Pode até parecer déjà vu ou uma espécie de reprise, mas não é: Kanye West foi suspenso do Twitter — de novo. Menos de um mês desde a restauração de sua conta na rede social, o rapper voltou a ser banido da plataforma por violar as regras da empresa.
Amplamente conhecido por polêmicas envolvendo comentários considerados antissemitas, trata-se da terceira vez, apenas neste semestre, em que o perfil de Ye no Twitter foi restringido.
E, de novo, os motivos para Elon Musk suspender a conta de Ye voltam-se a publicações polêmicas e ofensivas à população judaica.
Kanye West banido do Twitter
Segundo o chefe do Twitter, Elon Musk, a mais nova publicação problemática do cantor quebrou as regras da plataforma de mídia social sobre “incitação à violência”.
Isso porque, desta vez, West publicou a imagem de uma suástica, símbolo utilizado pelos nazistas, dentro de uma estrela de David, emblema usado no judaísmo.
Elon Musk não deixou passar em branco. "Desculpe, mas você foi longe demais. Isso não é amor", escreveu o CEO em resposta à foto postada por Ye.
Em resposta, o rapper questionou o homem mais rico do mundo: "Quem fez de você o juiz?".
Antes de ser oficialmente banido da rede social por tempo indeterminado, Ye publicou no Twitter uma captura de tela que indicava que ele havia sido colocado em um “tempo limite” de silêncio de 12 horas na plataforma.
Novos comentários de Kanye West
O tweet de Kanye West com a imagem polêmica foi feito logo após a repercussão negativa de novas falas antissemitas de Ye durante uma entrevista com o apresentador de rádio Alex Jones.
No encontro com o entrevistador de extrema-direita no programa Infowars, o cantor citou, mais de uma vez, estereótipos e piadas sobre o povo judeu e elogiou Hitler.
“A mídia judaica nos fez sentir como se os nazistas e Hitler nunca tivessem oferecido nada de valor ao mundo. Também vejo coisas boas sobre Hitler”, disse o rapper, na conversa.
Quando um internauta do Twitter pediu a Elon Musk que “consertasse Kanye West”, o bilionário disse que “deu o melhor de si”.
“Apesar disso, ele violou novamente nossa regra contra incitação à violência. A conta será suspensa”, escreveu o “Chief Twit”.
Adeus ao Twitter e à Parler
Não bastasse ser expulso do Twitter, agora, Kanye West também não poderá recorrer totalmente à Parler, uma alternativa de “liberdade de expressão” à rede social do passarinho azul.
Depois de Ye ter anunciado a compra da empresa conservadora em meados de outubro por um valor não revelado, agora, o negócio foi por água abaixo.
“A empresa concordou mutuamente com Ye em encerrar a intenção de venda de Parler”, disse a dona do aplicativo à CNBC.
“Esta decisão foi tomada no interesse de ambas as partes em meados de novembro. Parler continuará buscando oportunidades futuras de crescimento e evolução da plataforma para nossa vibrante comunidade.”
Vale destacar que a conta do rapper na rede social segue ativa, apesar de o cantor não ter feito novas publicações no site desde a última semana.
Além do isolamento…
Nas redes sociais, há quem explique as mudanças extremas de comportamento do cantor com uma teoria conspiratória de substituição.
Em 2016, o próprio Ye lançou uma música contando o quanto sentia falta do “antigo Kanye”. “Eu odeio o novo Kanye, o mau humorado Kanye, o sempre rude Kanye, o estúpido nas notícias Kanye.”
Seja como for, os comportamentos polêmicos do rapper levaram empresas parceiras a encerrar seus acordos comerciais com Kanye West.
Em novembro, a Adidas encerrou a parceria, enquanto a Gap e a Foot Locker disseram que retirariam os produtos da marca Yeezy, feita em colaboração com o rapper, das prateleiras de suas lojas.
*Com informações de Business Insider e CNBC