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Greve dos servidores do BC continua e pode afetar a próxima reunião do Copom sobre a Selic

Foto da fachada do Banco Central; servidores finalizam greve

Fachada da sede do Banco Central do Brasil, em Brasília

Sem avanço nas negociações, a greve dos servidores do Banco Central (BC) continua. A categoria decidiu permanecer com braços cruzados, em assembleia geral realizada nesta terça-feira (31).

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"A mobilização continua como única forma de intensificar a pressão sobre a diretoria do BC e as demais instâncias do governo federal para que se reabram as negociações com a categoria", afirma nota à imprensa.

Segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), as atividades do Comitê de Política Monetária (Copom) poderão ser afetadas, mas "os serviços como o PIX serão preservados".

Os funcionários do BC entraram em greve em 1º de abril e ainda não há data prevista para o retorno das atividades. Eles reivindicam a reestruturação da carreira de servidor e um reajuste salarial de 27%.

Uma nova reunião do sindicato deve acontecer em 7 de junho.

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Vai ter Copom?

De acordo com o Sinal, a greve dos servidores deve afetar os preparativos da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O Banco Central, por sua vez, ainda não se pronunciou.

A próxima reunião do Copom deve acontecer entre os dias 14 e 15 de junho, com a indicação de alta de 0,5 ponto percentual (p.p.) na taxa Selic, que hoje está em 12,75% ao ano.

Essa vai ser o segundo encontro do colegiado durante a greve dos servidores do BC.

Atividades afetadas pela greve do BC

Enquanto as negociações não andam, as atividades do Banco Central seguem suspensas por conta da greve por tempo indeterminado.

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Isso inclui a divulgação de publicações como o Boletim Focus, com as projeções do mercado financeiro sobre a economia, o Relatório de Poupança e os dados do Fluxo Cambial, bem como os demais relatórios do Banco Central.

Os testes para a implementação do Real Digital, que é uma extensão das cédulas para o mundo virtual, também foram adiados e só devem começar em 2023. Já o lançamento da "criptomoeda" do BC está previsto para o segundo semestre de 2024.

Além disso, a segunda fase do sistema de valores a receber (SRV), que estava programada para retomar as consultas e saques do “dinheiro esquecido” em 02 de maio, permanece sem data para voltar a funcionar. E

A única que escapou da paralisação é a Nota Fiscal do governo, incluída como atividade essencial. Isso porque o envio do documento sobre o cumprimento das metas fiscais do primeiro quadrimestre é obrigatório pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) - a edição de abril foi divulgada hoje (31).

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*Com informações de Estadão Conteúdo

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