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Jasmine Olga

Jasmine Olga

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

NADA DE POUSO SUAVE

Mercado já vê Selic acima dos 10% até o fim do mandato de Campos Neto no Banco Central, em 2024

Curva de juros já precifica uma manutenção dos juros acima dos dois digítos pelo menos até o início de 2025 — uma herança das políticas fiscais recentes e da inflação global persistente.

Jasmine Olga
Jasmine Olga
15 de julho de 2022
16:34 - atualizado às 16:40
Montagem mostrando o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, escalando uma montanha, sinalizando o ciclo de alta da Selic, a taxa básica de juros do Brasil, promovido pelo Copom
Imagem: Unsplash/Agência Brasil; montagem Andre Morais

Quando a taxa básica de juros chegou à mínima histórica de 2% ao ano, em agosto de 2020,  muitos acreditaram se tratar do início de uma nova fase para a política monetária brasileira, com a Selic em níveis próximos aos praticados no mundo desenvolvido. 

Mas, passados pouco menos de dois anos, essa projeção envelheceu tão bem quanto leite fora da geladeira. 

Em setembro do ano passado, eu e o Vinícius Pinheiro mostramos que o mercado já estava colocando dinheiro na possibilidade de uma taxa de juros acima dos dois dígitos próximo da eleição presidencial, marcada para outubro. 

Mas, de lá para cá, o cenário doméstico e internacional se deteriorou a tal ponto que agora a aposta majoritária é a de que a Selic continue acima dos 10% ao ano pelo menos até o primeiro semestre de 2025. 

Ou seja: a próxima vez que a taxa básica de juros brasileira voltar a ter apenas um dígito, Roberto Campos Neto, atual presidente do BC, já deve ter deixado a chefia da instituição — seu mandato vai até o fim de 2024. 

Isso também significa que o presidente eleito nas eleições de outubro terá de governar com juros nas alturas até metade do período de governo.

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Nas entrelinhas do gráfico

Um ano após o Banco Central brasileiro iniciar o seu aperto monetário, o mercado ainda tem dificuldade para cravar até que ponto a escalada da Selic pode ir. 

Se olharmos para a curva de juros, podemos dizer que o mercado espera ver a Selic — hoje em 13,75% ao ano — ultrapassar a casa dos 14% ainda em 2022 e só voltar à casa dos 9% em algum momento de 2025, em um esforço para que a inflação fique dentro da meta do BC. 

Na prática, isso significa que o acesso a crédito deve se manter mais caro por mais tempo, comprimindo o consumo das famílias e ampliando a atratividade dos ativos de renda fixa.

Mas a chamada “curva de juros futuros” dos contratos de depósitos interfinanceiros (DIs) já opera acima dos 13% nos principais vencimentos, o que comprova que o mercado trabalha hoje com uma Selic bem acima das projeções compiladas pelo BC na pesquisa Focus.

Observar o comportamento dos juros futuros é uma forma interessante de projetar o cenário adiante porque, ao contrário do que acontece com estimativas do Focus, estamos falando de investimentos — e que, naturalmente, envolvem dinheiro.

Os investidores, assim, acabam exigindo uma taxa de retorno maior do que a esperada para acomodar uma eventual piora no cenário.

Onde investir no 2° semestre: A renda fixa é a campeã de rentabilidade do 1º semestre

Uma herança indesejada

Para Rafael Passos, sócio-analista da Ajax Capital, a movimentação recente do governo brasileiro para ampliar o alcance dos benefícios sociais, além das renúncias fiscais feitas para tentar segurar o efeito da inflação, tendem a deixar uma herança indesejada.

Nas últimas semanas, o Congresso, alinhado ao governo federal, autorizou uma série de desonerações e reduções de alíquotas que tendem a impactar o preço de combustíveis e energia elétrica.

Também foi promulgada a ampliação do Auxílio Brasil e a criação de uma ajuda de custo para caminhoneiros e taxistas. 

A justificativa do governo para o aumento dos gastos públicos às vésperas da eleição foi a surpresa positiva com o superávit primário e o aumento da arrecadação federal — mas os fatores que permitiram essa façanha podem não estar disponíveis nos próximos anos. 

Isso porque a manutenção dos preços das commodities em níveis altos — fator que favoreceu a balança comercial até aqui — é incerta. A continuidade da guerra na Ucrânia e a dificuldade de contenção do coronavírus na China tiram a visibilidade dos analistas no curto prazo.

Ou seja: o ideal para evitar problemas futuros seria ter aproveitado o momento para melhorar a situação das contas públicas, e não promover um aumento das despesas do governo. A conta chega na forma da pressão nos DIs e na projeção de juros altos por mais tempo. 

Quando olhamos para a inflação, o cenário também permanece conturbado. Apesar das medidas recentes promoverem um alívio nos indicadores no curto prazo — com impactos já nos próximos meses —, o mercado segue revisando para cima as expectativas para 2023 e 2024, o que obriga o BC a agir por mais tempo para controlar os preços. 

“A gente falar de juros abaixo de dois dígitos até 2025 é uma realidade. Lá fora também não ajuda, com as principais economias aumentando juros e uma possível desaceleração global”, aponta Passos. 

Há, porém, quem veja exagero nas taxas praticadas no mercado de juros futuros, como a SPX Capital. Na última carta aos investidores, a gestora de Rogério Xavier informou que tem posições aplicadas em juros no Brasil. Em outras palavras, a SPX aposta que a Selic será menor no futuro do que o mercado projeta atualmente.

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