potencial upside de 77,5%.
A instituição financeira estatal só não é mais bem-avaliada pelos analistas porque os riscos políticos podem trazer volatilidade para os papéis no curto prazo.
“A proposta de flexibilização da lei das estatais e as discussões para o uso de bancos estatais para oferecer crédito mais barato podem continuar trazendo incertezas quanto ao potencial impacto nas finanças do Banco do Brasil daqui para frente”, ressalta a XP.
Ainda assim, a corretora enxerga as operações do banco — que têm a menor taxa de inadimplência entre os incumbentes — bem preparadas para enfrentar o ano desafiador.
Além disso, a perspectiva melhora quando considerado que o BB é líder em crédito ao agronegócio, segmento que cresce acima da média do crédito brasileiro nos últimos tempos.
“Outro ponto forte do é a alta exposição ao crédito consignado, que apresenta menor perfil de risco, pois as parcelas são descontadas automaticamente do contracheque”, acrescentam os analistas.
As perspectivas para Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11)
A XP também atualizou as perspectivas para as ações de dois outros bancos privados. No caso do Bradesco, a recomendação manteve-se neutra. O preço-alvo de R$ 18, com potencial de alta de mais de 22%
A corretora avalia que o aumento da inadimplência e consequente crescimento das provisões para créditos de liquidação duvidosa seguirão pesando no balanço da instituição financeira em 2023.
“Dito isso, acreditamos que a queda recente de suas ações já precificou esses impactos esperados no curto prazo e vemos seu valuation como justo”, justificam os analistas.
Já a recomendação para o Santander (SANB11) foi elevada de venda para neutra e o preço-alvo passou a ser de R$ 34 por ação — upside também é de 22% em relação à cotação atual.
A promoção do banco ocorreu graças à análise técnica: após o desempenho mais fraco em relação aos pares, a XP acredita que a assimetria negativa do valuation anterior foi ajustada e a ação está com um preço justo.
A corretora relembra ainda que o Santander foi o primeiro grande banco a assumir uma abordagem mais conservadora na concessão de crédito no final de 2021. “Esperamos que mantenha essa estratégia em 2023, já que as perspectivas macroeconômicas permanecem desafiadoras no curto prazo.”
Chegada ao alto escalão do Pão de Açúcar (PCAR3): André Coelho Diniz é eleito presidente do conselho
Este último movimento começou a se desenvolver na segunda-feira (6), quando a empresa aprovou a destituição integral de seu conselho e elegeu novos nomes para compor a mesa
Wepink: Empresa de cosméticos de Virginia pode ter que pagar R$ 5 milhões por práticas abusivas; entenda o caso
Ação do Ministério Público de Goiás visa responsabilizar a Wepink, de Virginia, por propaganda enganosa e censura de reclamações nas redes sociais
Santander (SANB11) pagará R$ 1,7 bilhão em juros sobre o capital próprio
Investidores com posição nas ações do banco em 21 de outubro de 2025 terão direito aos proventos
Vitória para Ambipar (AMBP3): Tribunal de Justiça do RJ mantém proteção contra credores e nega pedido de banco para destravar dívidas
Decisão dá mais fôlego para a empresa continuar sua reestruturação e diálogo com credores
Mais um golpe no Banco Master: INSS revoga autorização para consignado após reclamações de aposentados e pensionistas
Além de enfrentar dificuldades para se capitalizar, o banco de Daniel Vorcaro agora perde o credenciamento para operar com aposentados e pensionistas
Raízen (RAIZ4) em uma derrocada sem fim: ações agora valem menos que R$ 0,90. O que pressiona a empresa desta vez?
Embora a queda das ações chame atenção, os papéis RAIZ4 não são os únicos ativos da Raízen que estão sob pressão
Cyrela (CYRE3) e Direcional (DIRR3) entregam boas prévias, mas amargam queda na bolsa; veja a recomendação dos analistas
Empresas avançaram em segmentos de expansão e registraram boas vendas e lançamentos mesmo com juros altos; MCMV dá fôlego no presente e futuro
Venda irregular? Participação do CEO da Ambipar (AMBP3) encolhe com suposta pressão de credores
Tércio Borlenghi Junior informou que a participação no capital social total da companhia caiu de 73,48% para 67,68%
App de delivery chinês Keeta começa a operar neste mês no litoral paulista, com investimento no país previsto em R$ 5,6 bilhões
A marca internacional da Meituan estreia em Santos e São Vicente com mais de 700 restaurantes parceiros antes de expandir entregas pelo Brasil
Aura Minerals (AURA33) brilha com produção recorde na prévia do 3T25 — e o Itaú BBA revela se ainda vale comprar as ações
Segundo o CEO, Rodrigo Barbosa, a mineradora está bem posicionada em relação ao guidance de 2025
Banco Central nega transferência de controle do BlueBank para Maurício Quadrado; banco segue sob guarda-chuva do Master
O mercado já havia começado a especular que a transferência poderia não receber o aval da autoridade monetária
Do vira-lata caramelo a um carro de luxo: amor pelos cães une Netflix, Chevrolet e Rolls-Royce
Um casal americano encomendou um Rolls-Royce em homenagem ao próprio cachorro; no Brasil, a Chevrolet lançou o Tracker Caramelo, em parceria com o filme da Netflix
Na onda da simplificação, Natura (NATU3) anuncia incorporação da Avon Industrial
Segundo fato relevante, o movimento faz parte da estratégia do grupo de simplificação e reorganização de sua estrutura societária e de governança, iniciada em 2022
JHSF (JHSF3) acelera no mercado de luxo com aquisição de empresa administradora de iates e jatos
BYS International opera na gestão de grandes embarcações, um mercado de luxo que deve dobrar até 2034
Cury (CURY3) bate recorde de geração de caixa no 3T25, e quem sai ganhando são os acionistas; saiba o que esperar agora, segundo o vice-presidente
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Leonardo Mesquita comentou sobre os resultados da prévia operacional do terceiro trimestre e indicou o foco da empresa para o fim deste ano
Ações da Tenda (TEND3) caem depois de prévia do operacional ficar abaixo das expectativas; hora de vender?
Valor geral de vendas trimestrais da companhia caiu mais de 20% em comparação ao mesmo período no ano passado
Alta cúpula da Oi (OIBR3) oficialmente sai de cena, mas tele já tem nomes definidos para conduzir a transição
O gestor judicial indicou os nomes que devem compor o novo comitê de transição da Oi; confira quem são os executivos
Oncoclínicas (ONCO3) recebe aval de acionistas para novo aumento de capital bilionário; ações tombam mais de 18%
O aumento de capital irá injetar até R$ 2 bilhões na companhia, pelo preço de R$ 3 por ação. Veja o que esperar da empresa
Combo de streaming do Mercado Livre tem Netflix, Disney+, HBO Max e Apple TV em um só plano
Novo plano do Mercado Livre combina streaming, benefícios financeiros e entrega rápida em um único pacote
Quando o CEO precisa visitar a floresta: o segredo do sucesso, segundo conselheiros do Magalu (MGLU3) e da Suzano (SUZB3)
Do chão da fábrica às salas de conselho, lideranças defendem que ouvir pessoas e praticar governança é o caminho para empresas sustentáveis no futuro